O Piaget e Vygotsky
Por: Ana Cristina Teixeira Pelegrini • 8/5/2021 • Trabalho acadêmico • 1.201 Palavras (5 Páginas) • 123 Visualizações
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ANA CRISTINA TEIXEIRA PELEGRINI
R.A. 8098436
PORTFÓLIO CICLO 2
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POLO SANTO ANDRÉ
2020
ATIVIDADE PORTIFÓLIO
Educação de Crianças, Jovens e Adultos e Psicologia do Desenvolvimento
Considerando o que já foi estudado até aqui, é possível afirmar que tanto Piaget como Vygotsky enxergam a criança como um ser ativo e atento, e que as interações entre o sujeito e o meio contribuem para o desenvolvimento das capacidades de conhecer e de aprender. Porém divergem no que diz respeito ao processo de desenvolvimento.
Para Piaget a aprendizagem se constrói internamente e depende do nível de desenvolvimento do sujeito. Estudando como ocorre o processo de formação de pensamento da criança, ele concluiu que o conhecimento se produz a partir da ação do sujeito sobre o meio em que vive; por isso, sua teoria é chamada de Construtivismo.
Para ele conhecer é organizar, estruturar e explicar a partir das experiências, é a ação de cada um sobre o meio. Assim o processo desenvolvimento cognitivo ocorre por meio dessas trocas, e é estruturado internamente pelo sujeito, através da assimilação e acomodação, e é processado por meio de uma sequência de estágios que são caracterizadas pela forma de agir e pensar. Ele aponta 4 estágios principais: Sensório-motor (0 a 2 anos), Pré-operatório (2 a 7/8 anos), Operatório-concreto (8 a 11 anos), Operatório-formal (12 anos em diante) de complexidade crescente que engloba o gradual amadurecimento do organismo e a evolução da construção de estruturas ou esquemas de ação.
Piaget influenciou a educação de maneira profunda, porém a sua abordagem não é considerada um método, uma vez que o processo de conhecimento é interno. O aluno deve ser ativo, assim a aprendizagem é constituída internamente e depende do nível de desenvolvimento de cada um. Para ele, as crianças só podiam aprender aquilo para qual estavam preparadas a assimilar.
Aos professores, caberia aperfeiçoar o processo de descoberta dos alunos.
Vygotsky trouxe alguns temas fundamentais para a compreensão do processo pedagógico que é a relação do pensamento e linguagem, o papel da instrução e o processo de desenvolvimento da criança. Para ele as funções psicológicas superiores como a linguagem, memória e o pensamento são formas que nos diferenciam de outros animais. E a relação com o mundo, é sempre mediada por produtos culturais.
Visto que a criança é um sujeito sociocultural, de acordo com esse pensador, a aprendizagem ocorre mediante a interação dela com o outro em seu meio sociocultural, enfatiza também que o seu desenvolvimento está relacionado à aprendizagem (condição prévia) pois ela impulsiona o desenvolvimento, e cria assim o conceito de mediação como uma experiência social que requer participação e colaboração, para que a criança avance e desenvolva o seu lado psicológico e as suas funções psicológicas superiores.
A Zona de Desenvolvimento Proximal define a distância entre o Nível de Desenvolvimento real, que é determinado pelo conhecimento atual que torna a criança capaz de executar uma ação com autonomia, e o Nível de desenvolvimento potencial, que é tudo aquilo que ela é capaz de aprender e fazer com a ajuda do outro. A distância entre esses dois níveis seria a Zona de Desenvolvimento Proximal. Para Vygotsky, o ponto inicial é o desenvolvimento atual, onde já existe um conhecimento concreto, seguido pelo desenvolvimento potencial, no qual a criança poderá construir novos conhecimentos e habilidades com auxílio, ampliando o seu universo mental e desenvolvendo suas estruturas cognitivas. Ele acreditava que nessa etapa a presença de um indivíduo mais experiente (pais, irmãos, parentes, educadores, etc) auxiliando a criança, é essencial para uma aprendizagem significativa.
Com ênfase no aprendizado, Lev Vygotsky foi um pensador que ressaltou a importância da instituição escolar e o papel do professor na formação do conhecimento. Para ele, a intervenção pedagógica provoca avanços que não ocorreriam espontaneamente.
Piaget traz uma visão universal do desenvolvimento humano, por meio de estágios onde os fatores internos são preponderantes e assim a aprendizagem depende do desenvolvimento. Por outro lado, Vygotsky traz uma visão mais singular do desenvolvimento, que ocorre a partir das relações sociais e assim a aprendizagem impulsiona o desenvolvimento.
PRIMEIRA INFÂNCIA
A primeira infância é considerada o período na vida humana que o desenvolvimento é mais acentuado, com uma sequência de crescimento físico, linguístico e sócio-emocional, e com forte influência do meio onde se encontra e com a qual ela interage. Para alguns estudiosos é uma fase que o cérebro se desenvolve muito rapidamente com enorme poder de absorção, assim como uma “esponja”. Ela é muito importante pois será a base na qual o conhecimento e as emoções irão se desenvolver futuramente.
De acordo com Palácios et al. (2004), a primeira infância se inicia com a queda do cordão umbilical e termina quando a criança aprende a andar, falar, podendo nutrir-se independentemente do organismo da mãe.
O plano físico da primeira infância consiste no desenvolvimento da criança desde os seus primeiros meses de vida. Nesse período de desenvolvimento, o crescimento é o mais rápido em relação aos outros períodos, e os primeiros marcos motores aparecem com o controle de cabeça, o rolar, o arrastar e mais tarde o sentar, o engatinhar e a marcha no final do primeiro ano. No plano emocional, inicia-se no contato entre mãe e filho e na amamentação. Nesse período, a atividade cerebral é intensa e o desenvolvimento emocional também. Portanto, tudo o que acontece durante essa fase influenciará no futuro e permanecerá ao longo dos anos. É nessa fase da vida que descobrimos e identificamos as primeiras emoções. E no plano cognitivo, segundo Piaget, é um período caracterizado como sensório-motor e pré-operatório, onde as principais caraterísticas é a aquisição da percepção do mundo pelos órgãos sensoriais e o egocentrismo.
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