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O ENSINO DE LEITURA E ESCRITA NO BRASIL

Por:   •  9/7/2018  •  Projeto de pesquisa  •  4.233 Palavras (17 Páginas)  •  291 Visualizações

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RESUMO

Este artigo apresenta uma discussão sobre a construção da leitura e da escrita durante o processo de alfabetização. De forma simples, abordaremos os fundamentos teóricos que auxiliam os profissionais da alfabetização, dentro do processo de ensino- aprendizagem, reforçando a importância da leitura de mundo na construção da escrita. Diante disto, o presente estudo pretende colaborar com as discussões sobre o ato da leitura, bem como, apontar a necessidade de identificar o potencial dos alunos e prepará-los para assumir seu papel na escola e na sociedade.  

Palavras-chave: Linguagem - Escrita - Leitura de mundo - Alfabetização.


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO        4

DESENVOLVIMENTO        5

Fundamentação Teórica        5

Material e Métodos        5

Resultados e Discussão        5

CONSIDERAÇÕES FINAIS        6

REFERÊNCIAS        7



INTRODUÇÃO

Este artigo foi desenvolvido dentro de um tema de suma importância para a sociedade brasileira, “A Construção da Leitura e da Escrita”. O ato de ler e escrever não são habilidades nata do sujeito, ou seja, este processo é cumulativo e perdura por toda a vida.  Aprender a ler e escrever exige um processo de construção conjunta entre o aprendiz e o mediador, e não está limitado somente á escola, também pode ocorrer por meio das relações sociais. A escola é apenas o espaço onde o indivíduo interage com a leitura sistematizada através dos livros e outros recursos. 

Saber ler e escrever de forma mecânica não garante a uma pessoa interação plena com os diferentes tipos de textos que circulam na sociedade. Além de saber decodificar sons e letras é preciso entender os significados e usos das palavras em diferentes contextos. A alfabetização deve ser concebida como um processo de desenvolvimento da habilidade de uso da leitura e da escrita nas práticas sociais, ou seja, alfabetizar é o mesmo que ensinar a ler e escrever o mundo, tendo em vista que a linguagem é um fenômeno social.

Várias pesquisas vêm reafirmando que o sucesso escolar depende de um bom desenvolvimento da habilidade de leitura e escrita adquiridos ao longo dos cinco primeiros anos da educação básica. E apontam para a necessidade de trabalhar estas atividades de forma rica e diversificada estimulando assim o interesse coletivo e individual de cada faixa etária.

Conscientes disto, buscamos fundamentar nossos estudos como base nas contribuições de Soares (2011), Emilia Ferreiro e Ana Teberosky (1999)  sobre a importância da interação entre o sujeito e o objeto na construção do conhecimento. Ao analisar que: antes de entrar na escola, o aluno, já teve contato com a leitura e a escrita, é possível compreender a influência dos fatores internos e externos no processo de alfabetização. Portanto, discutiremos sobre o desafio de estimular o prazer pela leitura e a escrita, levando em consideração que: o desenvolvimento da linguagem escrita é um processo de ligação entre o sujeito e o objeto, pois é extremamente importante que durante a construção das habilidades de leitura e escrita, não seja privilegiado apenas aspectos gramaticais, mas, também trabalhar textos que tenham relações com a realidade dos alunos, E consequentemente reforçaremos a importância de valorizar o conhecimento prévio do aluno dentro do processo de alfabetização.  

 

     


desenvolvimento

O ENSINO DE LEITURA E ESCRITA NO BRASIL

             No Brasil, a prática de ensinar a ler e escrever iniciou com a chegada dos jesuítas, chefiados pelo padre Manoel da Nóbrega, trouxeram a moral, os costumes, a religiosidade européia e também seus métodos pedagógicos. A estrutura e o currículo das instituições escolares baseavam-se no Ratio Studioriorum - publicado em 1599, um código pedagógico composto por um conjunto de regras que envolvia desde a organização escolar até a observância estrita da doutrina católica. Neste método compreendia o trinômio estudar, repetir e disputar. Os exercícios escolares eram preleção, lição de cor, composição e desafio o que tornava a educação como sinônimo de catequese e evangelização. Este modelo de educação, literária e humanista, visava formar um homem perfeito e era transmitido apenas para a elite colonial.

Em 1720, por ordem do secretario do estado, Marquês de Pombal, os jesuítas são expulso de todas as colônias de Portugal, mas em 1814 eles voltam ao Brasil e retomam as práticas educativas, abrindo colégios por todo território.

               Durante 210 anos (1549 a 1759), os jesuítas foram os principais responsáveis pelo processo de ensino pautado em uma ação pedagógica com formas dogmáticas do pensamento contra o pensamento crítico, ou seja, o ensino era totalmente desvinculado da realidade de vida da colônia. E o educador se subordinava as leis e normas estabelecidas, ensinavam com base no exercício da memória e o desenvolvimento do raciocínio, isto é, não valorizavam a capacidade da leitura e da escrita com reflexão critica.  A escrita virou símbolo sagrado, com isto a igreja defendia a ideia de que os indivíduos tinham que respeitar sem reclamar os ensinamentos sagrados, tendo a obrigação de escutar e memorizar, entretanto, a leitura e escrita se restringia a nobreza. Com o aumento das atividades comerciais da zona urbana, a igreja foi perdendo força e pouco a pouco, a educação abriu as portas para o ensino alcançar os desprivilegiados. A leitura e a escrita romperam as barreiras da igreja e alcançou o mundo dos leigos da época.

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