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O Brincar na educação infantil

Por:   •  16/5/2018  •  Artigo  •  1.213 Palavras (5 Páginas)  •  329 Visualizações

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O brincar na vida da criança

A criança quando brinca esta se desenvolvendo de varias formas, esta desenvolvendo capacidades importantes como a atenção a memória, a imitação, a imaginação e ainda propícia a criança o desenvolvimento de áreas da personalidade como a afetividade, motricidade, inteligência, sociabilidade e criatividade.

Proporciona a capacidade de raciocinar, de julgar, de argumentar.

O brincar é natural na vida das crianças, faz parte da fase da infância, é algo que faz parte do seu dia-a-dia e se define como espontâneo, prazeroso e sem comprometimentos. O ato de brincar faz parte da vida do ser humano, desde o ventre de sua mãe, a criança já começa a brincar com o cordão umbilical, com pequenos puxões e toques ele tem seu primeiro contato com a brincadeira, fazendo do umbigo de sua mãe seu primeiro brinquedo.

De acordo com Machado (2003) a mãe também brinca com seu bebê mesmo antes de ele nascer, pois fica imaginando como será ser mãe, e também associa as lembranças de quando brincava com sua boneca, assim quando o bebê nasce ele já tem uma relação criada da mãe com o bebê e do bebê com a mãe, pois ele já conhece a voz da mãe, e assim quando bebê, a criança já nasce e vai aprendendo a linguagem do brincar e com essa relação vai se apropriando dela.

E assim quando os pais estimulam seus filhos durante a brincadeira, se tornam mediadores do processo de construção do conhecimento, fazendo com que os filhos passem de um estágio de desenvolvimento para outro, assim então a família é a primeira a estimular e a apresentar o brincar para a criança. Sendo importantes os pais estarem sempre por perto e observar a criança nesse momento de descoberta, sendo importante também ele não interferir nesse momento, mas deixar a brincadeira livre, estando sempre atento e disponível para a criança.

Vygotsky (1984, apud WAJSKOP, 2007), afirma que, é na brincadeira que a criança consegue vencer seus limites e passa a vivenciar experiências que vão além de sua idade e realidade, fazendo com que ela desenvolva sua consciência. Dessa forma, é na brincadeira que se pode propor a criança desafios e questões que a façam refletir, propor soluções e resolver problemas. Brincando elas podem desenvolver sua imaginação, alem de criar e respeitar regras de organização e convivência, que serão, no futuro, utilizados para a compreensão da realidade. A brincadeira permite também o desenvolvimento do autoconhecimento, elevando a autoestima, propiciando o desenvolvimento físico-motor, bem comoo do raciocínio e inteligência.

Podemos perceber que mesmo com o passar dos anos a brincadeira permanece e passa de geração para geração na vida das crianças, reforçando sua importância nessa fase da criança, que precisa ser respeitada.

As crianças que brincam de faz de conta podem ser mais cooperativas com as outras crianças e tende a ser mais populares e alegres do que aquelas que não brincam de modo imaginário. Quando elas brincam reinventam cenas do cotidiano delas que marcaram suas vidas, construindo sua própria historia o adulto que brinca com essa criança de faz de conta pode ter uma relação mais próxima, prazerosa e saudável.

De acordo com Vygotsky (1987, p.35):

[pic 1]

 

Vygotsky afirma que a brincadeira proporciona aprendizado fazendo com que a criança se relacione com o outro, entenda as relações humanas, seu papel nela construindo sua identidade.

Ima Marín e Silvia Penón (2003/2004, p.30), especialistas em brinquedo e educação,

[pic 2]

 

O universo infantil difere qualitativamente do mundo do adulto, nele existe o encanto da descoberta de novos ‘’mundos’’. É através da brincadeira que a criança terá a oportunidade de se construir socialmente.

Os jogos que também fazem parte da brincadeira de construção e de conhecimento são de grande importância por enriquecer a experiência sensorial, estimular a criatividade e desenvolver habilidades da criança.

Fröebel, o criador dos jogos de construção, oportunizou a muitos fabricantes a duplicação de seus tijolinhos para a alegria da criançada que constrói cidades e bairros, muito importantes por estimular a imaginação infantil.

Construindo, transformando ou destruindo, a criança expressa seu imaginário, seus problemas e permite aos terapeutas o diagnóstico de dificuldades de adaptação, assim como a pais e educadores o estimulo da imaginação infantil e o desenvolvimento afetivo e intelectual. Sendo assim quando esta construindo, a criança esta expressando suas representações mentais, além de manipular objetos.

De acordo com Machado, brincar é então um grande canal para o aprendizado, senão o único canal para verdadeiros processos cognitivos. Para aprender precisamos adquirir certo distanciamento de nós mesmos, e é isso o que a criança pratica desde as primeiras brincadeiras transicionais, distanciando-se da mãe. Através do filtro do distanciamento podem surgir novas maneiras de penar e de aprender sobre o mundo. Ao brincar, a criança pensa , reflete e organiza-se internamente para aprender aquilo que ela quer, precisa, necessita, está no seu momento de aprender; isso pode não ter a ver com o que o pai, o professor ou o fabricante de brinquedos propõem que ela aprenda. O adulto precisa também estar distanciado, ausente mas presente ao mesmo tempo, apostando na sabedoria daquela criança, respeitando o seu momento, suas ideias, hipóteses, sentimentos e pensamentos, seus sonhos.

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