A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NA ALFABETIZAÇÃO
Por: aline.varner • 12/4/2018 • Projeto de pesquisa • 4.676 Palavras (19 Páginas) • 600 Visualizações
ENSINO FUNDAMENTAL AOS 6 ANOS
A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NA ALFABETIZAÇÃO
ALUNA
Professora:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso (Pedagogia) Ped1160 – Estágio Currícular Obrigatório II Anos Iniciais do Ensino Fundamental
26/10/17
RESUMO
O presente Trabalho de estágio entende que a relação da brincadeira e o desenvolvimento da criança permite que se conheça com mais clareza importantes funções mentais, com o desenvolvimento do raciocínio e da linguagem. Após muitos estudos e análises conclui-se que é possível que os jogos e brincadeiras tenham uma função essencial na vida das crianças, pois de modo geral, apontam inúmeras possibilidades de enriquecer o desenvolvimento infantil. O brincar tem destaque principalmente na apropriação de muitos códigos culturais e sociais e estes são indispensáveis na formação do indivíduo. É através do brincar que a criança começa a desenvolver habilidades e busca sua integração com o mundo que a rodeia. Enfim, o brincar faz parte da vida da criança e vem ocupando espaço entre os educadores e profissionais que atuam nessa realidade. A criança sempre brinca, e o ato de brincar proporciona a criança oportunidades de relacionamentos entre as coisas e obtenção do conhecimento, mas esse ato depende do contexto em que está inserida. Independentemente de época, classe social e outros fatores. No brincar, ocorre um processo de troca, partilha, confronto e negociação, gerando momentos de desequilíbrio e equilíbrio, e proporcionando novas conquistas individuais e coletivas.
Palavras-chave: Lúdico. Alfabetização. Primeiro ano.
1 INTRODUÇÃO
O estágio foi realizado na Escola Básica , localizada na cidade de. SC. Este apresenta dados de uma pesquisa de campo que versa sobre a importância da brincadeira e do lúdico no processo de alfabetização de um grupo de crianças do 1º. Ano do Ensino Fundamental da Educação Básica, bem como um estudo bibliográfico, no qual é prudente ressaltar que as dinâmicas desenvolvidas para prática de ensino foram de observação e intervenção. A forma de intervenção na unidade escolar foi através de observação e regência, totalizando 32 hs sendo que 12hs de observação e 20 hs de regencial.
O interesse pela abordagem desse tema suscitou em razão do desejo de que a prática pedagógica acontecerá contemplando a importância do lúdico no processo de letramento nos primeiros anos do ensino fundamental. Pensa-se que o professor deve ser o mediador observando o que ocorre durante estas brincadeiras e intervir sempre que necessário, pois além de ser um espaço de conhecimento sobre o mundo externo, é por meio do lúdico que a criança está construindo o seu conhecimento. Acredita-se que os professores, tenham que priorizar o espaço das brincadeiras para as crianças.
Observa-se que as crianças gostam de brincar. O brinquedo e a brincadeira fazem parte das suas vidas. Quando, interagem e vivenciam as mais variadas experiências do seu mundo interior e da vida adulta que lhes rodeia.
Nesta perspectiva, pode-se dizer que por meio de brinquedos e brincadeiras encontra-se um mundo maravilhoso, onde as crianças sentem-se personagens principais. É no faz-de-conta que, ao mesmo tempo em que encontram com a fantasia, serve de referencial a realidade em que vivem. O mundo do faz-de-conta fascina e atrai as crianças de tal maneira que elas se imaginam no papel dos personagens vivenciando e fazendo uma leitura do seu próprio mundo.
Pode-se dizer então que o lúdico torna-se instrumento importante no processo do desenvolvimento infantil, pois é por meio dele que as crianças conquistam os horizontes do imaginário, ampliando seus conhecimentos, tornando-se cidadãos críticos e conscientes. Contudo o presente trabalho tem como questão: É brincando que se aprende?
Dessa forma, direciona-se a discussão desse trabalho para a ressignificação dos brinquedos e brincadeiras como meio de aprendizagem, suscitando assim, algumas reflexões que possam contribuir para que o lúdico venha ser utilizado de modo prazeroso ao processo de ensino e aprendizagem das crianças da Educação Infantil, como também do Ensino Fundamental, contribuindo com possíveis sugestões para que redimensione sua utilização como instrumento do desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem e que facilitem o alcance dos objetivos que atendam as necessidades cognitiva emocionais, mentais e sociais das crianças, motivando-as para uma aprendizagem mais prazerosa e criativa, desenvolvendo-se assim integralmente.
2 LUDICIDADE
Entende-se que o brinquedo e a brincadeira é um recurso que tem a capacidade de envolver, unir, socializar, despertar desejos nas crianças.
É no brincar, e talvez apenas no brincar que a criança ou adulto fruem sua liberdade de criação. Essa importante característica do brincar será examinadas aqui como desenvolvimento do concerto de fenômenos transicionais e leva em conta também um paradoxo que precisa ser aceito tolerado e não solucionado e é o que constitui a parte mais difícil da teoria do objetivo ( WINNICOTT, 1999, pág. 79).
A brincadeira é cultural e trazendo múltiplas manifestações e significados, que variam conforme a época cultural. Sendo a brincadeira uma arte sócia histórica, o desenvolvimento das crianças, no real sentido, torna-se espontâneo. Assim, ao observar as crianças brincarem, os professores devem estar atentos aos movimentos, na interação umas com as outras para não por em risco o seu desenvolvimento voluntário, ou seja, o que emerge das mesmas.
Vê-se também que o que caracteriza uma situação dentro de uma brincadeira, é a iniciativa das crianças, suas intenções e curiosidades em brincar com assuntos que lhes interessam e a utilização de regrar, que permitem que identifiquem as situações vividas.
“Sendo assim, torna-se necessária a busca de conhecimentos que forneçam fundamentos teóricos e práticos que evidenciem progressos na esfera das brincadeiras infantis para que desta forma a prática pedagógica venha privilegiar o lúdico”. (WINNICOTT, 1999, p.90)
Embora possa envolver tanto sentimentos de amor quanto de ódio, a criança sabe e tem segurança em demonstrar seus sentimentos, desta forma pouco a pouco, a criança vai organizando suas relações emocionais, isso vai dando a ela condições para desenvolver relações sociais, aprendendo a se conhecer melhor e a conhecer e aceitar a existência dos outros. É nesta vivência estabelecida nas instituições, que a criança pode compreender a cultura e a sociedade em que está inserida. A criança vai então se constituindo enquanto sujeito social pela brincadeira e a interação em um espaço de representação e experimentação que a brincadeira possibilita, nele a criança entra em contato com a diversidade cultural existente no grupo, resolve conflitos e promove novas formas de ver e pensar o mundo, ampliando seus conceitos. (WINNICOTT, 1999)
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