Boletim In-Formativo dos Funcionários da Educação
Por: Tom Neres • 20/5/2017 • Seminário • 1.916 Palavras (8 Páginas) • 237 Visualizações
PRO NOTÍCIAS 96
Boletim In-Formativo dos Funcionários da Educação
Brasília, 18 de abril de 2017
Responsável: Prof. João Monlevade
Editorial Corrupção, impunidade e ética pública
Diante da escalada crescente das denúncias e delações dos envolvidos nas investigações da Lava Jato, é impossível ficar calado. Algumas convicções de fundo têm que ser afirmadas, sob pena de sucumbirmos todos à desorientação política geral.
Primeira. A corrupção, seja na gestão das políticas públicas, seja nos processos eleitorais, é fenômeno que cresceu com o próprio crescimento econômico e demográfico do País: mas, por ser “generalizada”, não pode ser admitida como “normal”, inimputável. Como pilhagem privada - empresarial ou pessoal - de recursos na administração pública, toda corrupção deve ser identificada, repudiada e combatida.
Segunda. Indiciada e confirmada a ação criminosa, os responsáveis precisam ser punidos, na proporção da materialidade dos malfeitos e dos prejuízos causados ao bem comum. É de se dar parabéns a todos os agentes das Polícias, do Ministério Público e do Judiciário que se empenham por dever profissional nos processos de punição dos que forem comprovadamente culpados, independentemente do tamanho do delito e das relações que tenham com os Poderes, com os Partidos e outras instituições. Diante da Justiça e das injustiças não deve haver exceções e acobertamentos.
Terceira. A educação, como projeto e processo de apropriação de cultura, tem compromisso com a ética e, por isso, deve-se somar a quem luta contra a corrupção e a impunidade. Mais ainda: a educação escolar, por meio do desenvolvimento dos currículos nas escolas infantis, fundamentais e médias, precisa permear as relações de ensino-aprendizagem e de socialização com a cultura da ética, da solidariedade e do bem comum.
Como consequência dessas convicções, e não por acaso, temos lutado pela formação inicial e continuada dos profissionais da educação, a partir de padrões éticos e na perspectiva de aquisição de conhecimentos e de competências técnico-pedagógicas que garantam o alcance dos objetivos educacionais em todos os níveis do ensino, inclusive nas universidades, que transitam neste momento de estrutura elitista e seletiva para valores democráticos, como o da igualdade de oportunidades de acesso e sucesso. Os Cursos Técnicos do Profuncionário e os Cursos Tecnológicos dos Institutos Federais devem não somente continuar, como se expandir e se qualificar para a vitória da ética sobre a corrupção, da verdade sobre a mentira, da justiça sobre a impunidade.
Curtamos
1. Relato da TS Ana Paula Mathias
Ecos do Primeiro Encontro dos(as) Funcionários(as) Estudantes no DF
O primeiro encontro presencial dos cursos do Profuncionário – Alimentação e Infraestrutura Escolar - ofertados pela Secretaria de Educação do Distrito Federal aconteceu dia 8/04/17 em uma das escolas de ensino médio de Samambaia. O encontro foi muito proveitoso, com discussão dos temas das três disciplinas que serão ministradas no módulo introdutório: Orientações Gerais, Fundamentos e Práticas em EaD e Orientações para as Práticas Profissionais Supervisionadas.
Os cursistas se mostraram bem interessados e motivados para os cursos. No primeiro momento do sábado foi feita uma dinâmica para a apresentação da equipe docente e dos cursistas. Em seguida, cada professora de uma das disciplinas falou sobre o conteúdo e as atividades do seu Caderno e sobre o curso como um todo.
No segundo momento, os cursistas foram ao laboratório para o cadastramento e acesso à Plataforma. Nela foi aberto o fórum de apresentação e depois um fórum de discussão de cada disciplina que será ministrada por três professoras de cada polo. São eles: Samambaia, Recanto das Emas e Sobradinho.
No encontro foi muito enfatizada a importância da capacitação para os funcionários da educação, de como eles são importantes na educação; afinal, eles também são educadores e devem ser valorizados e respeitados como tais.
Como atividade dos cursos, será ministrada uma palestra pelo João Monlevade sobre as atividades da Prática Profissional Supervisionada – o que gerou curiosidade geral.
O primeiro fórum de discussão da Unidade 1 das OG (páginas 16 a 32) levou em consideração as seguintes indagações:
* O que é Profuncionário? Quando surgiu? Trouxe benefícios?
* Quais foram os motivos que fizeram você optar pelo Profuncionário da SEE do DF?
* Quais as expectativas em relação ao curso?
2. Não à Reforma da Previdência une Policiais e Professores
Em audiência hoje, 18, na Comissão de Direitos Humanos do Senado, representantes dos Policiais Federais e Rodoviários foram unânimes em negar apoio à PEC 287/16 que propõe uma Reforma da Previdência que nega direitos das mulheres, dos rurais, dos professores e professoras e dos policiais. Mais ainda: além de apresentar dados e argumentos a favor de suas posições, comprometeram-se a apoiar as mobilizações dos educadores, representados pelos diretores das duas Confederação Nacionais: CNTE, da educação básica pública e CONTEE, dos trabalhadores em educação dos estabelecimentos privados. Ambos, Beatriz Cerqueira da CNTE e Gilson, da CONTEE, se posicionaram veementemente também contra a Lei da Terceirização e contra o Projeto de Reforma Trabalhista, que tramita na Câmara dos Deputados. Dia 28, data da Greve Geral, será mais um momento da crescente união dos trabalhadores públicos e privados contra as reformas. O Senador Paim e a Senadora Regina Sousa honram o mandato para o qual foram eleitos pelos gaúchos e piauienses!
Previdência Social: Bônus Intergeracional e outros equívocos
Nos argumentos do Governo para propor a Reforma da Previdência, ele tem ressaltado o aumento do déficit de suas contas: as receitas dos que atualmente contribuem são cada vez menores e as despesas com as aposentadorias e pensões atualmente são cada vez maiores. Daí, o remédio seria diminuir gastos e direitos, e aumentar descontos dos assalariados – coisa que FHC e Lula já fizeram, em proporções menos assustadoras.
Esse raciocínio parte da negação do próprio conceito de previdência. Baseia-se num fato contábil – o de que a receita atual dos descontos dos trabalhadores tem que prover despesas atuais com os beneficiados. Isso é falso e nos leva a um beco sem saída.
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