Redução da Maioridade penal e PL 4330
Por: Mickely Queiroz • 1/5/2015 • Seminário • 790 Palavras (4 Páginas) • 249 Visualizações
Acordei num chão frio machucando minha pele. A noite estava negra, com a lua pairando cheia no céu. Apoiei-me pelo cotovelo e me sentei, ajuntando meus cabelos curtos trás de mim, usava uma regata branca, o jeans surrado e o tênis all star velho de sempre. Um vento frio passou por mim no momento em que me levantei. Tentei aquecer meus braços com minhas mãos, mas não adiantou por muito tempo. Comecei a prestar atenção no lugar em que estava um corredor até grande aberto ao ar livre, com arvores decadente e balançando seus galhos secos com o vento, o chão bem deformado por causa de estruturas que saiam deles muito parecido com. tumbas. Foi quando notei que o lugar que me encontrava era um cemitério, só pra variar. Vi uma iluminação diferente mais a frente e fui ver o que era. O som que acompanhava era grave, mas não o reconhecia.
Quando fui chegando mais perto, agora me encostando um pouco mais as tumbas para não me notarem, vi que havia uma fogueira no centro de um circulo cemitério, e envolta dela obscuros personagens, com asas, espadas, e cabelos cacheados sem vida. Eram de pedra. Comecei a prestar atenção nas figuras a uns 30 metros de mim. Eram anjos, anjos que ficavam sobre as tumbas nos cemitérios. Mas esses não eram anjos com expressões boas. Seus rostos eram bem diferentes, com os olhos frios e negros, a boca deformada, com um líquido escuro escorrendo e asas negras enormes. Gatos rodeavam a fogueira também, e de vez em quando via algo como um pedaço de carne vermelha bem próxima a fogueira. Pontos de fogo aqui e ali, em lugares estratégicos em volta do circulo, com um complemento de um pentagrama.
Foi quando eu ouvi um grito vindo de trás de mim. Um grito de uma criança. Tudo parou, o silêncio foi total, um sorriso maligno surgiu no canto da boca de muitos dos anjos.
Meus ossos congelaram ao ver os olhos de todos os anjos olhando diretamente para mim e para a criança. Em momento de segundos olhei para trás. Uma menina de cabelos cacheados ruivos, de seis anos, mais ou menos, estava olhando para mesma cena que eu há alguns segundos.
Sua expressão empalideceu, e eu voltei a olhar para a cena a minha frente. Os anjos já estavam se virando para a nossa direção, os gatos tomando a frente e vindo ao nosso encontro. Um dos anjos aumentou seu tamanho por mais um metro, Ergueu seus olhos para nós duas enquanto todos os outros continuavam com o rosto baixo, mas um sorriso maligno escondido entre as.
Sombras.
- Querem se juntar a nós garotas? Disse o anjo com o sorriso já cobrindo o rosto. – Andem só uma dança.
Definitivamente não era uma boa ideia dançar com anjos em meio a um cemitério no meio da noite. Não perdi tempo, não sabia exatamente o que acontecia, mas não quis esperar lá pra saber. Fui correndo em direção à menina e a segurei firme pela mão e começamos a fugir entre o labirinto de túmulos que parecia aumentar a cada segundo. Uma névoa começou a surgir no chão e tomando todo o caminho. E nelas, formas escuras se moviam e se retorciam. Foi quando meus pés começaram a pesar cada vez mais, e senti a menina também perdendo velocidade. Tudo foi começando a passar devagar. E meus olhos começaram a ver o duplo de tudo, até que caí de joelhos no chão. A menina já havia se soltado de mim. Algo saiu de trás de um dos túmulos e nos levou para dentro do circulo. Então eles nos invocaram, para nos juntar a eles, à dança dos mortos. E para dentro do círculo de fogo eu os segui.
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