Ensino de Música na Educação Básica: História, Possibilidades e Perspectivas.

1. TÍTULO: Ensino de Música na Educação Básica: História, Possibilidades e Perspectivas.

1. INTRODUÇÃO:

Através do tempo, o ensino de música no Brasil sofreu várias transformações, assim como a própria Educação, passando por períodos de altos e baixos, conquistas e perdas de acordo com cada legislação educacional vigente. Recentemente, com o advento da Lei nº 11.769, de 18 de agosto de 2008, que alterou a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 - LDB, tornando obrigatório o ensino da música nas escolas públicas de educação básica, faz-se conveniente pesquisar como ocorreram os principais momentos do ensino de música no Brasil nas três últimas décadas, e se esta nova alteração na Lei terá condições, de agora em diante, de consolidar o ensino de música nas escolas brasileiras deste ramo da arte, de elevada importância na formação intelectual e no bem-estar do ser humano.

Sob este enfoque, buscaremos compreender como vem ocorrendo o ensino de música no Brasil atualmente, qual a participação do poder público no fomento deste ensino e consequentemente, as reais possibilidades deste aprendizado musical ser consolidado nas escolas públicas brasileiras, não com iniciativas isoladas, voluntárias ou através de projetos de extensão, mas sim como algo sistematizado e oficializado no currículo das instituições de ensino de forma global, constante e articulada, de acordo com Brito (2004) “Aceitando a proposição de que a música deve promover o ser humano acima de tudo.”

Estudos neste campo poderão contribuir para uma formação musical efetiva dos alunos de escolas públicas, pois, atualmente este tipo de conhecimento só é socializado em algumas escolas particulares, e em outras vezes, os docentes utilizam-se da música para se atingir certos objetivos pequenos tais como o uso de músicas para relaxar, merendar, formar fila, ficar calado, prestar atenção, etc., reduzindo esta arte a um simples meio de atingimento de metas.

A nosso ver, a música deve ser interpretada como um fim, ou seja, como um rol de conhecimentos necessários para aguçar a sensibilidade, formar uma identidade, adicionar valores estéticos aos alunos, entre outros.

Os estudos no campo da pedagogia correlacionam-se estreitamente com algumas áreas da sensibilidade dos alunos, na capacidade de percepção, nos estímulos sensoriais; assim como na música que modela e apura tais sentidos, direciona e capacita os fazeres musicais de forma a disciplinar posturas do corpo e da mente. É destas duas áreas de conhecimento que vem minha identificação com o tema proposto, sendo profissional da área de Música ha aproximadamente 14 anos e ainda discente da área de Pedagogia, bem como de minhas experiências musicais ao longo de minha vida estudantil.

Acreditamos que este estudo torna-se relevante por trazer à baila, reflexões sobre a recente obrigatoriedade no componente curricular do ensino da música nas escolas públicas de educação básica, fato este que requer estudos mais aprofundados para se discutir de qual forma este será implementado, ou seja, como operacionalizar de forma sistêmica o ensino da música nas escolas públicas, criando subsídios para gestores educacionais e professores, pois, entendemos que a música na educação deve ser trabalhada como um elemento que passe definitivamente a fazer parte do cotidiano dos alunos. Devemos compreender que não é proposição que os alunos se tornem músicos, mas sim que adquiram conhecimentos gerais sobre arte inclusive a música, e que estes conhecimentos não devem ocorrer de forma vaga e descontextualizada, mas sim, como um rol de novos conhecimentos que agregam valores em sua formação como cidadãos.

Buscamos, desta forma, e como principal supedâneo, o desejo de pautar nosso trabalho através de uma postura investigativa de modo a construir um conhecimento a partir de fontes apropriadas ao objeto, para que este seja bem constituído e tenha qualidade de sentido (Severino, 2002). Sendo imprescindível  uma visão histórico-social dos contextos em que está inserida a arte da música (Tinhorão, 1999) e considerando também a proposição de Brito (2004)“a necessidade de repensar a concepção enraizada, e muitas vezes ultrapassada, que se tem de música, assim como a necessidade de conhecer e respeitar o processo de desenvolvimento musical das crianças.” Considerando ainda as práticas e experiências bem sucedidas no ensino de música em escolas (BEYER - KEBACH, 2009). Cabe ressaltar que todo este processo construtivo nos remete a idéia de que precisamos discutir e reavaliar a forma de se acolher/implantar a idéia de como fazer música em nossas escolas.

1. OBJETIVOS

1.  Objetivo Geral: Investigar as reais possibilidades da consolidação do ensino de música nas escolas públicas de educação básica.

1. Objetivos Específicos:

• Analisar as principais tendências do ensino de música no Brasil nas últimas três décadas.
• Verificar se existe investimento do poder público para operacionalizar este novo dispositivo legal.
• Buscar as melhores opções de estratégias para uma efetiva consolidação do ensino da música nas escolas de educação básica.

1. METODOLOGIA:

Este projeto será desenvolvido através de Pesquisa Bibliográfica e Documental por meio de identificação, localização, compilação e fichamento, inicialmente, a partir de uma consulta á legislação educacional vigente, a qual será o ponto de partida para o aprofundamento nas pesquisas bibliográficas pertinentes, onde será feita uma pesquisa teórica em livros e estudos correlatos, tendo como princípio uma bibliografia, a mais atualizada possível, para detectar as mais atuais situações ilustradas pelos autores da área a qual seguirá o seguinte percurso metodológico: