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12 Lírios Brancos

Por:   •  13/9/2016  •  Abstract  •  451 Palavras (2 Páginas)  •  678 Visualizações

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12 Lírios Brancos

A minha historia pode ser triste, mas, por favor, não se importe, para que ela comesse você só precisa saber o meu nome: Hannah, o prazer é todo meu.

Quinta-feira, 10 de Agosto aniversario da minha mãe, meio dia o sol esta a pino. Havia passado a semana inteira pensando em qual seria o presente perfeito para a minha mãe, sem muita opção e nem recursos decidi que flores eram presentes universais.

A floricultura mais próxima ficava a dois quarteirões da minha casa, o que é uma distancia razoavelmente curta, mas que pode se tornar muito exaustiva quando o dia esta tão quente, mas eu estava contente, pois o esforço valeria a pena.

Um sino de latão badalou quando eu entrei na floricultura, ela estava vazia a não ser por um atendente que usava um piercing na sobrancelha, ele me lançou um olhar entediado quando me aproximei.

-No que devo ajudar?

-Quero 12 lírios brancos, por favor. - lírios eram os preferidos de mamãe.

Ele se virou e começou a preparar o meu pedido sem o menor entusiasmo, escutei o sino novamente e me virei para ver um homem de meia idade entrar, ele olhou ao redor para os arranjos já prontos, eu perdi o interesse nele e me virei para o balcão, e então:

- Fique quieta e tudo vai dar certo- ele disse e eu senti algo frio encostar em mim, ao perceber do que se tratava meus ouvidos pulsarão por antecipação eu estava nervosa. Ele se virou para o atendente e deu ordens para que coloca-se todo o dinheiro em um saco, sem tira a arme de minhas costas. Quando o atendente finalmente esvaziou o caixa eu escutei o sino mais uma vez, uma mulher entrou e quando percebeu o que acontecia ela gritou.

Eu escutei um estouro que não sabia de onde vinha, e então eu senti algo escorrendo pelo meu corpo e em seguida a dor, uma dor que corroeu as minhas entranhas eu me curvei para frente e cai de bruços. Vi o homem correr pela porta, segurando o saco de dinheiro, alguém me virou e eu fiquei olhando para o teto, a minha visão estava turva, eu queria gritar de dor mais o meu corpo não respondia, as pessoas falavam comigo, mas tudo que conseguia, era observar enquanto as suas bocas se mexiam.

A dor tomou posse do meu corpo, os meus olhos se fecharam o escuro me puxou forte para um abraço, eu lutei, mas isso era exaustivo, sozinha eu não iria conseguir, sabia que era mais fácil desistir, então deixei que a morte me envolve-se em seu abraço. A última lembrança que tenho é ver meu corpo imundo e inerte no meio de uma floricultura.

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