O PEDAGOGO E AS PRATICAS INCLUSIVAS
Por: ROSILENECSILVA • 19/7/2016 • Trabalho acadêmico • 1.797 Palavras (8 Páginas) • 1.002 Visualizações
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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
O PEDAGOGO E AS PRÁTICAS INCLUSIVAS
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Viçosa
2015
O PEDAGOGO E AS PRÁTICAS INCLUSIVAS
Trabalho de Pedagogia apresentado à Universidade Norte do Paraná – UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de Educação e Tecnologias; Educação Inclusiva e Libras; Pedagogia em espaços escolares e não escolares; Educação, Cidadania e Diversidade: relações étnico-raciais; Seminário III
Orientadores: Professores: Cyntia Simioni França; Marlizeti B. Steinle; Sandra M. Vedoato; Vilze Vidotte Costa; Fábio Luiz da Silva; Sandra Regina dos Reis; Taíse Nishikawa.
Viçosa
2015
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 04
2 A INCLUSÃO NA ESCOLA E SEUS INÚMEROS DESAFIOS 05
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 08
REFERÊNCIAS 09
1 INTRODUÇÃO
A Inclusão é definida como o ato ou efeito de incluir. Este termo, entretanto ganhou maior notoriedade apenas após a Declaração de Salamanca, a partir de 1994.
Se a educação é para todos, é extremamente necessário o reconhecimento e a valorização da diversidade e das diferenças individuais como elementos intrínsecos e enriquecedores do processo escolar e a garantia do acesso e permanência do aluno na escola. O mais importante é acreditar que todos podem aprender juntos, mesmo que os objetivos e processos sejam distintos. A garantia de uma educação de qualidade deve ser a prioridade.
No que tange a educação, as crianças com necessidades educativas especiais sevem ser incluídas em escolas de ensino regular e para isto, todo o sistema regular de ensino precisa ser revisto, priorizando sempre as necessidades individuais de todos os alunos.
Nenhuma criança deve ser separada das outras por apresentar alguma diferença ou necessidade especial, ela deve possuir as mesmas oportunidades que as demais crianças e ser tratada com respeito, um respeito à diversidade humana e cultural.
O processo de inclusão tem encontrado imensa dificuldade de se concretizar, especialmente devido a resistências por parte das escolas regulares, em se adaptarem para poder integrar as crianças com necessidades especiais. O convívio contínuo com a família e dos alunos considerados “normais”, e principalmente aos altos custos para se criar as condições adequadas, são outros fatores que impedem a inclusão. Além disto, alguns educadores resistem bastante a este novo paradigma, que exige destes uma formação mais ampla e uma atuação profissional diferente da que têm experiência.
2 A INCLUSÃO NA ESCOLA E SEUS INÚMEROS DESAFIOS
O termo inclusão vem do latim includere que significa compreender, envolver. Por isso, ao considerar a inclusão, somos obrigados a pensar numa educação de qualidade para todos, sem exceção ou exclusão.
A ideologia de que os alunos com necessidades especiais necessitam adaptar-se a escola e não a escola a eles é muito antiga e não cabe mais na educação atual. Entretanto esta crença ainda é persistente e precisa ser superada. Apenas assim, a escola servirá como suporte para que esse aluno possa ir além de suas limitações ao demonstrar suas reais capacidades e talentos que na maioria das vezes ficam escondidos.
O caminho para a Educação Inclusiva sugere mudanças no que diz respeito às concepções, bem como no superar o conceito de normalidade estigmatizado pelos educadores e pela sociedade em geral. É preciso eliminar o medo do novo, e estar preparado para enfrentar em sala de aula alunos com deficiência. As concepções de ensinar e aprender devem ser revistas e consequentemente, devem surgir questionamentos sobre o que fazer e como fazer. O professor deve questionar-se sobre os saberes necessários para trabalhar com crianças com necessidades educacionais especiais, considerando que não dispôs de formação para tal.
Aprender a trabalhar com a inclusão é um desafio para os docentes e para a Escola de modo geral, que necessitam criar meios para aprender a trabalhar com perspectiva. Assim, o professor, cuja função é ensinar, tem também a necessidade de aprender.
“Aprender é adquirir conhecimentos, construir saberes que são ferramentas para desenvolver seu trabalho. O professor vai aprendendo a ensinar enfrentando cotidianamente diversas situações que lhe possibilitam construir tais ferramentas” (TARDIF, 2002).
O sucesso do processo de aprendizagem depende do projeto de inclusão, com trabalho cooperativo entre o professor regular e o professor especializado para atuar com crianças com necessidades educacionais especiais, na busca de estratégias de ensino, alternativas metodológicas, modificações, ajustes e adaptações na programação e atividades. A inclusão traz questão de que nós, pedagogos e professores não estamos prontos, formados. Nos faz enxergar que sempre temos algo a aprender e que essa aprendizagem é diária e tem que fazer parte do nosso cotidiano.
A Lei de Diretrizes Educacionais - LDB (Lei 9394/96) estabeleceu, entre outros princípios, o de "igualdade e condições para o acesso e permanência na escola" e adotou nova modalidade de educação para "educando com necessidades especiais." Essa lei de Inclusão vem gerando algumas controvérsias, tanto no meio acadêmico quanto na própria sociedade, acarretando sentidos distorcidos. Porém, é possível perceber que as escolas regulares que seguem orientação inclusiva, constituem os meios capazes para combater as atitudes discriminatórias, criando comunidades abertas e solidárias, construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educação para todos.
“As escolas devem ajustar-se a todas as crianças, independentemente das suas condições físicas, sociais, linguísticas ou outras. Neste conceito devem incluir-se crianças com deficiências ou superdotadas, crianças de rua ou crianças que trabalham, crianças de populações imigradas ou nômades, crianças de minorias linguísticas, étnicas ou culturais e crianças de áreas ou grupos desfavorecidos ou marginais” Declaração de Salamanca, UNESCO, 1994.
Conforme CARVALHO, Especiais devem ser consideradas as alternativas educativas que a escola precisa organizar, para que qualquer aluno tenha sucesso; especiais são os procedimentos de ensino; especiais são as estratégias que a prática pedagógica deve assumir para remover barreiras para a aprendizagem. Como esse enfoque temos procurado pensar no especial da educação, parecendo-nos mais recomendável do que atribuir essa característica ao alunado. (2000, p.17)
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