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O Processo de Integração dos Estudantes Estagiários nas Escolas Secundárias de Montepuez, Caso Escola Secundária de Montepuez (2017-2019)

Por:   •  13/1/2021  •  Monografia  •  4.944 Palavras (20 Páginas)  •  254 Visualizações

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Introdução

O presente trabalho fala da Divisão social do trabalho, diferenciação estrutural e multiplicação dos papéis sociais e mobilidade social, dizer que a divisão social do trabalho tem sido objecto de estudo ao longo da história como o tema de maior reflexão da sociologia, momento a partir do qual o indivíduo enquanto actor social se destaca da análise de grupos indiferentes, passando a ser analisado enquanto pessoa inter-relacional. Émile Durkheim e Karl Marx viam a era moderna em estado de crise e passam a analisá-la sob perspectivas diferentes.

O trabalho ainda trás uma discussão interessante desses dois autores em relação a divisão social do trabalho. E como não bastasse o trabalho fará menção do componente da diferenciação estrutural e multiplicação dos papéis sociais que podemos encontrar numa certa sociedade e por último o grupo ou seja o trabalho trás uma abordagem da mobilidade social que é a movimentação de indivíduos De um lado para outro ou mesmo duma posição social para outra, a transição esse que poderá ser positiva ou negativa (ascendente ou descendente) respectivamente.

O trabalho tem objectivo geral:

  • Analisar a divisão social do trabalho, diferenciação estrutural e mobilidade social.

Objectivos específicos:

  • Caracterizar a divisão social do trabalho, diferenciação estrutural e mobilidade social;
  • Identificar as causas da divisão social do trabalho e mobilidade social;
  • Descrever os principais tipos da mobilidade social.

A metodologia

A metodologia usada para a realização deste trabalho, foi a consulta de obras que consistiu na leitura e, análise das mesmas cujos autores estão devidamente citados ao longo do trabalho e, na bibliografia.

  1. Divisão social do trabalho, diferenciação estrutural e multiplicação dos papéis sociais e mobilidade social
  1. Conceitos básicos 1ª PESSOA BERNARDINO

A divisão social do trabalho é o modo como se distribui o trabalho nas diferentes sociedades ou estruturas sócio-económicas e que surge quando grupos de produtores realizam actividades específicas em consequência do avanço dum certo grau de desenvolvimento das forças produtivas e de organização interna das comunidades. Com a determinação de funções para as formas variadas e múltiplas do trabalho constituem-se grupos sociais que se diferenciam de acordo com a sua implantação no processo de produção.

A Divisão do Trabalho Social, a obra de Émile Durkheim, produzida em 1893, foi o seu primeiro grande livro, cujo tema principal debateu a relação entre os indivíduos e a sociedade. Sua preocupação estava em descobrir como os indivíduos constituem a sociedade e o consenso em seu interior. Esses são pressupostos que permitiram Durkheim elaborar uma teoria norteadora de todas as suas reflexões, ou seja, a teoria da solidariedade.

Segundo ARON, (1995, p. 297) “A solidariedade mecânica é aquela em que os indivíduos não têm consciência da sua individualidade, por isto diferem pouco uns dos outros. “Membros de uma mesma coletividade, eles se assemelham porque tem os mesmos sentimentos, os mesmos valores, reconhecem os mesmos objetos como sagrados”. Como não se diferenciam o senso coletivo manifesta-se mais fortemente. É exemplo a sociedade primitiva em que o individuo, por se assemelharem, não é reconhecido individualmente.

Já a sociedade orgânica, em oposição à mecânica, é aquela em que os indivíduos não se assemelham, são diferentes, e esta diferenciação constitui um todo, uma unidade coerente da coletividade, um consenso.

A sociedade baseada na solidariedade orgânica, segundo DURKHEIM (1893) “o indivíduo se assemelha a um órgão de um ser vivo, cada um exercendo uma função própria, e embora não se pareçam uns com os outros, todos são igualmente indispensáveis à vida. Consequência disso é a conclusão de que o indivíduo não vem antes da sociedade, este decorre do desenvolvimento histórico.” 

Primeiramente surge a sociedade, cada individuo é o que os outros são, os sentimentos são comuns a todos. A desarticulação da sociedade por solidariedade mecânica é que dá origem a sociedade por solidariedade orgânica. Desta sorte, a diferenciação das profissões e a multiplicidade de atividades industriais surgem da desintegração da solidariedade mecânica.

Segundo (ARON, 1995, p.301) “o primado da sociedade sobre o indivíduo tem dois sentidos: a prioridade história e a prioridade lógica. Há uma prioridade histórica das sociedades em que os indivíduos se assemelham uns aos outros, constituindo o todo, sobre a sociedade em que os indivíduos adquirem ao mesmo tempo consciência de responsabilidade e capacidade de exprimir esta responsabilidade. Da prioridade lógica chega-se a conclusão de que se a solidariedade mecânica precedeu à solidariedade orgânica, não é possível explicar os fenômenos da diferenciação social e da solidariedade orgânica a partir dos indivíduos”.

Dizer que os homens dividiram o trabalho e atribuíram uma ocupação específica a cada um para aumentar a eficácia do rendimento coletivo é admitir que os indivíduos são diferentes uns dos outros, e conscientes dessa diferença, antes da diferenciação social. Com efeito, a consciência da individualidade não podia existir antes da solidariedade orgânica e da divisão social do trabalho. (ARON, 1995, p.302).

Durkheim parte do pressuposto que o egoísmo radica a estrutura biológica do organismo individual e que este é também produto da sociedade, o que constitui uma ameaça grave tendo por consequência o estado de anomia (ausência ou desintegração das normas sociais).

Daí a análise do que Durkheim aponta como o principal problema da sociedade moderna: a relação entre o indivíduo e o grupo. Uma vez que o indivíduo se tornou consciente de si mesmo passou a ter dificuldade para aceitar todos os imperativos sociais sem questionamento, e o indivíduo pode exigir mais da sociedade do que esta pode lhe dar. O individualismo desejável pode tornar-se ameaçador, daí a necessidade de um poder disciplinador. A integração dos indivíduos na sociedade seria feita, então, através da organização de grupos profissionais.

A preocupação de Durkheim em relação ao processo da divisão do trabalho está relacionada às consequências da especialização que pode significar um sintoma das deficiências da coordenação moral dos vários grupos profissionais. Reconhece o autor o caráter alienante do processo da divisão do trabalho moderno, que dá de modo repetitivo e de forma monótona sem que o trabalhador se interesse por ele e sem que o compreenda. Para ele, a desumanização do trabalhador não decorre da divisão do trabalho em si, da sua fragmentação, mas sim da posição moral anômica do trabalhador. Significa com isto que a causa dessa posição anômica do trabalhador deriva do fato de este realizar uma tarefa especializada sem a noção clara da unidade de propósitos entre sua atividade e o esforço produtivo coletivo. Tal situação poderá ser remediada ao fazer com que o trabalhador deixe de ser um autômato impensante para se tornar parte útil no todo orgânico através do esclarecimento do individuo de sua importância social no papel que desempenha na divisão do trabalho.

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