A Educação Infantil

Ao passar do tempo, durante toda história construída pela humanidade, grandes avanços surgiram se tratando do desenvolvimento cognitivo, sociocultural e educacional das crianças no Brasil e no mundo. No começo, as primeiras creches criadas no Brasil exerciam uma função totalmente assistencialista, ou seja, preocupavam-se mais com os cuidados básicos de saúde das crianças do que em realizar atividades intencionalmente planejadas que contribuíssem com a aprendizagem e o desenvolvimento completo das mesmas. Foi apenas na Constituição de 1988 que a educação da criança de 0 a 6 anos foi reconhecida legalmente. A partir daí, a educação infantil em creches e pré-escolas, passou a ser um dever do Estado e um direito da criança, conforme descrição do Artigo 8, inciso IV.  O Estatuto da Criança e do Adolescente também abrange em seu texto o direito da criança a este atendimento.

Para que isso ocorra de forma ampla e significativa, as instituições de educação infantil precisam se organizar através de propostas pedagógicas eficientes, para o pleno desenvolvimento do trabalho escolar, garantindo acesso digno às crianças aos conhecimentos historicamente construídos pela humanidade através dos tempos.  Faz-se necessária também a elaboração e compreensão de um currículo na Educação Infantil, que tenha definição de conteúdos, objetivos e metodologias, o que já vem sendo realizado pelas instituições de ensino infantil. Além disso, é de suma importância estar atento ao que o ser humano desenvolve a partir da interação com o meio sociocultural em que vive, considerando efetivamente suas diferenças individuais, econômicas, culturais, étnicas, religiosas, etc.

Nesse sentido, o professor se torna peça fundamental para que seu planejamento se torne eficaz, fazendo com que suas aulas proporcionem aprendizado e prazer ao seu aluno. O mesmo precisa estar preparado para a realização de uma troca constante em sala de aula, pois ao mesmo tempo que ensina, também aprende. Para educar a criança é preciso muito estudo e doação, além de formação, condições dignas de trabalho, preparação, busca constante de aperfeiçoamento de sua função socioeducativa, para que realmente haja qualidade nas instituições de educação infantil e legitimidade dos direitos atribuídos à infância na escola.

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