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FACULDADE DE CIÊNCIAS E LETRAS CAMPUS DE ARARAQUARA

Por:   •  2/9/2019  •  Trabalho acadêmico  •  589 Palavras (3 Páginas)  •  257 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

FACULDADE DE CIÊNCIAS E LETRAS

CAMPUS DE ARARAQUARA


ANA LUIZA GONÇALVES TRISTÃO

Curso de Licenciatura em Pedagogia
Disciplina: História da Educação II
Prof. Dr. Carlos Alberto Diniz

Das quatro faculdades (teologia, medicina, direito e artes liberais) que integravam a universidade Durkheim se concentra na faculdade de artes liberais para descrever e dissertar  no capítulo nove do livro A evolução pedagógica. Segundo ele a faculdade de artes não possuía tanto mérito quanto as demais faculdades, pois, diferentemente da faculdade de direito, medicina ou teologia que preparavam o aluno para uma profissão a faculdade de artes era responsável somente pelo “rito de passagem” e funcionava como um intermédio do aluno que acabara de sair das pequenas escolas para integrar na universidade. Durante o seu ingresso na faculdade de artes o estudante seria preparado para os anos seguintes e ela funcionava mais ou menos como o nosso secundário hoje em dia.

Antes de o aluno iniciar os seus estudos em uma universidade, era exigido alguns conhecimentos básicos como escrita, leitura e gramática, esse conhecimento primário era ensinado para a criança em pequenas escolas que não faziam parte das universidades e poderiam estar ligadas a igrejas ou localizadas em vilas, normalmente essas escolas eram frequentadas por crianças da vizinhança. As crianças eram ensinadas por mestres da gramática, pessoas que possuíam uma licentia docendi e não mantiveram ou não seguiram carreiras por meio da universidade.

No texto Durkheim nos dá o exemplo de rapazes de treze e catorze anos que acabaram de se formar nessas pequenas escolas e chegam a Paris para começar seus estudos na universidade, primeiramente eles precisam escolher e se ligar a um mestre não só para lhes orientar em seus estudos, mas também para que exista uma figura responsável e de autoridade, é nesse momento que a idade se torna algo primordial para uma relação harmônica entre mestre e seu aluno, pois os mestres possuíam uma idade próxima a de seus, alunos pois assim como eles o mestre também iniciou os seus estudos cedo. Logo em seguida esses rapazes precisam procurar seu alojamento e companheiros para dividir esse alojamento. Os estudantes de origens iguais ou parecidas acabavam se atraindo e se unindo para alugarem um local e viverem juntos formando uma espécie de comunidade, eles comiam na mesma mesa, recebiam visitas de seus mestres e viviam a mesma vida. Esse tipo de comunidade era chamada de hospitium.

O hospitilium era uma forma de organização bastante generalizada, porém, existiam dois tipos diferentes de estudantes com realidades igualmente distintas, existiam os estudantes ricos que possuíam seus apartamentos e os estudantes pobres que não eram capazes de pagar seus gastos sua permanência em um hospitium. Alguns plebeus buscavam formas de conseguir uma renda para pedindo esmolas ou através de trabalhos domésticos para os ricos, mas, nem todos conseguiam pagar seus gastos com estudos. Como forma de evitar que os estudantes menos privilegiados largassem seus estudos algumas pessoas bastante caridosas tiveram a ideia de criar um estabelecimento onde os estudantes mais pobres pudessem se alojar de forma gratuita. Esse estabelecimento era como uma hospitia equipada e foram considerados os primeiros colégios.

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