AS PERPESCTIVAS DO ENSINO RELIGIOSO NAS ESCOLAS PÚBLICAS NO BRASIL
Por: AL2016 • 23/11/2018 • Trabalho acadêmico • 3.825 Palavras (16 Páginas) • 369 Visualizações
AS PERPESCTIVAS DO ENSINO RELIGIOSO NAS ESCOLAS PÚBLICAS NO BRASIL.
Resumo
O presente artigo busca discutir as principais questões sobre o ensino religioso em escolas públicas no Brasil, como contexto pedagógico e jurídico transmitido na história do Brasil. Assim sendo a proposta da pesquisa é de retomar, em linhas gerais, o andamento do ensino religioso a partir do aspecto das dificuldades de se articular os conteúdos as ideias pedagógicas e aos valores culturais já afixados nos indivíduos tendo por objetivo demonstrar qual é o ponto de vista educacional que a disciplina de ensino religioso possui nas escolas públicas brasileiras, apresenta resultados parciais de pesquisa realizada em escolas públicas. A finalidade é constatar como advém o método de ensino e aprendizagem da disciplina de ensino religioso, contribuindo para um conhecimento sobre as dificuldades que a implantação do ensino religioso possui principalmente o provável confronto de idéias e valores que podem surgir tanto no âmbito escolar como no cotidiano do aluno, tendo como metodologia de pesquisa bibliográfica.
Palavras-chave: Educação; Ensino Religioso; Cultura; Preconceitos; Tolerância.
INTRODUÇÃO
O presente artigo demonstra a importância da disciplina de ensino religioso na escola e no dia a dia do educando, tendo por objetivo desenvolver a vivência do diálogo e do respeito nas diferenças pessoais com relação à cultura religiosa no convívio social, através da identificação e da tolerância assim sendo estudando as diferentes manifestações religiosas, ou seja, do sagrado como parte da dimensão cultural, influencia a compreensão de mundo, e a atitude como o homem religioso vive no seu cotidiano, na sociedade, em sua localidade, sendo assim aquilo que para alguns é normal em sua compreensão de mundo, para outros é encantador, sublime, extraordinário, repleto de importância.
A justificativa para a concretização desse artigo seria o conflito relacionado ao acréscimo da disciplina em todo o ensino fundamental dois, sendo uma disciplina que complementa muito a formação do caráter e da integralidade dos estudantes, procurando esclarecer sobre os problemas epistemológicos enfrentados pelos professores que trabalham nesta área do conhecimento.
Contribuindo para que os cidadãos tenham conhecimento das dificuldades no acréscimo da disciplina e no confronto de idéias e valores que surgem durante a aula, e sobre sua importância para formar cidadãos.
A metodologia utilizada foi à pesquisa bibliográfica, e pesquisa de campo com entrevista e questionários, com pais professores e alunos com intenção de coletar opiniões sobre o conceito de ensino religioso, de inicio será feita uma busca de diversos livros com guia e roteiro para a idealização desse presente artigo, obras que enfatizavam a importância do ensino religioso nas escolas brasileiras, mas, que ao mesmo tempo ressaltavam as dificuldades que essa disciplina atravessa principalmente a falta de um utópico a ser seguido.
É de supremo valor que as escolas tenham em sua grade curricular a disciplina de ensino religioso, mostrando a comunidade escolar à importância de conhecerem os ritos, costumes religiosos de todas as religiões existente no Brasil o no mundo fazendo com os mesmo tenham um desenvolvimento social, cognitivo, emocional e também moral.
RELIGIÃO
A etimologia da adjacência religião, de onde deriva ao termo religioso, tendo uma inicial aproximação do seu significado. Religião vem do verbo latino religare (reli-gare). Religar tanto pode ser um novo início entre um subordinado e um objeto, um sujeito e outro sujeito, como também entre um objeto e outro objeto. Obviamente, o religar supõe ou um momento originário sem a dualidade sujeito e objeto ou um elo primário (ligar) que, uma vez desfeito, admite uma nova ligação (re-ligar). Para uns, a religação é um retorno ampliado a uma comunhão cósmica e telúrica. Para outros, o surgimento da vida, o encantamento com o céu estrelado e com a consciência interior de cada qual inspiraram postular a passagem do universo terreno ao universo da transcendência ou, em outros termos, no encontro do outro com o Outro. Para uns essa passagem significou o aparecimento de múltiplas modalidades de expressar a religação do homem com o Transcendente. A estas passagens de religação, muitos nomes foram dados, assim sendo surgindo múltiplas maneiras de religações, civis, laicas ou sacrais. Entre outras denominações pode-se citar a via de reconstrução racional da vida social e política pelo pacto ou contrato racional, a fraternidade universal realizada, a humanidade altruísta, o reino da liberdade, a justiça na igualdade, o abraço do lobo com a ovelha nos novos céus e nas novas terras, a paz perpé- tua e também a ligação do homem com a divindade.
A deficiência de ensino religioso nas escolas não previne que a cultura religiosa (caridade) fornecida nos seus espaços adequados, se desenvolva para “um serviço desinteressado, humanamente desinteressado, ainda que inspirado na idéia de que o serviço é uma boa obra, que merecerá a glória do Senhor” (Bobbio in Bobbio & Viroli, 2002, p. 69).
A DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO NO BRASIL
No Brasil, o ensino religioso, legalmente aceito como parte dos currículos das escolas oficiais do ensino fundamental I e ensino fundamental II sendo inserido no sexto e sétimo ano, e segundo a BNCCs futuramente em todos os anos do ensino fundamental II (sendo uma aula no sexto, sétimo, oitavo e nono ano), no conceito que envolve a questão da laicidade do Estado, a secularização da cultura, a realidade da sociedade, antropológica dos múltiplos credos e a expressão existencial de cada indivíduo, torna-se uma questão de alta complexidade e de profundo teor polêmico (Cury, 1993).
No Brasil, segundo o art. 19 da Constituição Federal de 1988: É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - Estabelecer cultos religiosos ou igrejas subvencionálos, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; A laicidade é clara, o respeito aos cultos é insofismável e quando a lei assim o determinar pode haver campos de mútua cooperação em prol do interesse público, como é o caso de serviços filantrópicos. Além disso, o art. 1º, inciso III, põe como fundamento da República “a dignidade da pessoa humana”.
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