Independência da América Latina
Por: zillam • 28/10/2015 • Trabalho acadêmico • 631 Palavras (3 Páginas) • 244 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Relações Econômicas Internacionais
Economia da América Latina
Discuta como se deu o processo de transformação do comércio internacional e a inserção da América Latina na economia internacional a partir da segunda metade do século XIX, apontando as razões, limitações, dificuldades e benefícios desta inserção, procurando diferencia-la segundo os países ou grupos de países.
Na primeira metade do século XIX, a Revolução industrial tomava conta da Inglaterra. A evolução tecnológica permitira transcorrer a barreira que ditava que a disponibilidade do solo era quem comandava os empregos e demais fatores. Essa dinâmica revolucionaria o comércio inglês e por conseguinte, o mundial.
Durante essa primeira metade do século, a agricultura inglesa gozava de proteção através de mecanismos de tarifas , mas com pouco tempo a pressão da burguesia industrial acabou levando a Inglaterra a eliminar suas barreiras do comércio exterior. Essa vitória das ideias livre-cambistas culminaria na segunda metade do século XIX, no sistema da divisão internacional do trabalho.
No processo de formação dos sistema econômico mundial, Furtado destaca os seguintes pontos:
a) Existência de núcleo avançado no sistema de capitalização, onde se concentram grande parte das atividades industriais e é o principal mercado importador de matéria-prima;
b) Formação de um sistema de divisão internacional do trabalho com estímulo à especialização geográfica;
c) Criação de uma rede de transmissão de progresso técnico.
A partir dos anos 40 do século XIX, a inserção dos países latino americanos no “novo” comércio internacional tomou um impulso. Essa inserção se baseava em 3 grupos de países exportadores de produtos primários, segundo Furtado. Em cada um dos grupos o comércio exterior moldou uma estrutura econômica particular.
O primeiro era formado por países exportadores de· produtos agrícolas de clima temperado. Correspondia basicamente à Argentina e ao Uruguai. A produção agrícola baseou-se no uso extensivo de terra e possuía a intenção de concorrer com os mercados produção interna dos países em rápida industrialização. Como possuíam clima semelhante ao Europeu, esses dois países foram capazes de replicar a tecnologia agrícola européia e desenvolver técnicas agrícolas de importância. Ambos os países apresentaram elevadas taxas de crescimento ao longo da sua expansão de comércio exterior.
O segundo grupo era constituído por países exportadores de produtos agrícolas tropicais. Aqui se incluíam Brasil, a Colômbia, o Equador, a América Central e o Caribe, bem como certas regiões do México e da Venezuela. A partir de meados do século XIX, a expansão da demanda por café e cacau permitiu que os produtos tropicais desempenhassem um papel na integração da economia latino-americana no comercio internacional. De forma geral, com exceção de algumas poucas regiões, os produtos tropicais embora tenham permitido abrir importantes áreas de povoamento, não significaram muito em termos de desenvolvimento, dado que não exigiam nova infraestrutura ou construção
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