Facetas de alfabetização e letramento
Por: Patricia Sophia • 12/11/2018 • Resenha • 501 Palavras (3 Páginas) • 243 Visualizações
Letramento e alfabetização: as muitas facetas
Introdução
Magda Soares ao publicar “As muitas facetas da alfabetização” em 1985 (Caderno de pesquisas, nº52, de fevereiro de 1985) e ao publicar Letramento e alfabetização : as muitas facetas, verifica que ao entrelaçar os objetivo dos dois texto o problema enfatizado na publicação a 20 anos são os mesmo problemas atuais e ainda não resolvidos.
No contraponto em que Magda retoma, são os conceitos e problemas, identificando a evolução ao longo do tempo, com o objetivo atual que resultará na denominação da reinvenção da alfabetização, juntamente com a indissociabilidade de alfabetização e letramento.
É em meados dos anos 1980 que surge a invenção do letramento no Brasil, do Illettrisme, na França, da literacia, em Portugal, para denominar um fenômeno distinto a alfabetização.
É de coincidência que práticas sociais de leitura e escrita emergiram como questão principal em sociedades distanciadas de forma geograficamente, socioeconômica e culturalmente, porém de formas diferentes em países em desenvolvimento como o Brasil de países desenvolvidos como França, Estados Unidos e Inglaterra. A principal diferença dada é as relações entre a prática social de leitura e escrita, ou seja o conceito de letramento e alfabetização.
Nos países desenvolvidos, as práticas de leitura e escrita se tornam um problema relevante no que diz a constatação de que a população embora alfabetizada não domina as habilidades de leitura e escrita que se fazem necessárias para uma participação competente e profissional que envolvem a língua escrita.
Na França como afirma Lahire, em L’invention de I’illettrisme(1999), e Chartier e Hébrard, que caracterizam como Quarto Mundo, revelam precário o domínio da leitura e da escrita dificultando a inserção no mundo social e do trabalho, baseando-se que a população domina a escrita porque passou pela escolarização básica.
Estudos realizados nos Estados Unidos revelaram que a população jovem não do dominava as habilidades de leitura demandada em práticas sociais e profissionais.
Na conclusão do estudo observou-se que o problema não estava no não saber ler e escrever mas no não domínio de competências de uso da leitura e da escrita.
No conceito de alfabetização no que diz respeito a censos demográficos, ao longo do tempo verificasse uma progressiva extensão; Até o censo de 1940 , aquele que declarasse saber ler e escrever era considerado era considerado alfabetizado, e aquele em que fosse capaz de ler e escrever um bilhete simples já exercia a prática de leitura e escrita. No Censo de 1950 até o momento atual , os resultados tem sido frequentemente apresentados, nos casos das Pesquisas Nacionais por Amostragem de Domicílios (PNAD) , por critérios de anos de alfabetização, no que se caracteriza alfabetização funcional da população. Resumindo, após alguns anos de aprendizagem o individuo não apenas aprenderá a ler e a escrever mas também fará uso da leitura e escrita, com isso há uma progressão cautelosa da extensão do conceito de alfabetização em direção ao conceito de letramento, do saber ler e escrever para o ser capaz de fazer uso da leitura e da escrita .
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