Protagonismo Infantil
Por: Maiara Faxina • 19/9/2016 • Trabalho acadêmico • 2.111 Palavras (9 Páginas) • 1.308 Visualizações
PROTAGONISMO E PARTICIPAÇÃO INFANTIL:
Prática com crianças de 3 a 5 anos de idade.
1 INTRODUÇÃO
O conteúdo do texto relata sobre o conceito de protagonismo e participação infantil, envolve uma concepção distinta da infância e de sua participação.
Reconhecer as crianças como atores sociais, tanto em suas próprias vidas como a escala social, exige que os reconheçamos como pessoas com direitos, indivíduos com critérios, capacidades e valores próprios, participantes de seu próprio processo de crescimento e desenvolvimento pessoal e social.
Considerar a participação principal de crianças e adolescentes, não só implica em que possam expressar livremente opiniões, pensamentos, sentimentos e necessidades, como também, além disso, estes pontos de vista expressados devem ser levados em conta e influir nas decisões.
A participação é um dos eixos fundamentais para promover o protagonismo da infância. Desde o paradigma do protagonismo infantil, fala-se na participação que reconhece a infância em sua capacidade e possibilidade de perceber, interpretar, analisar, questionar, propor e agir em seu ambiente social, comunitário e familiar.
2 DESENVOLVIMENTO
A infância deve ser considerada uma construção social e as crianças devem ser vistas ativamente, podendo opinar quando desejar, cidadania está ligada com idade adulta, assim, é impossível pensar e falar em cidadania dando espaço para as crianças sem levar em consideração todo o contexto da atualidade, as reflexões e diversidades.
O cidadão era visto como o homem adulto, e ninguém mais o era, nem crianças, nem mulheres, nem escravos, ninguém! A cidadania é vista como conceito comprimido, onde cidadãos são apenas adultos, homens e brancos, e a infância está totalmente excluída desse grupo, principalmente pelo fator da idade.
Os direitos das crianças são direitos sociais, junto da sociedade. A cidadania infantil se insere nas ações que visam englobar vários temas, uma reorganização e estabilidade social.
A cidadania é a transformação das condições sociais e culturais em que se plasma a ideia da infância. A criação de um ambiente especifico para as crianças faz com que elas interajam entre si, criando, assim relações sociais e ao, mesmo tempo sendo estimulada.
De acordo com o RCNEI (Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil) a criança pode e deve agir como ser social apresentando capacidades próprias e ocupando um espaço exercendo diversas linguagens e assim, com o auxilio do professor, construir seus conhecimentos e ampliando seus saberes.
O estabelecimento das relações sociais são muito importantes para as crianças, pois aos poucos vão aprendendo a articular seus interesses e opiniões, respeitando a diversidade e desenvolvendo atitudes de ajuda e colaboração.
No protagonismo infantil, temos como principal a criança, pois ela é fundamental para obter seus próprios conhecimentos, o conhecimento de mundo, de convivência, socialmente e culturalmente.
A interação de crianças de diferentes faixas etárias traz um contato real, e é uma maneira de se relacionar com diversas situações.
Mas, o professor independente da situação deve estar atento ao que as crianças fazem e falam. Para isso é muito importante sempre escutar, assim o professor identifica os caminhos que são formados no decorrer da vida acadêmica dos alunos.
O conceito de protagonismo infantil implica trabalhos realizados em sala de aula, podendo modificar-se no decorrer do processo, podendo ir e voltar, dependendo do modo como os seus protagonistas interajam.
O planejamento ocorre nos processos com as crianças, sendo que é o professor quem conduz, preparando situações que despertem o interesse das crianças às suas próprias concepções pedagógicas e escolhas, originando projetos que produzam aprendizagem não apenas para as crianças, mas também para todos os envolvidos.
O planejamento envolve as crianças nas atividades praticadas na sala de aula, mas para que isto ocorra de forma coerente, o professor precisa estar atento, fazendo intervenções, dialogando e construindo vínculos para que a atividade possa trazer maior significado para as crianças.
Silva (2011) descreve estes dois princípios da seguinte forma:
A criança é protagonista ativa de seu próprio crescimento: é ela dotada de extraordinária capacidade de aprendizagem e de mudança, de múltiplos recursos afetivos, relacionais, sensoriais, intelectuais, que se explicitam numa troca incessante com o contexto cultural e social. (p. 24) A participação: é um valor e uma estratégia que gera e alimenta sentimentos, uma cultura de solidariedade, de responsabilidade e de inclusão; produz trocas e uma nova cultura. (p. 25).
Partindo deste conceito, a criança tem capacidade de aprender e intervir, agregando conhecimentos aos processos de ensino e aprendizagem, não apenas de si, mas do grupo todo. Ela necessita estabelecer relações a seu modo, para que possa favorecer seus conhecimentos e saberes.
O dialogo favorece a aprendizagem, pois seu intuito é aproximar todos para que a dinâmica ocorra.
A criança, em seus primeiros dois anos de vida disponibiliza-se do sensório-motor. Ela começa a conhecer o mundo e as coisas ao seu redor, desenvolvendo-se através de seus movimentos e gestos.
Dos três aos quatro anos de vida, a criança começa a se locomover e agir. Ela começa a entender questões de tempo, espaço, representação. É importante, nesta fase continuar oferecendo à criança estímulos para seu desenvolvimento.
Aos cinco anos de idade começa a interagir em novos ambientes, começa a responder à estímulos, criar interesse e demonstra curiosidade em várias coisas. É importante sempre incentiva-las para sucesso de seu desenvolvimento.
É importante que o professor crie um vínculo de afeto com a criança, aproximando-se dela e tranquilizá-las nos momentos que necessitar. As crianças nessa idade de três a cinco anos de idade gostam de brincar de equilibrar, bolhas de sabão, massa de modelar, fantasias, fantoches, blocos de montar, livros com ilustrações, brinquedos que fazem barulho (como pianinho, violão). A criança gosta de apreciar imagens, desenhar, conhecer, misturar cores, fazer colagens. E o professor, aproveitando-se dessas situações de prazer para com a criança, pode estimulá-la para diversas situações e com isso trazer conhecimentos ao aluno.
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