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A VOLTA DO LÚDICO A EDUCAÇÃO INFANTIL.

Por:   •  26/4/2017  •  Artigo  •  7.417 Palavras (30 Páginas)  •  259 Visualizações

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A VOLTA DO LÚDICO A EDUCAÇÃO INFANTIL.

RESUMO

A importância das brincadeiras, o lúdico, no desenvolvimento emocional, social e afetivo da criança tem sido anunciada por diversos autores, que atestam a sua relevância, já que estimula a criança a aprender de forma motivada e significativa, pois é através dos jogos e brincadeiras, que buscaremos recursos didáticos que fazem falta as aulas de hoje. Crianças são alvoroçadas e não conseguem se concentrar, sentem necessidade de gastar energia, pode ser correndo, brincando, jogando, etecetera. É uma obrigação da escola ceder a oportunidade para que a criança desfrute da oportunidade de desenvolver essas habilidades, quando uma criança se movimenta com prazer, ela estará instigando o seu desenvolvimento, em todos os aspectos, coordenação motora, acuidade mental, integração social e afetividade, além do mais, a inclusão de jogos e brincadeiras aos conteúdos executados em sala de aula, tornará o processo educacional mais agradável, podendo resgatar a Cultura e tradição Folclórica. A criança caracteriza-se essencialmente por sua curiosidade e criatividade, pela atração as descobertas, detêm um grande interesse pelo novo, pelo tangível e pelo intangível. Sendo assim, o processo de aprendizagem na alfabetização e letramento torna-se prazeroso, fácil e dinâmico.[1]

Palavras-chaves: Lúdico. Alfabetização. Desenvolvimento. Educação Infantil. Brincar

  1. INTRODUÇÃO

Na escola, é primordial, que a criança encontre um ambiente agradável às suas necessidades, sejam elas aprender, socializar ou brincar. Quando elas brincam, elas estão combatendo seus medos, experimentando novas sensações, elas assumem vários papéis, faze, descobertas sobre si mesmas e sobre os outros.

Observando-se as Fases Iniciais, pôde-se constatar que as atividades desenvolvidas com as crianças, baseiam-se na utilização das cartilhas, leitura de textos, separação silábica e exercícios de memorização, não desenvolvem a parte social nos conteúdos trabalhados, desconsiderando a relevância das atividades lúdicas no processo de aprendizagem. Notou-se, então, que toda essa situação acabava interferindo nas atividades apresentadas às crianças e consequentemente em seu desenvolvimento no processo de alfabetização e letramento.

Sendo assim, é fundamental compreender a importância da inserção e utilização de jogos e brincadeiras na prática pedagógica. Nessa compreensão, destaco que brincar é intrínseco ao ser humano e estabelecer uma relação entre brincar e aprender pode tornar o processo de aprendizagem prazeroso e ao mesmo tempo enriquecedor para uma criança. Por meio da participação em jogos e brincadeiras, o aluno interage e socializa, integrando-se com os outros.

É através das brincadeiras que as crianças desvendam o seu mundo, sozinhas ou em grupos, elas fazem descobertas, elas vivenciam as experiências. A base das brincadeiras é o movimento, o ritmo. A presença de objetos nas brincadeiras, vai aumentando a medida em que elas envelhecem, analisando bem, constatamos que, para as crianças, os dois recursos são importantes; O Brincar e o Brinquedo. Cabe ao professor criar um ambiente que reúna elementos motivadores em que a criança sinta prazer na realização das atividades. Através da mediação pautada numa acolhedora relação professor-aluno, de um planejamento adequado na organização do trabalho pedagógico, teremos uma aprendizagem significativa para os alunos.

A alfabetização tem sido o centro de muitos debates no mundo, isto porque apesar do reconhecimento desse direito cidadão e das muitas medidas que vêm sendo tomadas para garanti-lo, ainda existem elevados índices de evasão e repetência escolar. A aprendizagem lúdica vem batalhando seu espaço. Os jogos e as brincadeiras são a essência da criança, e utilizá-los como ferramentas no cotidiano escolar possibilita a produção do conhecimento, da aprendizagem e do desenvolvimento da criança. Portanto, temos a necessidade de perceber a escola como um espaço para os alunos vivenciarem a ludicidade como meio para evoluírem a atenção, o raciocínio, a criatividade e a aprendizagem significativa.

Grandes teóricos como: Bettellheim, Froebel, Kishimoto, OLIVEIRA, Piaget e Vygotsky, confirmam a importância do lúdico para a educação da criança. Os jogos, que por muito tempo, integraram a didática de grandes educadores, hoje, surgem como obrigatoriedade absoluta e indispensável no processo educativo. Não será abordado o brincar por brincar e sim o brincar sob uma perspectiva pedagógica. Almeida (1978) afirma que “os jogos não devem ser fins, mas meios para atingir objetivos. Estes devem ser aplicados para o benefício educativo”. Também, será analisado de que forma o professor deve planejar uma prática pedagógica, que intensifique e facilite a inclusão do jogo e a brincadeira na escola, levando em consideração o duplo aspecto de servir ao desenvolvimento da criança, enquanto indivíduo, e à construção do conhecimento, os quais estão fortemente interligados.

As práticas pedagógicas são culturais, históricas e florescem em função das necessidades sociais emergentes e do acervo de conhecimento disponível, acervo esse que permite a elaboração de uma nova teoria, capaz de justificar a nova prática necessária. Assim também aconteceu e acontecerá com a alfabetização. Seu entendimento sofreu transformações significativas ao longo do tempo, implicando em novas pesquisas, metodologias e redimensionamentos. Destacamos que, para o profissional da área de educação, a percepção sobre os jogos e as brincadeiras é de suma importância, pois implica uma ponderação sobre o real valor dessas ferramentas como mediadoras da aprendizagem lúdica. Além disso, os jogos e as brincadeiras contribuem em muito para a formação do eu crítico, pensante, solidário, cooperativo, com iniciativa, participativo e responsável pela iniciativa pessoal e grupal. Examinando a temática por esse prisma, é notório que precisamos entender a relevância da utilização dos jogos e brincadeiras na prática pedagógica, perceber que a escola precisa abrir um espaço para que alunos vivenciem a ludicidade como meio para desenvolverem a atenção, o raciocínio, a criatividade e a aprendizagem significativa na alfabetização.

  1. OS PENSADORES

Fundamentando-se em estudos realizados, entendo que as brincadeiras pode ser uma formula transformadora que auxiliará a ação Lúdica nas Escolas. Se acreditarmos que as crianças são criativas, imaginativos, podemos tornar possível em impossível, utilizando uma linguagem universal, as Brincadeiras.

  1. Lev Vygotsky

Segundo Aranha (2002), para Vygotsky, a brincadeira, o jogo, são atividades especificas da infância, nas quais as crianças recriam a realidade. É uma atividade social. Ele fala, também, sobre ZDP – Zona de Desenvolvimento Proximal, que é a distância entre o nível atual de desenvolvimento, determinado pela capacidade de resolver um problema independentemente, e o nível Potencial, resolução do problema sob orientação. O professor é quem tem a noção desta Zona Proximal, pois está interligada a capacidade da criança, e as brincadeiras oferecidas devem respeitar a ZDP e estimular.

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