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AS CONTEXTUALIZAÇÕES HISTÓRICA, ECONÔMICA E SOCIOCULTURAL DOS SUJEITOS DA EJA

Por:   •  4/11/2022  •  Relatório de pesquisa  •  4.749 Palavras (19 Páginas)  •  1.337 Visualizações

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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS:

AS CONTEXTUALIZAÇÕES HISTÓRICA, ECONÔMICA E SOCIOCULTURAL DOS SUJEITOS DA EJA

                                                                                                                     

                                                                                 Discentes[1]

Docente[2]

 

 

RESUMO

 

O presente trabalho tem por objetivo caracterizar os principais pontos sobre a educação de jovens e adultos. Compreender sobre as diferenças da EJA na alfabetização e qual o papel do professor no processo educativo e na escolha do melhor método de ensino, compreendendo as necessidades dos alunos para contextualizar os temas das aulas a realidade dos discentes. Também é analisado o contexto do analfabetismo funcional em decorrência de um ensino defasado, principalmente nas escolas brasileiras, e de como o ensino é importante na formação do indivíduo em diferentes fases da vida. Conhecer o contexto histórico, econômico e sociocultural dos sujeitos da EJA é importante para desenvolver uma metodologia apropriada de ensino e estabelecer sentido para as coisas, interpretar e relacionar com diversos contextos sociais. É indiscutível que uma das maiores riquezas de uma nação está na educação oferecida ao seu povo, e esse processo educativo começa nas séries iniciais com uma alfabetização de qualidade.

 

Palavras-chave: Alfabetização; Contexto histórico; Sujeitos da EJA.  


  1. INTRODUÇÃO  

         A educação de jovens e adultos, conhecida como EJA, é a parte da educação básica destinada à pessoas que não iniciaram ou não concluíram seus estudos no tempo da infância e adolescência, que por diferentes motivos retornam ao ambiente escolar após um longo período de afastamento. Há também estudantes que nunca frequentaram o ambiente escolar ou não são alfabetizados. A   educação   de   jovens   e   adultos   no   Brasil   é   uma modalidade   de   ensino ainda   muito excluída, embora   respaldada por Lei.  A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 205, garante a educação como direito de todos e dever do Estado.  O artigo 208, parágrafo   I, assegura   a   educação   a   todos   os   que   não   tiveram   acesso   à   mesma   na   idade   própria. No entanto, o que vemos é uma pouca seguridade desse direito.

A Educação de Jovens e Adultos (EJA), enquanto modalidade de ensino apresenta uma trajetória de desafios, principalmente por ser considerada por alguns uma maneira minimizar o problema social no país. Porém, essa modalidade, durante grande período, não era considerada prioridade educacional, sendo rotulada como política assistencialista para suprir a falta de escolaridade em idade própria. Tradicionalmente, a escola tem   sido   marcada   em sua organização por critérios   seletivos que tem   como   base   a   concepção   da   homogeneidade   do   ensino, dentro da   qual alguns estudantes são rotulados.

        O estudante que não se enquadra nesta abordagem permanece a margem da escolarização, fracassa na escola elevando a evasão. O não reconhecimento da   heterogeneidade   no   aluno   da   EJA   contribui   para   aprofundar   as   desigualdades   educacionais   ao invés de combate-las.

        No atual cenário da educação brasileira, é necessário identificar o perfil dos alunos que iniciaram ou retomaram os estudos na EJA, verificar as razões nas quais os fizeram procurar essa modalidade de ensino e conhecer as suas expectativas em relação ao ambiente escolar contribuem significativamente para o processo educativo, valorizando os saberes trazidos pelos alunos nas salas de aula, aproximando o aprendizado a realidade dos sujeitos.

          De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) – Lei 9.394/96 a EJA (Educação de Jovens e Adultos) é uma modalidade de ensino, que tem por objetivo oportunizar a formação escolar para aqueles que não tiveram acesso ao ensino fundamental ou médio nas idades apropriadas por motivos diversos. Salientando que embora as iniciativas políticas voltadas para essa modalidade seja antiga, somente em 1996 ocorre a aprovação para integrar a Educação de Jovens e Adultos na LDB. Desse modo, percebe-se que além de ser uma política educacional, a EJA é principalmente uma política social, promovendo a escolarização e consequentemente viabilizando aos alunos melhorem oportunidades de trabalho, melhor qualidade de vida e com isso sejam respeitados na sociedade. Diz a LDB:  

                                                                                 

A educação de jovens e adultos será destinada aqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria. Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames (LDB, Art. 37, §1º, Brasil, 1996).

 

  1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA  

          Este documento foi produzido por meio de pesquisas bibliográficas, sites e revistas eletrônicas sobre autores que estudaram sobre a EJA e os seus desafios. O método é necessário, porém não se pode definir um como o melhor, ou mesmo único, pois o que pode ser bom para aprendizagem de uma pessoa pode ser ruim para outra, lembrando que quando se utiliza um método e ele não traz bons resultados, deve-se partir para outro.  Quando um professor deseja alfabetizar seus alunos, ele precisa de um norte, ou seja, um método a ser trabalhado dentro da realidade dos seus discentes, fazendo um trabalho com criatividade e lúdico. Como já citado, o método é a forma que o professor direciona suas aulas.

Explicando melhor, o que vem ser um método, Correa e Salch (2007, p. 10) afirmam que:

 

A palavra método tem sua origem no grego méthodos e diz respeito a caminho para chegar a um objetivo. Num sentido mais geral, refere- se modo de agir, maneira de proceder, meio; em sentido mais específico, refere-se a planejamento de uma série de operações que se devem efetivar, prevendo inclusive erros estáveis, para se chegar a determinado fim.

 

 

É de grande importância que o professor tenha realmente um compromisso com o processo de alfabetização, dedicando-se e aprofundando-se em conhecimentos metodológicos da alfabetização. A Pedagogia têm se preocupado com esta problemática e têm buscado aprofundar questões relativas ao processo de alfabetização e seus aspectos.

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