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O PROJETO INTEGRADOR DE COMPETÊNCIAS EM PEDAGOGIA

Por:   •  17/4/2022  •  Trabalho acadêmico  •  440 Palavras (2 Páginas)  •  1.230 Visualizações

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PROJETO INTEGRADOR DE COMPETÊNCIAS EM PEDAGOGIA I

Aluna: Bianca Adrielli Crepaldi Medina

RGM: 27403696

Polo: Votuporanga

Tutor: Mara Rubia Rodrigues e Leonice Olimpio

O impacto da discriminação e vulnerabilidade na vida de crianças e mulheres/unidade I

Pode se afirmar que, em razão das décadas anteriores a 1950, as crianças em sua maioria moradoras de zonas rurais, abandonavam as escolas por diversos motivos, dentre eles, ajudar com o trabalho na roça e alguns casos por ignorância dos pais com relação a educação. No que se refere à escolaridade de meninas o problema torna-se ainda mais evidente. Em se tratando de meninas negras e pobres a situação se agrava.

Nesse sentido, Cittadin e Badalotti (2015) afirmam que as mulheres historicamente foram marginalizadas na sociedade, onde antigamente eram excluídas da escola devido a dificuldades financeiras, indisponibilidade de vagas, insucesso na escola e necessidade de trabalhar, além da discriminação de gênero evidenciadas em frases como: “mulher não precisa estudar”. Esse preconceito era explicito na época, uma vez que a sociedade impôs que elas deveriam ajudar em tarefas domésticas ao invés de estudar.

Além disso, o grupo de meninas não é homogêneo, ou seja, meninas negras e pobres tinham o acesso ainda mais restrito, uma vez que a ascensão social desse grupo era ainda mais difícil por meio de estudos. Quando trata se de mulheres afrodescendentes pobres essa desigualdade se acumula, o que ocasiona em cidadãos de extrema vulnerabilidade, uma vez que estes têm que combater preconceitos estruturais: o racismo, o machismo e a pobreza.

Em consequência disso, como nas últimas décadas houve a mudança das pessoas do campo para a cidade em busca de melhores condições de vida, isso implicou diretamente na vida de mulheres que deixaram a escola, uma vez que ao chegar na cidade toda a estrutura organizacional exige a alfabetização, tornando-as ainda mais dependentes de outras pessoas. Além disso, com a conquista recente de direitos trabalhistas para as mulheres, esses grupos se depararam com o desafio de entrar para o mercado de trabalho sem escolaridade.

Dado o exposto, a democratização do acesso à escola por meninas negras e pobres é muito recente expressando a vulnerabilidade enfrentada por essas pessoas e deve continuar a ser incentivada para abranger ainda mais crianças. Já as mulheres que foram motivadas a deixar a escola na época hoje podem contar com a Educação de Jovens e Adultos que confere uma oportunidade para a retomada da independência financeira através de melhores empregos, bem como sua autoestima pela emancipação.

Referências

CITTANDIN, Diego; BADALOTTI, Greisse Moser. EJA e mulheres: os motivos e objetivos do retorno das mulheres à escola na EJA unidade de Urussanga- SC. Repositório Instituto Federal de Santa Catarina. Disponível em:<https://repositorio.ifsc.edu.br/handle/123456789/368 >. Acesso em: 06 mar. 2022. (2015).

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