Parte I - A Era das Catástrofes
Por: Filipe Moraes Filho • 24/6/2021 • Ensaio • 1.247 Palavras (5 Páginas) • 135 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
FACULDADE DE ESTUDOS SOCIAIS
FILIPE CELA DE MORAES FILHO
A Era das Catástrofes – Parte 1
Manaus
2018
No primeiro capítulo o autor dar uma explicação detalhada das guerras mundiais ocorridas no século XX. Para ele, a Grande Guerra (Primeira Guerra Mundial) não tinha metas bem delimitadas e, por isso, as potências de cada lado consideravam tudo ou nada na vitória. A Grande Guerra não teve vitoriosos. Os vencedores saíram com suas economias destruídas e os perdedores amargaram punições que, mais tarde, seriam causas da Segunda Guerra Mundial. Segundo ele, a Segunda Guerra Mundial tinha características completamente diferentes. A principal causa dessa guerra em duas palavras para o autor: Adolf Hitler. A Alemanha vinha sofrendo com a paz punitiva estabelecida após a vitória total dos aliados na Grande Guerra. Um fato interessante levantado pelo autor é que existe pouca literatura disponível sobre as causas da Segunda Guerra. Isso se deu porque existe quase um consenso entre os historiadores que os “inimigos” eram bem definidos e responsáveis pelos eventos: Alemanha, Itália e Japão. Mesmo o Japão que, na verdade, vinha sofrendo com pressões econômicas impostas pelos EUA. Com a crise econômica da década de 20, países como Alemanha e Japão tiverem seus poderes tomados pelo militarismo e a extrema direita o que, segundo o autor, contribuiu para a eclosão da guerra.
Na segundo o autor discorre sobre a Revolução Russa de 1917. Na verdade, esse movimento foi ocasionado na Rússia porque tinha um contexto ideal na época e atendia aos seus cidadãos através da política de “Pão, Paz e Terra”. Lenin através de um comando forte com seu Partido Comunista e seus 600 mil membros tomaram o poder e influenciaram fortemente o século. O autor coloca que, após 40 anos da revolução, cerca de 1/3 dos países do mundo viviam sobre sua influência. Nos anos que se sucederam, a Revolução Russa sofreu várias contrarrevoluções que o autor coloca como bárbaras (fascismo), mas não faz nenhuma comparação com a própria Revolução Russa. Um número interessante a ser levantado seria o número de mortes durante as Revoluções e as Contrarrevoluções. O autor ainda finaliza dizendo que graças a Revolução Russa, o capitalismo liberal pode prosperar já que ela ajudou o ocidente a ganhar a Segunda Guerra Mundial e forneceu incentivo para o capitalismo liberal se modificar. Ele também afirma que foi graças a ela que a ortodoxia do livre mercado se ajustou. No entanto, a bibliografia econômica especializada jamais citou esse fato e dá o crédito ao economista John Maynard Keynes por isso.
Entrando no terceiro capítulo, o autor nos apresenta talvez o grande ator de vários acontecimentos na Era das Catástrofes do Breve Século XX: A Grande Depressão. Para ele, a principal causa desse evento foi a política de paz punitiva imposta pelos aliados a Alemanha após o fim da Grande Guerra. Ela precisava de enormes quantias para pagar o custo da guerra e os danos causados as nações vitoriosas. Essas quantias vinham dos EUA que reduziu grande parte desses empréstimos com a crise deixando todo o arranjo formado sensível a economia americana. Outro motivo que ele coloca como causador da crise era a assimetria que vivia os EUA na época que precisava muito menos das outras nações do que elas dele e, com isso, não atuou como estabilizador global. Aqui podemos questionar o autor se a ideologia liberal norte-americana permitiria a atuação como estabilizador do a economia mundial. Por último, o autor coloca que o excesso de produção não acompanhou a demanda da época. A produtividade das fabricas se expandiram muito além do que a sociedade poderia consumir e isso ocasionou especulação e colapso. Esse último é tido na literatura econômica como o fator preponderante para que a grande depressão tivesse tomado lugar e o autor cita-o apenas como um modo de ver alternativo do arranjo de empréstimos criados pela paz punitiva imposta a Alemanha pós Grande Guerra.
Discorrendo sobre a queda do liberalismo, o autor explica que a sua retirada se deveu a movimentos de direita sob a forma de fascismo na Era das Catástrofes. O contexto de um cidadão comum na época era de ser esmagado entre a empresa e os movimentos sociais. No meio disso, o triunfo fascista da ultradireita conservadora encontrou campo através de uma massa de cidadãos desencantados e um Estado velho e falido em seus mecanismos. Apesar desse contexto, o autor coloca que dificilmente o fascismo teria ganho tanta evidência não fosse pela tomada de poder na Alemanha já que era um estado destinado a um papel de liderança na Europa e a Grande Depressão. Posteriormente, ainda esclarece que o fascismo pouco ganhou relevância em outras partes do mundo exceto na América Latina. Aqui, ele se tornou um movimento basicamente de esquerda que tinha como única característica a liderança populistas. Apesar disso, o autor coloca que não se pode culpar exclusivamente o fascismo pela queda do liberalismo . Para ele, o liberalismo apresentava fracas instituições e a democracia representativa não era a maneira ideal de dominar os estados sob contextos críticos naquela época. Interessante notar que o liberalismo sobreviveu e, segundo o próprio autor no capítulo anterior, juntou-se com movimentos sociais democratas e é, talvez, o movimento político-econômico predominante no mundo ocidental nos dias de hoje.
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