A INCLUSÃO: UM DIREITO DE TODOS

INCLUSÃO: UM DIREITO DE TODOS

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RESUMO

Este trabalho teve por objetivo mostrar que a Educação Inclusiva é um direito de todos que necessitam de auxílio educacional. Parte do pressuposto de que tem sido um dos maiores desafios sociais, porque envolve muito mais do que o espaço escolar e sim toda a comunidade que está envolvida. Justifica-se pela importância da inclusão de alunos com deficiência na classe regular. Para que haja a melhoria do seu desempenho e lhes possibilite um desenvolvimento pleno e absoluto. Através deste trabalho, busca-se analisar o processo de inclusão no Brasil, assim como a transformação no sistema educacional; a inclusão como sinônimo de exclusão e a inclusão no sistema educacional, confrontando com o preparo e habilitação dos professores, assim como disponibilização de recursos essenciais para o desenvolvimento de todo o processo. A pesquisa será desenvolvida pelo aspecto qualitativo, tendo como princípio a fala de Lakatos (2002, p.29), o qual define a pesquisa como instrumento fundamental para a resolução de problemas coletivos. Considera-se assim, esta temática plausível de discussão e análise visando à educação não como um problema, mas como a solução em prol de um mundo melhor.

Palavras-chave: Criança; Educação; Inclusão; Direito de todos.

INTRODUÇÃO

             O presente trabalho de conclusão de curso tem como tema “Inclusão: um direito de todos”. Parte do pressuposto da inclusão vista como uma prática pedagógica que incita ao desafio a todos que estão envolvidos direta ou indiretamente no processo, principalmente em relação à escola regular.

             Justifica-se a escolha de tal temática a fim de compreender como se desenvolve o processo de inclusão na rede regular de ensino; se tal prática é exercida com qualidade, propiciando realmente a inclusão e não a exclusão social da criança. Para tanto, será feita pesquisa enfocando o aspecto qualitativo e buscando desde o início como se desenvolveu o processo de inclusão no Brasil, transformando o sistema educacional e integrando-se a ele. Apoiando-se na fala de Lakatos (2002, p.29), o qual define a pesquisa como instrumento fundamental para a resolução de problemas coletivos. Visto que como outrora fora mencionado, a inclusão se enquadra como um dos grandes desafios impostos para a sociedade em todos os seus aspectos.

             Nesta pesquisa serão verificadas se as práticas atuais trazem consigo as condições necessárias, que vão desde a formação do professor como a habilitação de recursos essenciais e necessários para o desenvolvimento do processo. Uma vez que incluem competências e habilidades distintas necessitando de mais amparo tanto psicológico, quanto formativo e material.

             A pesquisa será bibliográfica, em que conceitos serão discutidos e analisados para que o processo de inclusão não se torne de exclusão, fomentando ainda mais os aspectos negativos e não os auxiliando em suas potencialidades.

            Espera-se que ao final possa se chegar ao verdadeiro objetivo que vê a inclusão como um fato real, a ser trabalhado e estudado, minimizando as diferenças e dificuldades. E que se possa auxiliar o indivíduo incluso em suas habilidades e competências, ampliando-as, destacando as suas potencialidades e mostrando-lhes que podem transformar a sociedade mesmo com tendo suas especificidades. Além de mostrar como o contexto escolar deve se transformar e se adaptar a eles. Isto é, uma escola que prepara o aluno para que viver com a diversidade, uma vez que somos todos diferentes.

2. A INCLUSÃO AO LONGO DOS TEMPOS

2.1. Breve histórico sobre a inclusão escolar no Brasil

        Na intenção de conhecer o processo de inclusão escolar no Brasil sabendo como foi organizado o atendimento às pessoas com necessidade educacionais especiais, foi necessário buscar na história os relatos destes casos. O fato é que a inclusão é um assunto muito recente em nossa sociedade, caracterizando em verdadeiro desafio. É o que afirma Mantoan (2006, p.14).    

É evidente que em educação sempre temos muitos desafios porque é um trabalho que nós vamos construindo sempre, atualizando e aperfeiçoando. Entendo que a inclusão venceu muitos desafios considerados intransponíveis, até porque a nossa escola ainda é muito conservadora, que seleciona os alunos, trabalha com apenas aqueles que atendem as suas expectativas.

         Para Mantoan afirmar que a inclusão venceu muitos desafios considerados intransponíveis pode-se perceber quão grande foi à barreira empregada em relação a este assunto. Para que este assunto viesse em pauta, ocorreram algumas manifestações isoladas buscando os direitos dos portadores de deficiências.                                            

         No século XVII, quando se falava a respeito de deficiência, seja ela física ou mental, logo a vinculavam ao misticismo e ao ocultismo, sem base científica para discorrer sobre o assunto.  Esta falta de conhecimento fazia com que as pessoas que possuíam alguma deficiência fossem então ignoradas. Isto ocorria através da própria religião, justamente pela afirmativa de que o homem foi feito à “imagem e semelhança de Deus”, logo, sendo Jesus um ser perfeito fazia com que a sociedade pensasse que as pessoas deficientes não tinham vínculo divino.

          Além de haver esta má interpretação que gerava um preconceito, o deficiente era visto também como um ser incapaz, inapto ao mercado de trabalho. Por possuir suas funções limitadas. Desta forma, somente no século XX é que a sociedade começou a mudar sua concepção acerca destas pessoas, isto porque neste período começaram a apresentar condições materiais favoráveis aparecendo assim pessoas com deficiências que se destacavam no mercado de trabalho.    

           Na Europa surgiram os primeiros movimentos pelo atendimento às pessoas com deficiência e logo isso foi se refletindo pelo mundo mudando a concepção de muitas pessoas, atingindo assim a área educacional.