Jogos e brincadeiras na infância
Por: caca.csa • 27/5/2015 • Pesquisas Acadêmicas • 1.929 Palavras (8 Páginas) • 591 Visualizações
Universidade Paulista – UNIP
Campus Marquês
“O FAZ-DE-CONTA NA EDUCAÇÃO DA INFÂNCIA E O DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM”
São Paulo
Abril de 2015
Universidade Paulista – UNIP
Campus Marquês
“O FAZ-DE-CONTA NA EDUCAÇÃO DA INFÂNCIA E O DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM”
Atividade Prática Supervisionada apresentada ao curso de PEDAGOGIA da Universidade Paulista, vinculada a disciplina de Jogos e Brinquedos na Infância.
Orientadora: Prof.ª Janaína
São Paulo
Abril de 2015
Sumário
Introdução ________________________________________ 4
Desenvolvimento ___________________________________ 5
Conclusão ________________________________________ 8
Referências bibliográficas ____________________________ 9
Introdução
É pouco discutido o fato de que brincar é coisa de criança. Por meio das brincadeiras, elas podem expressar suas ideias, sentimentos e conflitos. São fontes de estimulo ao desenvolvimento cognitivo, social e afetivo da criança é também uma forma de autoexpessão.
Brincando é possível desenvolver muitas aprendizagens envolvendo diversas áreas do conhecimento.
O educador em sua prática docente exerce grande influência, quando escolhe e oferece os jogos, brinquedos e brincadeiras. É fundamental inserir o brincar em um projeto educativo,
Projeto esse que valorize o faz-de-conta podendo atender a diversidade e característica das crianças.
A brincadeira de faz-de-conta permite a entrada no mundo imaginário e, também a expressão de cada regra dos temas das brincadeiras. É importante lembrar que o conteúdo imaginário provém de experiências adquiridas pelas crianças.
De acordo com Kishimoto (1995), as ideias e as ações expostas pelos pequeninos nas suas brincadeiras provêm do mundo social, como a família e seu círculo de relacionamento, o currículo apresentado pela escola, as ideias discutidas em classe, os materiais e os pares.
O ato de brincar propicia uma série de experiências mentais, emocionais e motoras fundamentais para as crianças.
Vygotsky (2008, p.118) afirma que o aprendizado não é o mesmo que desenvolvimento, mas é indispensável para que aquele ocorra. Vygotsky discutiu o papel do brinquedo para o processo de aprendizagem e desenvolvimento infantil. A brincadeira possibilita que as crianças criem, imaginem e representem sua realidade.
O autor valoriza as brincadeiras de faz-de-conta nesse processo, que as crianças transitam entre o imaginário e o real. O autor aponta que a criança desenvolve-se através do brinquedo.
Segundo Fortuna (2003) a contribuição do faz-de-conta ultrapassa o ensino de conteúdos de forma lúdica, com o estimulo do faz-de-conta os pequenos desenvolvem a imaginação e o raciocínio, propiciando o exercício da função representativa.
Brincar desenvolve a imaginação e a criatividade, beneficiando, por exemplo, a aquisição da leitura e da escrita.
Para tanto, considerando a importância do faz-de-conta, temos por objetivos neste trabalho:
- Refletir sobre os benefícios que o faz-de-conta proporciona à criança e no desenvolvimento da aprendizagem na educação infantil.
- Expor contribuições teóricas sobre o faz-de-conta para o processo educativo, demonstrando a importância do seu papel no desenvolvimento e na aprendizagem das crianças.
Desenvolvimento
De acordo com Wajskop (1999), no início da civilização, a educação era pensada a partir das ideias dos filósofos, como Platão e Aristóteles que registraram a utilização do brinquedo na educação e onde estudar estava associado ao prazer das diversas formas de brincar.
No passado, notamos que o lúdico era importante para a aprendizagem porque na alimentação para as crianças era apresentada como informação através de doces e guloseimas em forma de letras e números, estimulando assim a aprendizagem sensorial.
Kishimoto (1995) complementa esta informação apontando que no período do Renascimento, as atividades lúdicas, como brincar e a brincadeira, era vista com uma conduta livre que ajudava o desenvolvimento da inteligência e na aprendizagem. Desta forma atendia as necessidades infantis, o que tornou adequado para a aprendizagem nos conteúdos escolares.
A referida autora, ainda considera que com a valorização constante da criança no seio familiar, em seu desenvolvimento e como as necessidades educacionais, surgiu a necessidade do vínculo entre brincar e educar. Isso só foi possível após o Século XVII, quando pedagogos humanistas que tinham como preocupação central a moral, saúde e o bem comum, tiveram como principal a infância.
Ainda no século XIX, não era percebido pelo mundo adulto, as experiências da infância.
Portanto, para aprofundarmos especificamente na brincadeira do faz-de-conta é necessária uma investigação na perspectiva histórico cultural do desenvolvimento humano ligado ao pensamento original de Lev Vygotsky (Davidov, 1988). E não podemos esquecer de outras teorias dos autores Sócio interacionistas de Henri Wallon, cognitivista piagetiana, psicanalística freudiana e pós-freudiana.
Iremos focalizar nesta pesquisa a teoria de Lev Vygotsky (1896-1934) e Jean Piaget (1896-1980).
Mas antes, será explanado o significado do termo “faz-de-conta”. O termo “faz-de-conta” é inexistente e consensual visto que para cada historiador se refere a sentidos diferentes.
Basicamente a brincadeira do “faz-de-conta” é uma atividade que não precisa do uso da imaginação, visto que contém já – em si mesmo pelo menos uma regra: a criança deve agir de acordo com os significados culturais dos objetos e relações sociais representados dramaticamente em seu “faz-de-conta” lúdico.
Singer (1973) explica que acontece em pares e em grupos de crianças, utilizando objetos inanimados que não se encontram presentes naquele momento.
Betthleim (1988) diz que o faz-de-conta pode acontecer em situações complexas, experiências de dor, medo, perda, enfrentar o bem e o mal, a vitória do bem sobre o mal com os heróis que protegem as vítimas inocentes.
O que é o faz-de-conta para o autor Lev Vygotsky
A brincadeira do faz-de-conta é destaque em sua discussão sobre o papel do brinquedo no desenvolvimento. O autor focaliza o contexto social em que a criança em que está inserida.
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