Expectativas Para o Futuro da America Latina
Por: Alvescassia • 17/4/2019 • Artigo • 1.042 Palavras (5 Páginas) • 143 Visualizações
As expectativas na América Latina que se tem para o futuro são apenas probabilidades que foram criadas a partir de experiências e análises, através de fontes de estudos sobre revoluções presenciadas na América. Portanto o que se tem explicito, seria apenas uma teoria hipotética do amanhã, com muitas tonalidades do que se tem como expectativa para um futuro próximo.
Aprofundando a revolução mexicana, sabe-se que com a vitória de Obregón e o assassinato de Carranza, a revolução entrou na fase das instituições, que é dividida em quatro fases.
“que também se caracteriza como uma apropriação do processo revolucionário, pois os mandatários se definiam ora como revolucionários, ora como estabilizadores ou finalizadores do processo revolucionário... A primeira fase que vai de 1910 a 1911, caracterizada como a luta contra o Porfiriato; a segunda de 1911 a 1913, do frágil governo de Madero; e a terceira, a da Revolução Constitucionalista, de 1913 a 1914, e dos desmandos de Huerta; e a quarta da fase que vai de 1914 a 1917, denominada de revolução social.’’(José,2000, p.65).
Em 1876 Porfírio Dias assume o poder, onde vai governar de forma ditatorial. Mesmo acontecendo o desenvolvimento industrial durante o período em que esteve à frente do país, a elite agrária permanece no poder, de forma que Porfírio Diaz governa então o México por mais de trinta anos. Em 1910, Diaz é eleito novamente, mas seu opositor, Francisco Madero consegue unir a população de forma em que se rebelasse e assim assumiu com a promessa de realizar a sonhada reforma agrária, porém, não foi cumprida agravando ainda mais a condição de vida que já era ruim dos camponeses. Iniciaram a luta contra Madero, liderados então por Emílio Zapata e Pancho Villa, conseguindo então tirar do poder. Posteriormente, tiram do poder o seu sucessor Huerta.
Zapata e Villa, propuseram a expropriação dos latifúndios, no plano ayla, posteriormente haveria a divisão entre camponeses, o reconhecimento dos direitos indígenas sobre as terras que lhes haviam sido tomadas e a nacionalização das terras daqueles que fossem considerados inimigos da revolução.
“Os que esperavam as transformações sociais na onda revolucionária de 1910 se decepcionaram. Emiliano Zapata, por exemplo, lutava pela reforma agrária e esta acabou esquecida nas ações reformistas de Madero. Este último abandonara as propostas “revolucionárias” e as aldeias zapatistas sofreram com a repressão militar incitada por suas ações.’’(José,2000,63)
Em 1914, nas eleições o latifundiário Carranza, afilhado pelos Estados Unidos, é eleito presidente. Com a promessa de criar uma nova constituição, que seria aprovada então em 1917.
A nova Constituição que parecia ser liberal era caracterizada por dar direito ao Estado de expropriar terras, para utilizar de forma benéfica ao público, ainda, reconhecia os direitos dos índios sobre as terras de uso comum. Nas relações de trabalho, cria-se o salário mínimo e determina que a duração da jornada de trabalho agora seria de oito horas.
Em 1919 Zapata é assassinado, e seguidamente Pancho Villa em 1923, onde os camponeses agüentaram uma grande repressão. O governo norte-americano pressionava para que as reformas fossem implantadas rapidamente, a fim de evitar novos problemas. Dessa forma, vemos claramente a ligação com governos ditatóriais como no Brasil, por exemplo, as repressões com os Índios nativos, no novo governo.
Em 1929, é criado o Partido Nacional Revolucionário (PRN), resultado da unificação das diferentes correntes revolucionárias, e que seria a base do Partido Revolucionário Institucional (PRI), criado em 1946. Essa mudança implicou o abandono dos princípios revolucionários de 1910. Volto a relacionar com as forças sendo deixadas pelo patriotismo exacerbado.
Apesar da reforma agrária ter sido fortemente implantada com a Revolução, ao passar dos tempos, os camponeses iam perdendo tudo o que já tinham conquistado. Uma produção que conseguia alcançar o baixo custo, e muito menos a larga escala de produção. As dívidas bancárias aumentavam e os produtos norte-americanos agora no mercado, entravam para concorrência. Na America Latina, atualmente sofre com isso, pois não se existe espaço para produtores locais, de forma que o mais moderno sempre inviabiliza a pequena propriedade e produção.
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