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O Protagonismo Infantil

Por:   •  29/8/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.240 Palavras (9 Páginas)  •  528 Visualizações

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

PEDAGOGIA

Wesley Tadeu da Costa Motté

TRABALHO INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL

Cachoeiro de Itapemirim

2015

Wesley Tadeu da Costa Motté

TRABALHO INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL

Protagonismo Infantil

Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas de Organização e Didática na Educação Infantil; Arte Educação e Música; Ludicidade e Educação; Prática Pedagógica Interdisciplinar; Infância e suas Linguagens; Seminário Interdiscilplinar IV.

Profs: Edilaine Vagula, Tatiane Jardim, Marlizete Bonafini Steinle, Rosely Montagnini, Raquel Corrêa Lemos.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 3

DESENVOLVIMENTO 4

CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................................8

REFERÊNCIAS 9

INTRODUÇÃO

O objetivo desse trabalho é destacar como se dá o protagonismo infantil na escola, como esse protagonismo colabora para uma aprendizagem dinâmica e concreta, possibilitando a verdadeira construção do conhecimento infantil.

A pesquisa é baseada nos princípios do educador italiano Loris Malaguzzi, que iniciou um importante trabalho na Escola de Régio Emília na Itália, junto aos professores e pais de alunos que se envolveram com toda dedicação a promover uma educação que reestruturasse o país a começar pelas crianças; que fizesse a diferença naquela comunidade.

O jovem Malaguzzi estava certo de que o processo pedagógico deveria ter como centro o desenvolvimento intelectual, emocional, social e moral das crianças, e viu na arte uma forma de elas se espressarem antes mesmo de serem alfabetizadas.

Outro destaque são os registros na Educação Infantil, que possibilitará ao professor uma análise e reflexão sobre sua prática e o progresso das crianças no processo educativo. Além de proporcionar as crianças, diversas formas de representar a construção de seu conhecimento, tanto de forma particular como coletiva, através dos projetos educacionais desenvolvidos, nos quais buscam a utilização de diversas linguagens.

O projeto foi tão bem sucedido que acabou sendo municipalizado e hoje engloba 40% das escolas da cidade. A rede Régio Children como é conhecida, é composta de 13 creches e 21 pré-escolas. E essas ideias tem sido propagada para muitos países e é referência de qualidade por todo o mundo.

DESENVOLVIMENTO

Com o término da Segunda Guerra Mundial, e a cidade em ruínas, as mulheres de Villa cella, cidade no nordeste da Itália, próximo a Régio Emília, decidiram erguer e administrar uma escola para os filhos, pois todas as regiões haviam sido devasatadas em todas as áreas social, cultural e político. Essa escola para crianças pequenas – a escola 25 Aprille (25 de abril, em português), em Villa Cella ficou universalmente conhecida pela abordagem pedagógica para a educação infantil. Uma cidade educadora de primeira infância que foi construída a partir de um esforço comunitário, contou com verba obtida da venda de um tanque de guerra abandonado, alguns caminhões e cavalos deixados pelos alemães em retirada.

O educador italiano Loris Malaguzzi (1920-1994) fez parte desta reconstrução dando respaldo ao projeto. Ele introduziu na rede pública local a ideia da “Pedagogia da escuta”, em que a criança é protagonista de seu processo de conhecimento. "Essa ideia é ligada à disposição de ouvir os outros e a si próprio. Mesmo os bem pequenos constroem conhecimento que merece ser considerado", diz Bruna Elena Giacopini, educadora de Reggio Emilia. Para Malaguzzi, a criança tem inúmeras formas de pensar, de se exprimir, de entender e de se relacionar. Impulsionado pelas teorias psicopedagógicas inovadoras da Europa nos anos 50 e 60, como Jean Piaget (1896-1980), Lev Vygotsky (1896-1934), e John Dewey (1859-1952); e também de pedagogos italianos, como Maria Montessori, irmãs Agazzi, Bruno Ciari, o jovem Malaguzzi estava certo de que o processo pedagógico deveria ter como centro o desenvolvimento intelectual, emocional, social e moral das crianças. Ele concebeu uma proposta que usa a linguagem gráfica para explorar as formas de aprender das crianças. Desenhando, elas analisam o tema de estudo e comunicam suas ideias, mesmo antes de estarem alfabetizadas.

O pedagogo e educador de Régio-Itália, Loris Malaguzzi, foi o criador da ideia de Reggio Emília, sendo até hoje seu incentivador primordial. Foi este educador quem constituiu um princípio de ensino em que não existem as disciplinas formais e que todas as atividades pedagógicas se desenvolvem por meio de projetos. Estes projetos, no entanto, não são antecipadamente planejados pelos professores, mas, surgem através das ideias dos próprios alunos, e são desenvolvidos por meio de diferentes linguagens. O ensinamento que sustenta todo esse princípio, é a “Pedagogia da Escuta”, que foi sistematizada pelo educador italiano. Esta abordagem de Reggio Emilia se vincula a tudo o que a linguagem visual pode apresentar.

As propostas incluem pesquisa, produções artísticas e de textos, observação, discussão, entrevistas, explorações de números e o que mais for necessário para as crianças experimentarem e, com isso, avançarem. A rotina é semelhante à de nossas escolas, mas alguns pontos chamam atenção, como o fato de os pais entrarem na sala e brincarem com os filhos em vez de deixá-los na porta e a ausência de um tempo predeterminado para o encerramento de um projeto: o importante são as explorações.

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