A LUDICIDADE PRESENTE NOS ESPAÇOS EDUCATIVOS COMO RECURSO DE APRENDIZAGEM E SOCIALIZAÇÃO
Por: silvinhacosta • 5/11/2022 • Projeto de pesquisa • 2.990 Palavras (12 Páginas) • 129 Visualizações
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE-FAVENI
A LUDICIDADE PRESENTE NOS ESPAÇOS EDUCATIVOS COMO RECURSO DE APRENDIZAGEM E SOCIALIZAÇÃO
Ivonete da Silva costa
Governador Valadares-MG
2019
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE-FAVENI
A LUDICIDADE PRESENTE NOS ESPAÇOS EDUCATIVOS COMO RECURSO DE APRENDIZAGEM E SOCIALIZAÇÃO
Ivonete da Silva Costa
Artigo científico apresentado ao Núcleo de pós-graduação e extensão da FAVENI como requisito parcial para obtenção do título de especialista em Psicopedagogia Institucional, Clinica.
Governador Valadares-MG
2019
A LUDICIDADE PRESENTE NOS ESPAÇOS EDUCATIVOS COMO RECURSO DE APRENDIZAGEM E SOCIALIZAÇÃO
Ivonete da Silva costa[1]
RESUMO
O presente artigo investiga como a ludicidade promove uma aprendizagem significativa e prazerosa da criança, sendo um instrumento pedagógico que norteia as práticas docentes, para que as crianças obtenham êxito em seu processo de aprendizagem. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica, com o objetivo de aprofundar os estudos sobre o lúdico e sua interferência aprendizagem, estabelecer a relação entre a ludicidade e o desenvolvimento infantil e investigar ações educativas que promovam a aprendizagem através do lúdico. Onde foi possível concluir que as brincadeiras aparentemente simples são fontes de estímulo ao desenvolvimento cognitivo, social e afetivo da criança. Também é uma forma de auto expressão. O faz-de-conta estimula a fantasia, a criatividade e dá possibilidades à criança de construir cenários, personagens únicos ou qualquer coisa que desejar. Além disso, estimula a interação com outras crianças e a aquisição da linguagem. Nessa perspectiva, pode-se afirmar que quando uma criança se envolve na brincadeira de faz-de-conta, ela assume papéis da vida adulta, e isso proporciona a mediação entre o real e o imaginário. Essa brincadeira permite além do desenvolvimento da imaginação, a expressão de regras implícitas que se materializam nos temas das brincadeiras.
PALAVRAS-CHAVES: Ludicidade-aprendizagem-intervenção pedagógica.
INTRODUÇÃO
O brincar faz parte do cotidiano das crianças e oportuniza o aprendizado de forma prazerosa e interessante. Já que o brincar é uma necessidade básica da criança que possibilita o desenvolvimento global, pois trabalha aspectos afetivos, cognitivos, sociais e motores.
Sabe-se que o brincar proporciona o desenvolvimento de várias habilidades além de promover novos conhecimentos e ampliar a percepção de mundo e sociedade de forma significativa e prazerosa, sendo uma necessidade básica da criança. Ao brincar, a criança, "interpreta" sua realidade, expressa sentimento e emoções, desperta sua imaginação e criatividade, aprende a cumprir regras, compartilhar cuidar e organizar seus brinquedos, sendo protagonista do seu processo de construção do conhecimento.
Sendo assim, a pesquisa busca responder a seguinte problematização: Em que medida os jogos e brincadeiras auxiliam na construção do conhecimento e socialização das crianças da Educação Infantil?
Teve-se como objetivo estabelecer a relação entre o desenvolvimento infantil e os jogos e brincadeiras como recursos motivacionais de aprendizagem, analisar a contribuição do brincar estabelecendo o elo entre real e o imaginário.
DESENVOLVIMENTO
Através do ato de brincar, a criança consegue se situar em seu contexto cultural, estabelecendo um elo entre o real e o imaginário, pois interage com seus pares, adultos e objetos, representações de seu contexto e reinterpreta seu mundo dando significado as suas ações.
Assim, considera-se o brinquedo não apenas observando a sua dimensão funcional, mas sua dimensão simbólica, ou seja, através do ato de brincar, a criança interfere em sua realidade, compreende papéis sociais e reinterpreta seu mundo. Em muitas situações, aprende a lidar com frustrações, medos, anseios, perder, ganhar, cumprir e respeitar regras, entre outros, ampliando seu desenvolvimento integral.
Dohme (2003) ressalta a contribuição de Vygotsky ao desenvolver a teoria sociointeracionista, que fala sobre mediação e cultura, onde o teórico acreditava, através de observações estudos que o sujeito prende com os pares e com o ambiente me que está inserido, pois conceitua o homem como um ser histórico, social e cultural.
Dohme (2003) contribui ao ressaltar que o teórico Vygotsky defende que o meio influencia o ser humano e esse pode ser atuante e modificado pelo mesmo, influenciando em sua aprendizagem, através da interação com pares e outros adultos maiores.
Vygotsky é citado por Dohme (2003), onde menciona o conceito de zona de desenvolvimento proximal, ou seja, a distância entre aquilo que um indivíduo já sabe fazer sozinho e o que é capaz de realizar com a ajuda do outro. Baseado nisso, será apresentado o que o renomado autor ressalta sobre o jogo imaginário na infância, para que se possa compreender como se dá esse processo.
O jogo imaginário na infância é de grande importância na aprendizagem da criança, pois ela aprende brincando e resinificando seu aprendizado, através dos colegas, adultos e objetos, de forma prazerosa, significativa e lúdica.
Vygotsky afirma que as características tipicamente humanas não estão presentes desde o nascimento do indivíduo, nem são mero resultado das pressões do meio externo. Elas resultam da interação dialética do homem e seu meio sócio cultural. Ao mesmo tempo em que o ser humano transforma o seu meio para atender suas necessidades básicas, transforma-se a si mesmo. (REGO 2005, p.41)
Baseada na citação acima, pode-se afirmar que o processo de construção do conhecimento se dá através da interação sócio cultural, com os pares e um adulto mediador do processo.
Rego (2005) defende, baseada na teoria sociointeracionista que o meio pode influenciar em sua aprendizagem. Portanto, para que ocorra o aprendizado, a criança precisa de interagir, se relacionar e "interpretar" seu mundo.
Com base nisso, será apresentado sobre o jogo imaginário na infância, para que possamos compreender melhor nossos educandos e como se dá esse processo, suas significações e a percepção da criança sobre o ambiente e a realidade em que está inserida.
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