O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Por: kellitaiseinqd • 13/2/2019 • Trabalho acadêmico • 3.557 Palavras (15 Páginas) • 180 Visualizações
LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Acadêmicos¹
Tutor Externo²
RESUMO
O presente artigo constitui-se em uma análise acerca da contribuição das atividades lúdicas no processo ensino aprendizagem, pois os brinquedos, os jogos e as brincadeiras fazem parte da vida de todos. Há pouco tempo a ludicidade era vista como coisa sem muita importância no processo de desenvolvimento humano porém, hoje é estudada como parte fundamental na construção do conhecimento. É no brincar que a criança relaciona seus interesses os seus interesses e necessidades. Assim, essência do lúdico reside nesse sentido de liberdade, que permite a criança viajar do real ao imaginário, e assim recriar a sua forma de ver o mundo. É brincando que a criança compreende sua sociedade e sua cultura, pois eles são portadores de valore que permitem, ao mesmo tempo a construção de significados e interpretações que se adaptam a diversas realidades. Desse modo, a entrada da criança do mundo do faz de conta marca uma nova fase de capacidade de lidar com a realidade, como os simbolismos e com as representações. O pensamento da criança evoluiu a partir de suas ações, razão pela qual as atividades são tão importantes para o desenvolvimento do pensamento infantil. Para tanto, as instituições de ensino devem favorecer um ambiente físico e social onde as crianças se sintam protegidas, acolhidas e ao mesmo tempo seguras para arriscar e vencer desafios, pois quando mais rico e desafiador for este ambiente, mais ele possibilitará a ampliação do conhecimento a acerca de sim mesmo, dos outros e do meio em que vivem.
Palavras-chave: Aprendizagem. Ludicidade. Criatividade.
1. INTRODUÇÃO
Qualquer criança gosta de explorar, pesquisar, descobrir e conhecer o mundo que a cerca. Desse modo, é brincando que ela vai assimilar as bases tradicionais, os conhecimentos e valores de sua cultura.
O lúdico assume, assim, um papel fundamental nesse redimensionamento das relações de ensino-aprendizagem na escola, já que não se deve, de maneira alguma, tirar a alegria do ato educativo, mas cada dia transformá-lo num processo de criatividade humana.
Além do seu valor formativo, de exercitar o corpo, os sentidos e as aptidões, os jogos também preparam para a vida em comum e para relações sociais, pois o lúdico não é o brinquedo usado para criar um clima gostoso ou para variar a estratégia. Pelo contrário, ele visa uma situação de aprendizagem muito clara e especifica, que contribui para o desenvolvimento intelectual do aluno.
Ao analisar o sistema escolar, percebe-se a imobilidade a que são submetidas as crianças quando entram na escola. Essa escola que cumpre o papel de formar indivíduos para exercerem funções numa sociedade que se deseja livre, mas que restringe a liberdade dos seus alunos e não leva em conta o rico e vasto mundo de cultura da infância, repleto de movimento, jogos e fantasias.
Em um contexto significativo para a criança, onde a mesma é considerada como um todo, pergunta-se: como trabalhar e quais os beneficios, destas atividades lúdicas no desenvolvimento da criança?
Assim, o objetivo geral proposto foi compreender a importância das atividades ludicas no desenvolvimento da criança, em toda grade curricular adotando atividades da cultura infantil como conteúdo pedagógico para uma significativa formação do aluno.
Através do movimento e da liberdade corporal a criança demonstra o seu poder criativo, seus sentimentos, sua imaginação e sua autonomia, como um indíviduo diferenciado, dono de si mesmo e de sua vontade.
Sendo assim, é necessário definir as atividades lúdicas propostas, para que a criança possa viver com os diferentes sentimentos que fazem parte da sua realidade. E, é nesse sentido que o professor, na sua prática pedagógica, deve ter certeza de que tipo de ser humano quer ter e formar, porém tão necessário, quanto o conhecimento, é desenvolver habilidades, atitudes e relações sociais.
A fim de concretizar esse objetivo proposto buscou-se analisar o processo educativo através de metodologias e atividades que podem ser desenvolvidas em sala de aula, levando-se em conta a fala das crianças, suas experiências e acontecimentos do seu contidiano, para facilitar o desenvolvimento das mesmas.
Por tanto, pretende-se verificar, os pros e contras da utilização do lúdico como estratégia didática, bem como encontrar subsídios que contribuam para uma firme reflexão dos professores que atuam no Ensino Fundamental, sobre os diversos aspectos que tornam o lúdico importante.
2. A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA APRENDIZAGEM
Há pouco tempo a ludicidade era vista como coisa sem muita importância no processo de desenvolvimento humano, porém, hoje é estudada como parte fundamental na construção do conhecimento. O lúdico é um forte recurso estratégico na aprendizagem e oportuniza as crianças situações que permitem o desenvolvimento de suas potencialidades.
Assim como Freire (1991, p. 39-40), a criança que brinca em liberdade, podendo decidir sobre o uso de seus recursos cognitivos para resolver os problemas que surgem no brinquedo, sem dúvida alguma chegarão ao pensamento lógico de que necessita para aprender a ler, escrever e contar.
As crianças, quando em um espaço livre, vivenciam brincadeiras criadas por elas mesmas, experimentam o mundo e internalizam um modo particular de compreender as pessoas e o ambiente em que vivem. O conhecimento que a criança vai adquirindo e transformando é responsável pela interpretação da realidade. Essa expectativa natural dos alunos para o lúdico é condição favorável para o desenvolvimento de uma proposta flexivel, responsável e comprometida.
Porém, a aprendizagem somente se tornará significativa quando seus objetivos estiverem de acordo com as necessidades e interesses dos alunos, sendo respeitadas e valorizadas as diferenças individuais em um ambiente que oportuniza a experimentação a livre expressão e a criação.
Entender o papel do jogo nessa relação afetivo-emocional e também de aprendizagem requer que perceba-se estudo de caráter psicológico, como mecanismos mais complexos, típicos do ser humano, como a memória, a linguagem, a atenção, a percepção e aprendizagem.
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