Disciplina: Alfabetização e Letramento I
Por: Berenice Carmo • 15/11/2016 • Trabalho acadêmico • 462 Palavras (2 Páginas) • 204 Visualizações
Curso de Pedagogia
Disciplina: Alfabetização e Letramento I
Professora: Valéria Barbosa de Resende
Período: Primeiro
Turma: H
Aluna: BRUNA DO CARMO MENDES
Sou mineira de raiz, natural de Belo Horizonte, nascida em dezembro do ano de 1991, vinda em fim de uma família militar tradicional. Lembro-me de presenciar meu pai, naquela época 3º sargento militar, estudar horas e horas para conseguir uma patente mais alta, afinal queria “ser alguém”, obvio menina inocente que era no auge dos meus três anos não sabia o que significava “ser alguém”, porém observando aquelas palavras um amontoado de traços desconexos aos meus olhos, era um mundo maravilhoso, não entendia por que tais traços deixavam meu pai tão serio e concentrado ao ponto de me ignorar, afinal sua atenção era sempre minha e às vezes eu abria uma exceção e o dividia com minha irmã, perguntei-lhe então quando aprenderia tudo aquilo e ele me respondeu que quando fosse grande, igual a minha irmã. [pic 1]
Aparentemente grande significava pouco mais de um ano após o episódio em questão, iniciei o “jardim de infância” aos quatro anos, na escola, particular, Bem Me Quer do bairro São Geraldo.
Vou confessar que não lembro ao certo de quando comecei a ler e escrever, minhas memorias dessa época são insólitas, com tudo recordo-me das folhas, que eram rodadas no mimeógrafo, e de seu cheio memoroso e inesquecível onde eram traçadas com desenhos extravagantes usados para colorir dentro da margem, e o alfabeto pontilhado usado para contornarmos, formávamos silabas, repetíamos diversas vezes ao dia “B+A= BA” e por fim lembro-me de contar riscos no quadro somando-os ou subtraindo-os. [pic 2][pic 3]
Com o passar dos meses aprendi a formar palavras completas, tímidas e pequenas, porém completas o “B+A=BA” passou a se juntar com o “L+A=LA” e forma a palavra “BALA” doce este que eu devorava no intervalo do jardim. Aos poucos as estórias da formiguinha, da branca de neves e o sete anões e da chapeuzinho vermelho deixaram de ser apenas ilustrativas e passaram a ser, acima de tudo, gráficas. E como deixar de mencionar a turma mais incrível da minha infância? Eu lia, não! Eu devorava as revistinhas da turma da Mônica, foram as primeiras estórias que li sozinha, leitura doce e inocente que me incentivou a ser hoje uma leitora compulsiva, AA que me aguarde ou seria LCA? [pic 4]
Para mim o ato de ler e escrever não foram de difícil aprendizagem, dominei não só a leitura e escrita, mas também os números em pouco mais de dois anos, afinal tinha que dominá-los para entrar no exclusivo Colégio Tiradentes, difícil mesmo foi entender a tão temida gramática.
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