Protagonismo Infantil
Por: EGNES • 15/4/2016 • Relatório de pesquisa • 797 Palavras (4 Páginas) • 868 Visualizações
Gabriel Junqueira Filho (1996) fala sobre o protagonismo infantil, nas relações que acontecem dentro da escola como uma alternativa para a prática pedagógica que promove também a autonomia e iniciativa das crianças nesse espaço em convivência. Uma “postura” que pode ser assumida pelos educadores que conseguem perceber uma potência “no jeito das crianças serem” e assim na ação, na iniciativa e nas atitudes permitidas como fonte para poderem desenvolver cada vez mais a autonomia, através do exercício de um Protagonismo Compartilhado durante todo o tempo dentro dos espaços da escola em todas as atividades. Para Junqueira Filho (1996), o Protagonismo Compartilhado envolve uma questão de “poder compartilhado” vivenciado nos tempos e espaços escolares, em que, o educador e criança podem exercer seus protagonismos de forma simultânea. Uma postura assumida pelo educador que deseja facilitar as ações dentro da escola na perspectiva do desenvolvimento da autonomia das crianças assim como também no fortalecimento da autoestima pela confiança depositada. Mas para que a dinâmica do dia a dia “dê certo” e o Protagonismo Compartilhado possa acontecer de maneira satisfatória, segundo Junqueira Filho (1996, p.11-12), há a necessidade de uma escuta apurada da expressão das crianças. Por parte dos educadores, há a necessidade da elucidação das ideias que as crianças possam vir a ter e a necessidade também de que estes educadores teçam comentários a partir das hipóteses das crianças em um grande movimento coletivo a fim de que ponderamentos seja considerados e seja possível a elaboração de um fechamento inicial das situações organizadas em “Combinados.”
“Combinados” são os procedimentos assumidos em função do desejo do grupo, das crianças em negociação com seus educadores. É necessária a ação dos educadores deixando claro e apontando o que fica combinado, o que vai ser vivenciado e como vai ser conduzido por todos. Há a necessidade de se deixar claro o que pode e o que não pode, quais ações são válidas, quais as regras pertinentes à situação. E onde é imprescindível, também, a ação imediata de “retomada” caso o que ficou combinado não seja cumprido. Sendo possível inclusive retroceder e retornar aos procedimentos anteriores caso os combinados não sejam respeitados. (JUNQUEIRA FILHO, 1996, p. 12) Junqueira Filho (1996, p.12) acredita que a sala de aula da E.I. possa estar organizada em “cantinhos” específicos para cada atividade. E que estes “cantinhos” bem definidos facilitam a iniciativa das crianças na realização das atividades pelo domínio que a característica do cantinho preserva e as possibilidades de trabalho a que se propõem.
As crianças precisam estar seguras que terão oportunidades posteriores. Que podem experimentar e ficar tranqüilas, pois terão uma próxima vez. Para poderem experimentar mais autonomamente, criando hipóteses, testando suas hipóteses e tendo a confiança no educador que passará a ser visto como um parceiro que corresponde aos questionamentos e apoia as suas investidas. Assim, a partir dos interesses das crianças, das suas manifestações, gestos, palavras, o professor vai construindo, com elas e com suas famílias, um planejamento dinâmico e enriquecido no decorrer do ano letivo. Desta maneira, as ações do professor, ao mesmo tempo em que orientam, vão sendo orientadas pelas atitudes
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