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A MOTIVAÇÃO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM ESCOLAR

Por:   •  26/11/2015  •  Artigo  •  2.879 Palavras (12 Páginas)  •  480 Visualizações

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A MOTIVAÇÃO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM ESCOLAR

SALES, Joziane Oliveira (aluno)

BERGAMO, Regina B. (professor)

RESUMO

Este artigo apresenta uma reflexão sobre a importância da motivação na sala de aula e como a mesma auxilia no processo de ensino-aprendizagem e sua importância no processo de aprendizagem. O desenvolvimento deste trabalho baseou-se em pesquisa científica, quanto a sua natureza utilizou-se a Pesquisa Básica onde predomina a fundamentação teórica. Outro aspecto relevante analisado neste trabalho é a função da instituição de ensino no processo motivacional de seus alunos, imposto que a motivação deve ser um trabalho em cooperação e não individual, trabalhar a motivação dos alunos é um conjunto de técnicas e observações empíricas para superar desafios. Sendo o objetivo principal de motivar o indivíduo é de capacitar o aluno para desenvolver coragem, responsabilidade e esforço. Não obstante seja uma tarefa árdua a educação é uma tarefa séria e importante devendo ser objeto de estudos e reflexões continuadas. A função do educador não se limita a uma simples fonte de renda ela é, e deve ser uma arte, de difícil desenvolvimento, porem, extremamente gratificante.

Palavras-chave: Motivação. Ensino. Cooperação. Educador.

1 INTRODUÇÃO

A importância que vem ganhando o estudo da motivação e de outros fatores afetivos no campo do ensino, se pode explicar diante do fato de que mesmo as mais inovadoras técnicas e os materiais mais atraentes podem ser inadequados, ou mesmo inútil, por causa das reações negativas que podem acompanhar a aprendizagem.

Um dos principais fatores que condicionam a aprendizagem é a motivação. Portanto para facilitar o aprendizado e o entendimento é necessário que haja um fator motivador para os alunos, pesquisadores estudaram diferentes fatores que influenciam essa motivação e modelos de ensino foram desenvolvidos com base na necessidade de criar ambientes de aprendizagem que facilitem o desenvolvimento da aprendizagem do aluno.

Para compreender as propostas de ação, os professores devem, em primeiro lugar, saber que fatores pessoais são determinantes na motivação do aluno na escola. Somente conhecendo estes fatores e seus efeitos são possíveis determinar quais os modos de ação do professor, e assim criar contextos maximizando o favorecimento de motivação para aprender.

2 DEFININDO A MOTIVAÇÃO

Como todas as organizações gostariam de ter em seus quadros pessoas motivadas, satisfeitas e felizes, assim também é a realidade do docente, tornando-se um grande desafio para professores motivar seus alunos. É indispensável o conhecimento da motivação humana para que se possa realmente contar com a colaboração das pessoas e criar um ambiente onde efetivamente haja aprendizado e participação de todos.

Mas, como iremos conseguir que os alunos estejam realmente motivados para aprender e correspondam as expectativas e objetivos do professor? Esse é o desafio da motivação. Com isso, o artigo aqui elaborado, aborda o relato de estudiosos e pesquisadores do assunto, para a seguinte questão: Quem é o real responsável pela motivação das pessoas dentro de um ambiente escolar? Deve ser o próprio aluno que deve se auto-abastecer de motivação pessoal, deve ser a família a promotora dessa motivação ou a motivação é uma função do docente? Chiavenato argumenta que a motivação está contida dentro das próprias pessoas e pode ser amplamente influenciada por fontes externas ao indivíduo ou pelo seu próprio ambiente de convivência.

A motivação é intrínseca, ou seja, está dentro de nós, ele é uma energia e força que nos impele na direção de alguma coisa, ela fruto de nossas necessidades interiores, refere-se ao processo de desenvolver uma atividade pela recompensa inerente a essa mesma, isto é, pelo prazer que ela mesma proporciona.

O comportamento motivacional visto desse prisma implica no reconhecimento de que ele representa a fonte mais importante da autonomia pessoal, à medida que as pessoas podem, de certa forma, escolher que tipo de ação empreender com base em suas próprias fontes internas de necessidades e não simplesmente responder aos controles impostos pelo meio exterior. “A motivação é intrínseca, também não podemos dizer que motivamos os outros a isso ou aquilo. Ninguém motiva ninguém. Nós é que nos motivamos, ou não.” (VERGARA, 2005). Segundo a autora, tudo o que se pode fazer é estimular, incentivar, provocar nossa motivação. Dito de outra maneira, a diferença entre a motivação e estímulo é que a primeira está dentro de nós e a segunda, fora.

À medida que se realiza um tipo de necessidade, a atenção do indivíduo volta-se para outros objetivos ou finalidades. Essa variabilidade entre necessidades e escolha de objetivos dificulta o estabelecimento de um padrão único de identidade do comportamento motivacional.

A diversidade humana deve ser considerada quando o assunto é a motivação.  Esse diferencial afeta significativamente a interpretação de um desejo, como também a compreensão da especificidade, como as pessoas agem na busca dos seus objetivos. Tais particularidades dificultam consideravelmente a definição de parâmetros globais que possam ser utilizados para motivar as pessoas em igualdade de condições.

        A filosofia busca compreender o que pode motivar um individuo a fazer algo. Busca responder se o senso do dever ou o desejo de bem-estar podem ou não serem objetos de motivação para um indivíduo.

Do prisma filosófico, o termo motivado pode ser entendido no sentido expresso pelas seguintes locuções:

- “fazer alguma coisa para um propósito”;

- “agir para um fim ou para atingir uma meta”, ou ainda,

- “fazer alguma coisa para isso ou aquilo”.

A última afirmação parece ser a mais ampla, pois ela não especifica necessariamente uma meta ou propósito. De fato, ela possibilita explicações do tipo: fazer alguma coisa pelo senso de dever, para manter uma promessa, para se vingar etc.

Os principais problemas que gostaríamos de destacar podem ser sintetizados nas três perguntas segundo EDWARDS, (1972):

- O que é uma vontade?

- Como uma vontade dá origem a uma ação?

- Que tipos de vontade existem?

Para Dorin (1980, pp. 68-69), por exemplo,

“os motivos das pessoas variam de cultura para cultura; variam de pessoa para pessoa; variam num mesmo indivíduo em diferentes fases de sua vida e situações; podem, vários deles, muitas vezes, serem expressos através de um mesmo tipo de comportamento; e um comportamento pode expressar vários motivos.”

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