MBA EM PSICOPEDAGOGIA CLINICA E INSTITUCIONAL
Por: SergioChaves • 20/8/2019 • Trabalho acadêmico • 900 Palavras (4 Páginas) • 552 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM PSICOPEDAGOGIA CLINICA E INSTITUCIONAL
Resenha Crítica de Caso
CLEIDE DE ALMEIDA SILVA CHAVES
Trabalho da disciplina DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR
Tutor: Prof. DALTA BARRETO MOTTA
RIO DE JANEIRO
2019
Resenha Crítica de Caso de Harvard: EDUCAÇÃO POPULAR E ENSINO SUPERIOR EM PAULO FREIRE
Referência: BEISIEGEL, Celso de Rui
No artigo “Educação popular e ensino superior em Paulo Freire”, por Celso Rui Beisiegel, que foi professor titular e diretor da FEUSP e pró-reitor de Graduação da USP, fica proposto pelo autor uma verificação das possíveis contribuições de Paulo Freire no que diz respeito ao ensino superior e suas concepções sobre o homem, a educação e a sociedade; e dessa forma inserido no contexto das mudanças que aconteceram na educação escolar brasileira desde meados do século XX.
Nesse excerto, trata-se uma reflexão original, até mesmo inesperada, uma vez que Paulo Freire é geralmente associado à educação popular e à alfabetização de adultos. Toda essa proposta, só se faz possível pelo farto e profundo conhecimento de Beisiegel sobre o pensamento freiriano, do qual ele se aproximou ainda nos anos 1960.
A relação de Paulo Freire com a Educação Superior foi tão importante quanto sua relação com a Educação de Adultos (EA), o que fez tornar-se mais conhecido em todo o mundo, e com os demais graus de educação, regular e não regular, porque, quando examinado com mais cuidado e profundidade, o legado do autor de Pedagogia do oprimido, ou seja, os fundamentos, princípios e propostas metodológicas freirianos aplicam-se a qualquer tipo de reflexão ou de intervenção educacionais. Isto é, a partir da elaboração de uma forma de educação interdisciplinar objetivando essa libertação dos oprimidos, e, por conseguinte, a humanização do mundo por meio da ação cultural libertadora, que descarta-se dessa forma, por assim dizer, a lógica mecanicista que propõe a consciência como criadora da realidade, e o mecanismo objetivista, que conceitua a consciência como cópia da realidade.
No entanto, da parte das instituições de Educação Superior (IES), sobretudo, das universidades, esta relação nem sempre se apresentou muito conectiva pelo fato de não ser portador de títulos acadêmicos, como graduação em educação, mestrado e doutorado. Paulo Freire cursou direito, já adulto e, mesmo assim, não se dedicou à profissão, conforme contava sobre sua desistência de advogar na primeira causa.
Porém, com o passar dos anos, as razões percebeu-se que essa conectividade com a educação era certamente outras, uma vez que Paulo Freire foi agraciado com dezenas de títulos de doutor honoris causa por universidades dentre as mais prestigiadas do mundo. Contudo, é maioria entre os intelectuais à concordar que o educador pernambucano foi um intuitivo genial, entretanto, que suas teorias não são muito científicas e que hoje, ele estaria superado sem jamais ter sido devidamente aplicado.
Parece que as verdadeiras razões estão relacionadas com alguns dos princípios desenvolvidos pelo educador pernambucano e que incomodaram intelectuais e acadêmicos em geral. Dentre esses princípios, o que se refere à vantagem epistemológica dos oprimidos.
Na história da educação brasileira, é imprescindível a presença de Paulo Freire, não somente por sua importância enquanto educador, mas, também, como construtor de uma proposta de educação para todos - uma educação popular. E, além de ter extrema relevância em nosso país, também desenvolveu diversas experiências no exterior, principalmente no período do exílio.
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