As Funções da Escrita Em Busca de Um Método
Por: julianeccustodio • 26/8/2015 • Trabalho acadêmico • 1.671 Palavras (7 Páginas) • 192 Visualizações
Etapa 3
Aula tema: As funções da escrita. Em busca de um método. Novas perspectivas no ensino da língua portuguesa.
Passo 1
Pesquisar quatro atividades que envolvam a leitura e escrita de textos de memória, com o objetivo de compreender que, mesmo quando o aluno não sabe ler, é possível que realize ajuste entre o que é falado e o que é escrito, ou seja, levando em consideração as novas perspectivas para o ensino de Língua Portuguesa, principalmente no inicio do processo de alfabetização.
Passo 2
Descrever as quatro atividades que serão aplicadas na aprendizagem da Língua Portuguesa:
Segundo Emilia Ferreiro e Ana Teberosky em seu livro a Psicogênese da escrita existem algumas no processo de ensino/aprendizagem das hipóteses para alfabetização, etapas, sendo elas: Hipótese pré- silábica, silábica, silábica – alfabética e alfabética.
Alguns textos favorecem essa aprendizagem sendo eles trava – línguas, parlendas cantigas, adivinhas entre outros, abaixo alguns exemplos e seus conceitos/benefícios:
- Cantigas de roda: essa modalidade de texto pode ser trabalhada em todas as hipóteses, rodas cantadas são manifestações coletivas elaboradas a partir da cultura popular, Muitas brincadeiras cantadas podem ser caracterizadas como formas de expressão do corpo que integram o folclore infantil como por exemplo:
Cai,cai, balão!
Cai, cai, balão,
Aqui na minha mão!
Não cai não, não cai não,
Não cai não!
Cai na rua do sabão.
Para crianças que estão entrando na fase pré – silábica a compreensão da escrita e sua leitura é de forma difícil, porém elas ao decorarem a letra da cantiga conseguirão transcrever através de símbolos ou até mesmo letras a forma que compreendem a leitura. É produzida por crianças que ainda não compreendem o caráter fonético do sistema. As hipóteses da criança são estabelecidas em torno do tipo e da quantidade de grafismo.
- Trava – línguas: São ótimos recursos em sala de aula para serem utilizadas por professores com a intenção de trabalhar a consciência fonológica, melhora na dicção e leitura oral, também se trata de textos relacionados a cultura popular, no entanto o exemplo usado nesse caso refere-se a hipótese silábico-alfabética:
Tatu
- Alô, o Tatu ta aí?
- Não, o Tatu num ta.
Mas a mulher do Tatu “tando”.
É o mesmo que o Tatu ta.
Nesse caso, observa-se que seria como se uma criança no período silábico – alfabético tivesse escrito o texto, pois é fácil notar que as palavras foram escritas da forma como se ouve, e essa é uma característica dessa hipótese. é marcada por um momento de transição. Busca as formas de fazer corresponder os sons às formas silábica e alfabética e a criança pode escolher as letras ou de forma ortográfica ou fonética.
- Parlendas: trabalharas parlendas na educação infantil pelo seu valor social, pelas possibilidades de amadurecimento emocional que carrega, em seus textos trabalhando a linguagem oral e escrita, memorização através da alfabetização, pela expressão corporal que permitem conhecer em muitos casos o seu próprio corpo. Exemplo:
Hoje é domingo
Pede cachimbo
O cachimbo é de barro
Bate no jarro
O jarro é ouro
Bate no touro
O touro é valente
Bate na gente
A gente é fraco
Cai no buraco
O buraco é fundo
Acabou-se o mundo
Alfabética: fase em que a criança entende que: A sílaba não pode ser considerada uma unidade e pode ser separada em unidades menores; A identificação do som não é garantia de identificação da letra, o que pode gerar dificuldades ortográficas; A escrita supõe a necessidade da análise fonética das palavras.
Outro gênero textual que podemos incorporar a essa hipótese é a adivinhação.
- Adivinhas: É outro gênero textual relacionado à memorização, que facilita a aprendizagem do falado para o escrito, geralmente utilizado como brincadeiras, o que em muitos casos facilita ainda mais o processo de aprendizagem.
Pergunta: Onde se encontra o centro da gravidade?
Resposta na letra i.
3 Passo: Exemplos de ambientes alfabetizadores:
Mercado Lanchonete
[pic 1][pic 2]
Sala de aula Ambiente familiar
[pic 3][pic 4]
Etapa 4 - Paulo Freire e a alfabetização
Passo 1- Leitura da parte 3 Articulando concepções e práticas-PLT,nº 263 (PP.118-123).
Passo 2- Breve biografia de Paulo Freire acrescida de um texto discritivo-analitico expondo a concepção criada pelo autor e parafraseada por Soares (2011): “Só assim nos parece válido o trabalho da alfabetização, em que a palavra seja compreendida pelo homem na sua justa significação: como uma força de transformação do mundo. Não é o método que é novo,não é um método de alfabetização que Paulo Freire cria,é uma concepção de alfabetização, que transforma fundamentalmente material com que se alfabetiza; o objetivo com que se alfabetiza e as relações sociais em que se alfabetiza enfim: o método com que se alfabetiza”.(PLT-nº 263-pp.119-120).
Paulo Régis Neves Freire,nasceu em 19/09/1921 na cidade do Recife,foi alfabetizado pela mãe,que o ensinava a escrever com pequenos galhos de árvore no quintal da casa da família, sua família era de classe média. Quando tinha 13 anos seu pai morreu em meio à crise econômica iniciada em 1929, Freire passou a enfrentar dificuldades econômicas. Formou-se em direito, mas não seguiu carreira, encaminhou a vida profissional para o magistério. Suas ideias se formaram da observação da cultura dos alunos, em particular o uso da linguagem, e do papel elitista da escola.
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