Docência nas Classes Hospitalares
Por: Thaís Cavalini • 24/10/2020 • Trabalho acadêmico • 503 Palavras (3 Páginas) • 148 Visualizações
2.3 – Aspectos da formação docente que perpassam o exercício e a prática da docência no universo hospitalar.
A docência de classes hospitalares é uma forma de alcançar crianças/adolescentes que se encontram hospitalizados, para que tenham garantido seus direitos e necessidades educativas enquanto elas permanecem impossibilitadas de frequentar uma classe escolar regular.
O docente para atuar nas classes hospitalares precisa estar habilitado, capacitado e se manter constante atualizado para trabalhar com diferentes experiências e diversidades humanas, tendo que identificar as necessidades de cada aluno que se encontra hospitalizado.
Tais aspectos da formação docente no ambiente hospitalar perpassam ao ensino e aprendizagem de um currículo escolar, pois diante de uma criança ou adolescente submetido a tratamento médico e a um afastamento escolar onde suas saúdes físicas e psicológicas estão visivelmente abaladas, o professor precisa tomar posse do seu papel pedagógico através de estratégias que visem desenvolver as capacidades mentais e os conhecimentos de forma significativa e sólida, sempre englobando em suas estratégias e planejamentos maneiras de alcançar suas necessidades psicológicas e culturais, tendo também um olhar sensível e dando devido apoio ao aluno, buscando do diálogo e do afeto amparar o mesmo a superar o trauma do afastamento da vida que levava fora do universo hospitalar de forma a enriquecendo positivamente no seu processo de ensino e aprendizagem, como também aumentando e fortalecendo sua confiança em si mesmo nos demais que o rodeiam. Podemos entender essa prática de humanização do professor dentro das classes hospitalares através de Trugilho (2003) que afirma que a afetividade presente na situação de escolaridade os fortalece e os renova dia a dia, levando-os a viver intensamente.
A construção da prática pedagógica, para atuação em ambiente hospitalar, não pode esbarrar nas fronteiras do tradicional. As dificuldades, muitas vezes, persistem porque não se consegue ver nelas a oportunidade de uma atuação diferenciada, pois os valores e as percepções de condutas e ações estão ainda muito enraizados nas formações reducionistas. Essa prática, portanto, deve transpor as barreiras do tradicional e as dificuldades da visão cartesiana. A ação pedagógica, em ambiente e condições diferenciadas, como é o hospital, representa um universo de possibilidades para o desenvolvimento e ampliação da habilidade do pedagogo/educador. Desenvolver tais habilidades requer uma visão oposta à contemplada pelo redutivismo, ou seja, ela deve, sim, contemplar o todo (MATTOS, 2010, p. 51).
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