A Musicalização Infantil ao Piano
Por: Laisa Strey • 23/9/2019 • Trabalho acadêmico • 1.471 Palavras (6 Páginas) • 212 Visualizações
ALPHA CURSOS-PÓS GRADUAÇÃO PEDAGOGIA DO PIANO[pic 1]
LAISA LUISA STREY RODRIGUES
MUSICALIZAÇÃOIFANTIL AO PIANO
COLATINA-ES
2018
1.IMPORTÂNCIA DA MUSICALIZAÇÃO INFANTIL
Musicalizar é tornar a criança sensível e receptiva aos sons, promovendo o contato com o mundo musical que já existe dentro dela, e, melhor ainda, fazendo com que ocorra uma apreciação criativa dos sons que estão a sua volta.
Pode-se definir a musicalização como a pré-escola da música, um conjunto de atividades que visam a sensibilização, e que buscam ampliar conhecimentos musicais da criança, claro que de maneira bem intuitiva, inclusive com a sua participação criadora. A musicalização trabalha para garantir a percepção pela criança de fundamentos da música como ritmo, melodia e harmonia.
Na musicalização, o ritmo além de trabalhar os movimentos do corpo também pratica a percepção sensorial motora. Já a melodia, é trabalhada por canções que tenham um bom vocabulário, ajudando a desenvolver a fala, a rapidez de raciocínio e também o poder de concentração da criança. A harmonia por outro lado, é o fato de cantar e tocar ao mesmo tempo faz com que as crianças busquem a harmonização sonora, o que acaba contribuindo para a socialização do grupo, por conta de um interesse que é comum a todos.
Ouvir música depende dos cinco sentidos humanos, um estímulo que se dá pela incorporação dos elementos rítmicos e sonoros. É importante ressaltar que é preciso diferenciar muito bem os conceitos de musicalização e aprendizado musical, uma vez que a musicalização não se propõe a ensinar manuseio técnico, e sim criar um vínculo entre a música e a criança; e ainda mais, o gosto pela música.
2. A MUSICALIZAÇÃO INFANTIL E A INICIAÇÃO AO PIANO
A idéia de musicalizar a criança antes que ela se iniciasse no instrumento surgiu a partir da década de 1930 quando começa o ensino musical brasileiro com influência dos pedagogos musicais europeus – Dalcroze, Kodály, Willems e Orff. Além de adiantar o desenvolvimento das habilidades básicas que o estudo do instrumento requer, a musicalização vinha possibilitar a escolha do instrumento pela criança, evitando sempre a opção pelo piano.
A metodologia utilizada nas aulas de musicalização infantil (inicialmente denominada “iniciação musical”) é embasada no desenvolvimento da criança, respeitando o estágio mental de cada faixa etária. No entanto há uma dificuldade de implantação da prática da musicalização uma vez que a tradição era de se iniciar os estudos musicais da criança diretamente no piano.
Até hoje, constata-se a persistência dessa tradição: a sociedade, de maneira geral, não conhece a fundo a proposta de musicalização, sendo que os pais, ao terem a intenção de matricular a criança no conservatório, procuram os cursos de instrumento. Outra questão é que poucos conservatórios oferecem o curso de musicalização infantil. E menor, ainda, o número de conservatórios que articulam as aulas de piano às aulas de musicalização infantil, num projeto integrado de desenvolvimento musical.
Um estudo foi desenvolvido pela professora Ruth Prieto em Madrid sobre o tema “Iniciação ao Piano”, ao discutir a relação entre as aulas de piano e as aulas de musicalização infantil, afirma que a iniciação ao piano diz respeito à formação musical do aluno.
Sendo assim, uma iniciação instrumental integral incluiria o desenvolvimento da linguagem musical, leitura e escrita, iniciação às estruturas rítmicas, rítmicas, harmônicas, melódicas e formais, composição, repertório, improvisação e integração com atividades corporais e com outras atividades artísticas.
2.1 PARADIGMAS DA LEITURA NO ENSINO DO PIANO NA ATUALIDADE
Em todas as fases de aprendizado musical, desde a iniciação através dos métodos disponíveis para o aprendizado do instrumento até a observação dos exames de seleção dos vestibulares, em algumas instituições do país, há o privilégio de questões que envolvem o conhecimento da leitura escrita musical no pentagrama.
A partitura, embora possibilite uma primeira forma de análise musical, e uma grande auxiliadora de memória, a mesma deve ser considerada como uma dentre várias formas de conhecimentos pertinentes ao aprendizado do piano. A sua utilização no ensino depende de algumas habilidades e competências aprendidas previamente.
Nesse sentido, muitos métodos de ensino de piano se propuseram a elaborar atividades para cumprir tal objeto. Essas atividades foram chamadas de pré-leitura e envolvem o uso de clusters em diversas regiões do teclado, conhecimento da sua geografia, nome e ordenação de notas, aprendizado de músicas compostas de dois a cinco sons ensinados por imitação ou de ouvido ou leitura gráfica ou relativa.
Um dos caminhos que possibilitam o aprendizado do repertório sugerido, sem recurso da leitura é a imitação como ferramenta para aprendizagem musical rica e significativa. Autores como Swanwick (1994) e Gainza (2009) recomendam o uso da improvisação na prática do ensino da música.
2.2 PIANOS EM GRUPO COMO FORMA DE MUSICALIZAR
Uma alternativa de musicalizar crianças ao piano é através de práticas de piano em grupo no qual utiliza conceitos previamente formulados a participação de todos os alunos, gerando dinâmica de grupo e aprendizado coletivo.
2.1.1 Integração
Inicialmente as aulas devem ser planejadas com o objetivo de introduzir princípios básicos da música e atividades a fim de desenvolver a sensibilidade dos alunos. Para estes momentos demos o nome de integração, que agregaram também exercícios de aquecimento e alongamento.
Assim são adotados exercícios de memorização e automatização do nome das notas; exercícios de locomoção, a fim de criar o sentido de pulso e andamento; prática da expressão corporal tendo como princípio que o instrumento é uma extensão do corpo e que se faz necessário desenvolver uma consciência corporal; e por fim os momentos de interação social.
A preocupação nessa construção foi possibilitar a aprendizagem dos elementos da linguagem musical dando ao aluno não apenas a mecânica do movimento que produz o som no instrumento, mas lhe proporcionando a consciência dos elementos que o compõe.
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