A Relação Escola X Comunidade

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Discentes:

Henrique do Vale

Matheus Santana

Tiatira Dolabela

Yohanna Salles

Tutor(a): Gal

1. INTRODUÇÃO

Você sabe qual é a importância de uma boa relação entre a escola e a comunidade? Educar crianças, jovens e adultos de forma saudável, empática e despertando a curiosidade e preocupação com a sociedade é um dos focos da educação. O relacionamento interpessoal dos alunos com os professores, funcionários, e outras pessoas desde a educação infantil, é um dos principais caminhos para uma trilha de ressignificação, integração e interação, a qual é o papel da escola paralelo a comunidade, para que venham trabalhar em conjunto até que se chegue a um denominador comum. A relação entre escola e comunidade é toda a comunicação que envolve a instituição de ensino e as pessoas que fazem parte da comunidade local. Geograficamente falando, o local que circunda a escola, ocorrem diversas interações, sendo elas: estudantes e moradores locais, entre famílias e responsáveis de estudantes de outras instituições próximas e até entre o corpo docente e outras escolas da região. É impossível colocar à parte escola, família e comunidade, pois, se o indivíduo é aluno, filho e cidadão ao mesmo tempo, a tarefa de ensinar não compete apenas à escola, porque o aluno aprende também através da família, dos amigos, das pessoas que ele considera significativas, dos meios de comunicação e do cotidiano. Sendo assim, é preciso que professores, família e sociedade tenham claro que a escola precisa contar com o envolvimento de todos. Essa preposição tem sido posta em prática nas escolas do município, vários exemplos podem ser citados, entre eles, a comemoração especifica dessa época. A escola sabiamente busca aliar o útil ao agradável. Promovendo dentro do espaço escolar as festividades juninas, contribuindo para fomentar a participação dos pais e da comunidade nas gincanas propostas e, ao mesmo tempo, consegue recursos financeiros para agilizar pequenos projetos. É notório que em cada comunidade atualmente, é possível encontrar uma escola, dessa forma é correto expor que a escola faz parte ativamente da comunidade como também os membros participantes da equipe desta instituição de ensino, fazem parte da comunidade escolar, entretanto, há uma certa carência de estímulos dos pais no que tange à ativa participação afetiva a respeito a vida escolar de seus filhos e componentes da comunidade. Sabe-se da dificuldade de alguns genitores em participar ativamente, contudo, a criança tem o seu início de aprendizado por meio da família e da própria comunidade a que pertence. Quando os educadores são oriundos da própria comunidade e permanecem com mesmas características sociais de outrora, não se tornando opressores dos alunos, há uma provável possibilidade de uma interação positiva entre a comunidade e a escola. Sendo assim o conhecimento da comunidade será extremamente válido e eficaz contribuindo para o crescimento necessário da população escolar. O educador comprometido transmitirá os seus conhecimentos e assumirá um trabalho lado a lado com os alunos e a comunidade, contribuindo através desse seu ato para ressignificar o desenvolvimento da habilidade dos educandos, os quais participam ativamente e desenvolvem melhor o seu cognitivo. Preocupados com o distanciamento da comunidade com a escola, apresentamos através desse artigo fatores relevantes da escola como lugar de ressignificação, integração e interação com a comunidade. É sábio manter um intercâmbio entre pais e toda a equipe pedagógica o que proporcionará uma troca de experiências e uma busca para um melhor caminho a ser trilhado para a educação das crianças e jovens, numa sociedade onde tanto pais como educadores estão sempre sufocados nas suas tarefas diárias, o que dificulta o encontro entre ambos. Este trabalho foi realizado por intermédio de uma pesquisa qualitativa mostrando a necessidade do encurtamento do vínculo entre comunidade e escola para que haja uma interação entre ambos. Descrevemos os benefícios dessa relação utilizando autores como Piletti, Silva, Libâneo, Szymanski.

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Segundo Piletti (2004, p.99), “muitas vezes os alunos residem num bairro, numa vila, num município, e não conhecem o local ou a região. As saídas da escola para estudo têm por principal objetivo levar os alunos a conhecerem e se familiarizarem com o lugar em que vivem”. Sendo assim os alunos poderão adquirir os conteúdos, assimilando com os aspectos políticos, geográficos, culturais e econômicos de sua comunidade. A relação entre escola e comunidade é de extrema importância para o desenvolvimento de uma sociedade mais colaborativa e engajada. A escola não deve ser vista como um espaço isolado, mas sim como um centro de ressignificação, integração e interação com a comunidade ao seu redor. Ressignificando a relação entre escola e comunidade, consiste fielmente em transformar a visão de que a escola é apenas um local para a transmissão de conhecimento. Ela deve ser encarada e tratada como um agente de transformação social, capaz de promover mudanças grandiosas e significativas na comunidade em que está inserida. Ainda de acordo com Piletti (2004, p.100), “da mesma forma que a escola, para realizar eficazmente seu trabalho, precisa estar na comunidade, esta não pode estar ausenta da escola”.  Ao abrir as suas portas e se tornar um espaço acolhedor e acessível, a escola permite que a comunidade se aproprie dela e participe veemente do processo educacional.   A integração entre escola e comunidade é de cunho fundamental para a construção de uma educação mais abrangente e relevante. É por meio da colaboração entre professores, alunos, famílias e demais membros da comunidade que é possível enriquecer o processo de aprendizado, trazendo experiências e conhecimentos diversos para dentro da sala de aula. A escola pode estabelecer sim parcerias com instituições locais, como empresas, organizações não governamentais e universidades, criando oportunidades de aprendizagem fora do ambiente escolar tradicional. A interação com a comunidade fortalece os laços entre a escola e a sociedade, permitindo que a educação seja mais contextualizada e significativa para os estudantes. Por meio de projetos que envolvam ações sociais, culturais e ambientais, a escola estimula o engajamento dos alunos, mostrando-lhes a importância de contribuir para a melhoria da comunidade em que vivem. Além disso, a interação com diferentes segmentos da sociedade amplia a visão de mundo dos estudantes, tornando-os mais conscientes e críticos. A escola tende a oferecer atividades extracurriculares que envolvam ativamente a participação da comunidade, como palestras, feiras, gincanas, exposições e eventos esportivos. Essas iniciativas permitem a troca de conhecimentos e experiências entre os diferentes atores sociais, promovendo a valorização da diversidade e o desenvolvimento de habilidades socioemocionais nos alunos e para os demais integrantes. Ao aproximar-se da comunidade, a escola se torna um local de maior inclusão e capaz de atender às demandas e necessidades locais. Ela se torna um espaço de diálogo, de construção coletiva e de crescimento socioeducacional, aberto ao envolvimento de todos. A participação dos pais, membros locais e responsáveis é imprescindível nesse processo, pois eles são os primeiros educadores dos alunos e possuem um papel fundamental na formação integral das crianças e jovens. Segundo o pensamento de Libâneo, J. C. A aprendizagem escolar e a formação de professores na perspectiva da psicologia histórico-cultural e da teoria da atividade, 2004, p.122, o mesmo afirma que: Para que isso ocorra faz-se necessária uma estrutura da atividade do aprender incluindo uma tarefa de aprendizagem, as ações de aprendizagem e ações de acompanhamento e avaliação, visando à compreensão do objeto de estudo em suas relações. O resultado disso é que os alunos aprendem como pensar teoricamente a respeito de um objeto de estudo e, com isso, formam um conceito teórico apropriado desse objeto para lidar praticamente com ele em situações concretas da vida. Com isso tentamos compreender que a relação entre escola e comunidade é uma via de mão dupla, em que ambos os lados se beneficiam, sendo assim, a comunidade oferece suporte, recursos e conhecimentos de senso comum, enquanto a escola contribui significativamente para a formação educacional e social do cidadão e dos indivíduos que cooperam entre si. Juntos, eles podem promover mudanças grandiosas, positivas e sustentáveis, transformando não apenas a educação, mas também a realidade local, não se limitando somente a isso, pois a escola age como uma organização apoiadora, semeando sonhos e inspirações futuras. Para que essa relação seja efetiva, é necessário que haja uma comunicação transparente e constante, conhecimentos, habilidades e atitudes, para que ocorra um estreitamento na relação de forma competente entre a escola e a comunidade. FIGURA I – O CONCEITO DE COMPETÊNCIA [pic 2] FONTE: Adaptada de Zarifian (2001) Dessa forma, uma competência, é o resultado da combinação de conhecimentos existentes, com habilidades para realizar com um conjunto de atitudes daquele que executa algo. Por exemplo, quando uma professora se dirige a uma turma de alunos, ou a uma turma de pais, ela deve possuir um conjunto de conhecimentos que adquiriu na sua formação inicial, que se somam a sua experiência docente com este público específico e que fazem com que ela se porte e desenvolva de forma clara e evidente, as ações mais eficientes ao conduzir seus métodos de entrosamento entre escola e comunidade. Sendo assim, ela acaba atingindo os objetivos a que se propôs, logo, ela pode ser considerada competente e eficaz no movimento de ressignificação, integração e interação da escola com a comunidade.