DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
Por: reeeh99 • 26/1/2019 • Relatório de pesquisa • 2.372 Palavras (10 Páginas) • 282 Visualizações
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS – CAMPUS XVII BOM JESUS DA LAPA – BA
CURSO PEDAGOGIA
REGINA NOVAIS SILVEIRA
RELATÓRIO
BOM JESUS DA LAPA – BA
2018
RELATÓRIO
REGINA NOVAIS SILVEIRA
Trabalho apresentado ao curso de Pedagogia da Universidade do Estado da Bahia – UNEB, como requisito de avaliação da disciplina Tec. I. sob orientação da professora Isaura Francisco.
BOM JESUS DA LAPA – BA
2018
A Elite do Atraso: da escravidão à lava jato
A elite do atraso, do Dr. Jessé Souza, foi escrito em 2017 com intuito de mostrar o cenário político brasileiro, no qual sofreu um golpe em 2016 que foi o Impeachment.
O autor inicia a obra um resumo histórico da construção social brasileira, Jessé Souza fala sobre a contribuição da escravidão para as divisões de classes, as classes burguesas é o proletariado que era as classes inferior. O autor explana sobre a divisão de classes onde a sociedade não divide classes por valores, mas sim pela uma construção sociocultural, deste modo havia a classe alta, a classe média, a classe trabalhadora, e os excluídos, a partir destas classificações havia a relações que acontecia em cada classe.
Em sua contextualização abarcando a sociedade e a divisão de classes o autor não tem meio termo, ele descreve o que se passa na atualidade da sociedade brasileira de forma clara e direta. Por exemplo, se eu faço parte da classe trabalhadora, muito possivelmente seus filhos precisarão trabalhar enquanto fazem a faculdade para conseguir se mantiver, ao contrário dos filhos da classe média que possuem renda suficiente para comprar tempo livre para os filhos. E dessa desigualdade surgem jovens de classe média que acham que todos possuem a mesma chance que ele de vencer na vida, como se todos estivesse no mesmo patamar, como seria justo aplicar a meritocracia numa sociedade tão desigual.
O autor deixa acordado o ponto em que a classe trabalhadora irá se identificar com todas as falas escritas no livro pois sim, este é um livro de esquerda, considerado por muitos, parcial. Para classe trabalhadora é um livro necessário para enfrentar e entender a atual conjuntura política do país, pois te faz enxergar o óbvio onde o país se encaminhando para uma suposta ditadura militar. Além de mostrar claramente tudo aquilo que é divulgado na mídia, nas redes sociais e nas relações pessoais, ideias de superioridade que muitas vezes são irritantes e que nos entristece, atualmente os candidatos eleitos para assumir cargos importantíssimos no nosso pais são políticos que prega a morte aos moradores do morro ou nas atitudes da classe média de fechar os olhos ao próximo e achar que alguém é pobre porque é preguiçoso, que negro é marginal, de fechar os olhos para ideologia de gênero.“[…]os privilegiados não querem apenas exercer o privilégio, mas querem também que esse mesmo privilégio seja percebido como merecido e como um direito.’’ (P.147)
fica bem evidente no discorrer do texto a crítica social exposta em A elite do atraso é real, mesmo que os comentários sejam tendenciosos para o pensamento esquerdista, ela demonstra a vergonha que vivemos hoje com toda a discriminação incutida nos detalhes do cotidiano. Vale a leitura para abrir os olhos e refletir sobre a sociedade brasileira atual. A elite do atraso não propõe imparcialidade ao tratar a atual conjuntura do nosso país.
A Escola na Vida e a Vida na Escola
Texto bem didático e muito bem ilustrado sobre a situação de exclusão e fracasso escolar sofrido pelas crianças pobres na educação escolar que se passa na década de 80, mas a pesar do tempo está bem atual, tais como a forma inadequada que a escola trata os estudantes que vem de outra realidade de ensino que não a da classe média. Outro aspecto tratado no livro que há duas formas de tratar a educação, melhorando a forma como as crianças são educadas ou tornando o ensino para os pobres mais fraco, como se eles não pudessem acompanhar algo mais forte. Olhando em perspectiva, podemos indagar com as políticas públicas das últimas décadas quando opõe qualidade a quantidade.
O autor abre uma discursão sobre possíveis “culpados” pelo fracasso escolar da criança: o fracasso pode estar na criança que é cheia de problemas, é distraída e sem memória e assim não consegue concentrar na aula, e não entende o que o professor diz; também está na família que tem problemas afetivos e emocionais, trata também da pobreza como um empecilho para ter sucesso nos estudos; está na professora que não tem obrigação com a educação; está nos regulamentos por ter varias exigências inclusive de comprar uniforme s, materiais didáticos. Neste sentido apontar o verdadeiro culpado pelos fracassos no ensino não adianta muita coisa é preciso ter consciência e mudar a concepção de se fazer educação, partir o desejo de mudar para gera a mudaça que tem que partir dos educadores para pensar criar e recriar politicas pedagógicas educacional com o principio de fazer dá certo a educação no sentido de quebrar correntes tradições para suprir o fracasso é almejar o sucesso.
Espaço do currículo
O currículo é um espaço-tempo em que há a negociação das culturas diferentes umas com as outas. Nele convivem as culturas locais dos variados pertencimentos de alunos e professores com as culturas globais, majoritárias tanto nos currículos escritos quanto, possivelmente, nos vividos nas salas de aula. Ela nega que os currículos oficiais sejam a expressão das culturas globais.
A autora entende que pensar um currículo da diferença envolve que a relação entre universal e particular, como propõe Laclau (1996), seja considerada num espaço cultural liminar em que cada identidade cultural é marcada pela ausência “de muitos outros”, que são constitutivos de sua presença. .
O currículo criou um mecanismo de defesa para lidar com a diferença, precisa ser pensado como espaço-tempo de negociação cultural. Com esse mecanismo pretende caminha os estudos na perspectiva da teoria crítica e política do currículo. A autora explana sobre o currículo como um espaço-tempo de fronteira na quais interagem diferentes tradições culturais na qual há varias formas de convivências no sentido em que o currículo como mecanismo de organização nos âmbito escolar, além de que deve ser deve ser flexível e construído de acordo com a realidade local. Também para a autora a insistência de diferentes discursos pedagógicos sobre a necessidade de partir do conhecimento do aluno onde o currículo é um espaço-tempo em que as culturas presentes negociam com “a diferença do outro”. Nesse espaço convivem as culturas locais trazidas para a escola pelos alunos e pelos professores com as culturas globais, e estas tendem a prevalecer sobre as culturas locais, mas que também deve ser trabalhada em sala de aula.
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