LIVRO AQUINO
Por: SILVESTRANA • 14/5/2016 • Trabalho acadêmico • 1.043 Palavras (5 Páginas) • 286 Visualizações
INTRODUÇÃO
Os distúrbios indisciplinares que no passado aconteciam aleatoriamente no cotidiano escolar brasileiro, hoje tem se tornado um grande obstáculo pedagógico nas salas de aula. Causando dúvidas entre os educadores em como trabalhar com este tipo de comportamento, se o melhor caminho seria ignorá-lo, tentar compreende-lo, reprimi-lo, ou até mesmo ser motivo de encaminhamento.
Desta forma a indisciplina escolar acaba fazendo como reféns os próprios alunos, os professores, toda a equipe pedagógica, e também os pais.
Por ser um comportamento que acontece frequentemente no cotidiano escolar, torna-se curioso que o mesmo seja raro na literatura especializada, levando se a pensar que talvez o motivo seja por ser um tema transversal aqueles conhecido pelos estudiosos da área educacional.
É possível perceber que a indisciplina sendo analisada como um problema tanto teórico como prático é tratada como um assunto que está acontecendo apenas naquele exato momento, não se dando a ela a importância necessária. Havendo a necessidade de que seja feito um aprofundamento sobre os conceitos que este tema trás.
Assim sendo a pesquisa busca estudar textos redigidos por docentes e pesquisadores da educação que trazem a realidade brasileira, e oferecem várias abordagens teóricas que vem a propor algumas alternativas para sua compreensão.
Tratando se portando de um trabalho multidisciplinar que tem como objetivo desenvolver um analise sobre o tema que aborda conceitos diferentes sobre o mesmo assunto.
A INDISCIPLINA
Vários autores no começo do século foram em busca da resposta para a pergunta de “por que as crianças obedeciam”. Chegando a varias conclusões, sendo elas superego, sentimento do sagrado, heteronomia, ou até mesmo hábito.
Apesar das respostas terem significados diferentes direcionava ao mesmo fato, de que as crianças obedeciam tanto a seus pais como a seus professores.
Hoje portando a pergunta da qual os educadores procuram a resposta é de “porque as crianças não obedecem”, nem a seus pais, muito menos seus professores. Levando a refletir se este tipo de comportamento vem sendo resultados de exageros e falta de limites. Se que os pais não estariam impondo limite a seus filhos, ou a escola não estaria ensinando a eles, ou até mesmo se a mídia não estaria influenciando em tal comportamento.
O termo indisciplina leva a refletir sobre este tema tão preocupante e tão complexo, pois qual é a definição de disciplina e indisciplina.
Para Aquino (1996, pág 10) “disciplina é o comportamento regidos por um conjunto de normas, já a indisciplina traduz-se de duas formas: 1) a revolta contra essas normas; 2) o desconhecimento delas”
Desta forma podemos dizer que disciplinado é o sujeito que obedece a ordens impostas por outros sem questionar, pois é obediente, e que o sujeito indisciplinado não consegue aceitar regras impostas por outros, sempre se revoltará com uma argumentação contraria. Demonstrando uma desobediência insolente, demonstrando um mau comportamento, desorganizando as relações.
A complexidade do tema nos leva a pensar que a disciplina na sala de aula pode acontecer pela boa educação do aluno permitindo um convívio passivo, que contribui para o bom rendimento do processo ensino aprendizagem, ou por medo de ser castigado ou simplesmente pelo conformismo. Mas cabe ao professor analisar cada sujeito individualmente para que possa conhecer o contexto familiar de cada um. Fazendo se necessário entender se a disciplina é ou não necessária para o desenvolvimento da escola cidadã e do ensino de qualidade.
Para o filosofo Kant, por exemplo, a disciplina é condição necessária para arrancar o homem de sua condição natural selvagem. Não se trata, portanto, apenas de “bons modos”: trata-se de educar o homem para ser homem, redimi-lo da sua condição animal.
Para Kant, é necessário que a criança esteja sentada e quieta em sala de aula, não para contribuir com o bom funcionamento da escola, mas para que aprenda a controlar seus impulsos e afetos. Negando o fato e que andando e falando a criança não pudesse ser alfabetizada, mas de que não conseguiria ser humanizada.
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