A Educação Especial: Perspectiva Da Inclusão A Relação Entre O Direito De Aprender E A Educação Inclusiva
Por: LAUMARBERNARDES • 8/11/2023 • Trabalho acadêmico • 3.688 Palavras (15 Páginas) • 85 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA
GERLANE SILVA DA MATA
EDUCAÇÃO ESPECIAL: PERSPECTIVA DA INCLUSÃO
A RELAÇÃO ENTRE O DIREITO DE APRENDER E A EDUCAÇÃO INCLUSIVA
RIO DE JANEIRO
2022[pic 2]
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 3
2. A RELAÇÃO ENTRE O DIREITO DE APRENDER E A EDUCAÇÃO
INCLUSIVA 4
2.1- Duas ações relevantes para a implementação de um Projeto educativo
fundamentado nos princípios da inclusão escolar 7
2.2- Projeto Educativo 9
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 16
REFERÊNCIAS 17
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1. INTRODUÇÃO
O trabalho consiste em abordar o atendimento escolar direcionado a alunos com deficiência, desde os transtornos do desenvolvimento, altas habilidades e também superdotação no ensino regular. Entende-se como um processo de valorização do comportamento, ao alcance de suas habilidades.
Tem por objetivo analisar as transformações da Educação infantil quanto ao movimento de inclusão em instituições escolares; entender a relação professor/aluno na inclusão escolar, para que possa melhorar a prática docente; perceber o quão importante é o papel do professor na inclusão escolar; descrever o desenvolvimento das práticas pedagógicas na educação infantil em crianças com deficiência; vivenciar situações de socialização e investigar a interação e a afetividade entre os colegas. Para compreender as políticas que norteiam a educação inclusiva, houve a necessidade de fazer uma pesquisa sobre o tema, com destaque para novas metodologias de ensino para auxiliar a criança com deficiência.
A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica enriquecida com algumas análises documentais, nas quais foi possível detalhar e observar a educação inclusiva e o direito à educação para todos. A proposta é fazer uma reflexão possibilitando ao leitor questionamentos sobre a educação inclusiva direcionando para melhorar a qualidade de ensino. A inclusão pressupõe mudanças na sociedade, para que possa se tornar capaz de receber e acolher as pessoas portadoras de necessidades especiais de maneira adequada, baseando-se no modelo social. De acordo com este conceito, a escola leva em consideração a necessidade do aluno, é quando ocorre a adaptação do ambiente físico e dos procedimentos educacionais, lembrando que todo indivíduo deve ter a oportunidade de ser incluído na escola comum. (MAZZOTTA, 2005; FERREIRA, 2006)
Segundo Moran (2007, p. 4), se os alunos fazem pontes entre o que aprendem intelectualmente e as situações reais, experimentais, profissionais ligadas aos seus estudos, a aprendizagem será mais significativa, viva, enriquecedora. (MORAN, 2007, p. 4)
É certo que parte dos professores não têm formação específica para atuar com os alunos deficientes, tendo dificuldades no processo de ensino e aprendizagem.
2. A RELAÇÃO ENTRE O DIREITO DE APRENDER E A EDUCAÇÃO INCLUSIVA
A educação inclusiva tem como objetivo garantir o direito de todos à educação. Pressupondo a igualdade de oportunidades e a valorização das diferenças humanas, propõe e garante as diversidades étnicas, sociais, culturais, intelectuais, físicas, sensoriais e de gênero dos seres humanos. Necessita da transformação da cultura, das práticas e das políticas vigentes na escola, também nos sistemas de ensino, garantindo o acesso, a participação e a aprendizagem de todos.
A prática pedagógica na educação se direciona à formação humanística e social. Logo, afirma-se que todos os alunos, incluindo os com necessidades especiais, podem participar de tudo e com todos, desenvolvendo-se em meio aos colegas do ambiente escolar sem nenhuma distinção.
Relativo a escolarização de crianças com necessidades educacionais especiais, Góes (2004), esclarece vários aspectos da inclusão dessas crianças, focalizando duas preocupações, sendo que a primeira: diz respeito ao risco de que a instituição tome a presença desses alunos como acessória, sem afetar o projeto da escola, o que se reflete na realização de pequenos ajustes ao aprendiz e na atribuição dessa responsabilidade quase exclusivamente ao professor. E a segunda: diz respeito a preocupação, vincula-se à escassa atenção que a escola parece estar dando a uma perspectiva mais ampla de formação pessoal do aluno especial, sobretudo àqueles enquadrados entre as deficiências.
O processo de inclusão no âmbito educacional é recente e se aprimora a cada situação. Ao se compreender que a escola é inclusiva, para todos, e atender ao coletivo e a individualidade do aluno, iremos avançar na educação inclusiva, e em todo o enredo da educação, de maneira que se efetive o princípio do direito a esta.
Conforme o Plano Nacional de Educação (PNE) 2014–2024, em sua Lei n. 13.005, a Meta 4 refere-se a:
Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados. (BRASIL, 2014).
Conforme Moraes (2017), os resultados da Meta revelaram, em diferentes faixas etárias, discrepâncias no acesso e na taxa de escolarização, de alfabetização e de analfabetismo entre a população com e sem deficiência. As diferenças observadas se acentuam na população com deficiência intelectual e motora. Tais dados corroboram a necessidade de reconstrução do modelo educativo escolar para a efetiva inclusão de pessoas com deficiência. (MORAES, 2017)
A Lei nº 8.069/90 dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e prevê que o Estado assegure à criança e ao adolescente atendimento especializado aos portadores de deficiência e de preferência na rede regular de ensino, conforme Art. 54º (MIRANDA, 2012). A inclusão busca inserir todos os alunos no ensino regular, não havendo exceção para este ou aquele aluno.
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