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A Psicomotricidade

Por:   •  7/2/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.708 Palavras (7 Páginas)  •  345 Visualizações

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psicomotricidade

Nos dias de hoje, onde os profissionais da educação cada vez mais se capacitam e buscam novos conhecimentos e técnicas educativas para as diversas áreas da educação, o ponto de vista em relação às produções dos seus alunos tem mudado constantemente, fugindo dos métodos ultrapassados de aprendizagem dos alunos.

Quem fica preso em uma única proposta, com modelos antiquados, empobrece o senso criativo das crianças. (IAVELBERG, 2013).

Pensando na temática do desenho e o desenvolvimento infantil, foi estabelecido como recorte para a presente pesquisa as etapas dos desenhos que tem como meio de estudo os grafismos infantis.

Parte-se do pressuposto que os professores são os principais observadores deste processo, na qual podem assegurar por meio do conhecimento da análise do desenho as hipóteses que as crianças têm ao utilizar o desenho como meio de representação simbólica.

A escolha pelo tema surgiu pela curiosidade de se entender o que acontece quando a criança desenha, bem como seu desenvolvimento por meio dos desenhos.

Nota-se que os desenhos são utilizados de formas mais recreativas ou artísticas e não há um ponto de vista mais sensível e curioso perante eles.

Para tanto, é necessário que desenvolva um olhar mais crítico em relação ao seu processo de aprendizagem, bem como os dados levantados, a partir da aplicação de métodos profundamente discutidos dentro dessa proposta, para que assim a análise seja realizada com sucesso.

Além disso, percebe-se que nas escolas brasileiras este tema, bem como seus métodos, não é difundido como meio de desenvolvimento.

A importância de considerar o desenho como primeiro meio em que a criança se expressa significativamente no papel, vem primeiramente por meio dos rabiscos, que são seus registros e que mostram sua particularidade, isto é, seu modelo próprio de expressão.

História

Na história do desenvolvimento do desenho como fonte de avaliação cognitiva, algumas datas e autores são importantes para compreendermos melhor a sua origem.

Inicialmente, as pesquisas dedicavam-se a examinar os significados dos desenhos em geral, principalmente, produções artísticas, as quais despertavam as atenções pela riqueza de detalhes. Primeiramente conduzido por Burckhardt, em 1855, a análise era realizada em obras de arte do período da Renascença Italiana. Segundo o pesquisador, os traços e as formas das obras continham características emocionais dos artistas, sendo um meio dos autores dos trabalhos reproduzirem, no ambiente externo, experiências emocionais (Hammer, 1978/1981).

Para compreender o desenho como forma de comunicação, começou-se a perceber que o mesmo poderia ocorrer com o desenho da figura humana. Em 1887, Ricci analisou desenhos de pessoas, relacionando-os com formas de expressão de sentimentos.

Lan Lewis, em 1928, fez importante contribuição à psicologia clinica ao estudar os desenhos como meio de projetar a personalidade do autor. Além disso, o desenho pode auxiliar na psicoterapia quando se investiga com o paciente a sua produção, o que facilita a projeção, possibilitando trazer à tona conflitos internos (Hammer, 1978/1981).

O desenho da figura humana começou a ser estudado, primeiramente, como medida cognitiva. Estudos sistemáticos sobre a avaliação do desenvolvimento intelectual, através de testes realizado por crianças, surgiram, em 1906, com Lamprecht (Hans, 1963, citado por Wechsler e Schelini, 2002).

Florence Goodenough, em 1925, desenvolveu um teste que denominou, inicialmente, Teste do Boneco, propondo analisar a evolução dos desenhos de crianças com idades entre três e quinze anos. Em 1926, Goodenough consolidou o teste como medida cognitiva, pois crianças classificadas com a mesma idade mental tendiam a desenhar a figura humana com o mesmo número de itens, em média. Mas, conforme o amadurecimento da criança ocorria, esperava-se uma tendência a desenhar figuras humanas mais elaboradas. Por este aumento dos itens dos desenhos, conforme a idade cronológica, o teste poderia ser utilizado como medida de avaliação intelectual (Kolck, 1966; Cardoso & Capitão, 2006).

No entanto, ainda em 1926, Goodenough alertara que os desenhos poderiam ser utilizados como um recurso para a avaliação da personalidade, pois em muitos desenhos que fizeram parte do seu estudo, apareceram detalhes raros e que somente tinham significado para aquela pessoa em particular, por isso, poderiam estar associados a componentes emocionais.

Mas foi somente entre as décadas de 30 e 40 que surgiu, efetivamente, o interesse pelo Teste do Desenho da Figura Humana de modo projetivo (Hammer, 1978/1981; Liporace, 1996). A partir de estudos com este teste, como medida de inteligência, começou-se a verificar que crianças com dificuldades emocionais não conseguiam desenhar a figura humana conforme a sua capacidade intelectual, medida através de testes de QI (Hanvik, 1953, citado por Hammer, 1978/1981).

A partir do século XIX, o estudo do desenho infantil se deu por diversos pesquisadores que analisaram através dele, o desenvolvimento das crianças e verificaram diversas concepções pedagógicas para esclarecer ou mesmo descobrir o que ocorre quando elas desenham.

Primeiro, se notavam as observações sobre as visões adultas, ou seja, o produto final era o principal a ser avaliado, pois teriam que ser caracterizados padrões sobre as estéticas da arte adulta, que se embasava na proposta pedagógica do ensino tradicional, que exigia características de destreza e cópia, na qual o enfoque para esta modalidade estava centrado na imitação da realidade, enquanto na escola renovada centrava-se na expressão através do desenho.

Para Costa (2006), o desenho na perspectiva tradicional deixa os alunos atormentados pelas críticas adultas, perdendo assim, a própria confiança em si e em seu mundo imaginário, onde tudo pode acontecer para descobrir e criar coisas. Desta forma, eles se sentem inseguros, acham seus desenhos ridículos e o erro é algo indesejável.

Para este método de ensino, a representação deveria ser de acordo com uma linguagem que traria uma imagem mais próxima da realidade, seja ela por meio de fatos históricos, por meio da natureza, figuras e também objetos. Isto representaria uma visão exata de objetos da natureza na qual foi observada. Assim, seguindo este modelo o autor fica em posição de secundarismo, pois a técnica é a principal forma de perceber se o objeto observado foi bem transmitido no papel.

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