Artido de defesa

GESTÃO PARTICIPATIVA E AS AÇÕES VOLTADAS PARA A INCLUSÃO^[1][pic 1]

                                                Nadia Maria Pinheiro Grana^[2]

Adriana Porto e Josete  Leal Dias^[3]

RESUMO

O presente artigo abordou sobre a gestão participativa  e as ações voltadas para a inclusão, cujo objetivo foi propor ações referentes a gestão escolar e seu trabalho também quanto ao processo de inclusão.   Foi realizado um levantamento bibliográfico e pesquisa-ação , tendo-se como principais fontes livros, artigos online, periódicos, revistas especializadas e outros. Os autores de referência p/elaboração de pesquisa foram as seguintes: Bastos (2005), Ferreira (2008), Cerqueira (2002), Mantoan (2008), Oliveira (2007), dentre outros, com a intenção de apontar fundamentos teóricos conceituas suficientes para desenvolver um estudo mais abrangente sobre a temática. É abordado o conceito de gestão escolar, uma reflexão sobre a inclusão escolar e social, bem como as formas de atuação da gestão escolar e pesquisa com os docentes. Os resultados mostram que  a educação, e especificamente a gestão, deve propor ações visando à construção de uma práxis inclusiva e uma cultura democrática, principalmente junto aos docentes. Considera-se que promover a democratização nas relações cotidianas escolares, visando modificar as estruturas postas de poder implica, na necessidade de garantir as mudanças na gestão da escola para que ela seja inclusiva. Nota-se com isso, que o diálogo, é imprescindível na luta por uma educação verdadeira, que permita a todos mostrarem-se autenticamente mais transparente e mais crítico. Além do comprometimento com a sabedoria do conviver em conjunto respeitando as diferenças e construindo um mundo mais humanizado.

PALAVRAS-CHAVE: Gestão da Educação. Ações pedagógicas. Inclusão.

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho aborda  sobre a importância da Gestão da Educação na atualidade em que  necessita ser  compreendida as ações voltadas à inclusão, a  partir da atuação  do(a) gestor (a) escolar,  nas quais citam-se a Escola de Ensino Médio Professor Orlando Bitar, localizada na cidade de Belém, Pará, no bairro de Nazaré.

Como Unidade pertencente a esfera estadual cumpre o atendimento as diretrizes gerais entre as quais a gestão democrática e a educação inclusiva como vias de garantia de direitos a uma educação de qualidade. Nesses termos, em relação a implementação da gestão democrática a escola supracitada é amparada pela Lei nº 9394/96, em seu Art. 3º, inciso III, que diz: “gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e da legislação dos sistemas de ensino.” Afirma ainda que:

cabe aos sistemas de ensino regulamentar a gestão democrática por meio de dois instrumentos fundamentais ao incremento da participação: Projeto Político-Pedagógico da escola, elaborado por profissionais da educação, da comunidade escolar e local; conselhos escolares que incluam membros da comunidade escolar e local.

        Em relação a inclusão a escola atende a Lei nº 7. 853 de 24 de outubro de 1989,  que trata do atendimento de estudantes com deficiência em classes regulares. São nesses dois âmbitos que esse artigo se encontra.  

E no art. 208 da Constituição Federal, como dever do Estado, inciso III diz:

III – atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino.

Para que  se possa entender melhor o papel do gestor no processo de inclusão, vale primeiro entender o real sentido da palavra  inclusão.  Inicialmente é importante lembrar que não se resume somente em colocar pessoas “diferentes” em um lugar que não costumavam estar, significa transpor a chamada deficiência dando lugar a possibilidades de superação.

Inclusão é dar oportunidades diferentes, considerando sempre a igualdade no que diz respeito aos direitos de cada indivíduo dentro das suas necessidades (MANTOAN, 2008). Quando se  fala em inclusão na escola, preconceituosamente pensa-se em deficientes, que são tratados como seres inferiorizados, incapazes de executar quaisquer atividades escolares. Aspecto que acentua e problematiza a atuação da gestão escolar ao atendimento desses indivíduos.

Desse modo,  o presente artigo objetiva propor ações  referentes à gestão escolar e seu trabalho também quanto ao processo de inclusão. E os específicos são: Estudar as abordagens conceituais sobre gestão educacional; descrever as formas de atuação da gestão escolar com vistas á  inclusão.

Diante dessa reflexão, surgiu a necessidade de se buscar respostas para a seguinte questão: de que forma a gestão escolar desenvolve ações voltadas à inclusão?

Por conseguinte, com enfoque nas necessidades e dificuldades enfrentadas pela gestão escolar no processo de inclusão de indivíduos que possuem transtorno global do desenvolvimento (TGD) e destacar posicionamento que primem pela reflexão da profissão docente frente a esta realidade.

No contexto da inclusão o (re) pensar vem para todos os segmentos da escola e, neste propósito não se pode pensar só na inserção do Atendimento Educacional Especializado (AEE) como forma de atender o estudante com deficiência, mas também trabalho conjunto com profissionais da escola.

         Esses sujeitos necessitam de adaptações específicas necessárias para que possam ter êxitos em seu processo de aprendizagens escolares. Sob esse prisma que marca a Educação Inclusiva, transcendendo ao campo de atuação da Educação Especial, configurando-se como uma responsabilidade de todos os profissionais no âmbito escolar.

Para Ferreira (2008, p. 78),

uma gestão escolar baseada em estratégias e ações que sejam viáveis ao melhoramento do processo de inclusão,  conduz  as transformações que a escola, enquanto produtora desse processo, precisa para estar condizente com as novas perspectivas de formação intelectual, social e política  do individuo e com as inovações técnicas e tecnológicas da sociedade do século XXI.

                Assim, a gestão democrática implica, portanto, ter o conhecimento de novos processos de organização em relação a inclusão, no qual devem ser mobilizados meios e procedimentos baseados em uma dinâmica que favoreça os processos coletivos e participativos de educação inclusiva. Vc consegue pensar em ação para isso?

O tema é relevante por tratar de uma situação real com vistas a um projeto coletivo com a finalidade de assegurar um ensino de qualidade inclusivo permeado por uma mudança de atitudes que assegure o envolvimento de todos os segmentos da escola na construção de meios e ações que elevem a educação.