Os Jogos e Brincadeiras
Por: Viviane Almeida • 26/2/2018 • Trabalho acadêmico • 979 Palavras (4 Páginas) • 214 Visualizações
INTRODUÇÃO
A brincadeira do faz de conta promove para a criança um momento único de desenvolvimento e aprendizagem de si própria na qual irá aprimorar sua imaginação, criação e ter o seu próprio mundo, onde ela dita as regras podendo imitar os adultos que estão ao seu redor como também pode não imitá-los, porém apesar de tudo, sempre irá ter um significado para ela.
Essa atividade terá como principio uma observação de crianças com 3 anos de idade em um momento onde elas estarão brincando do faz de conta. Tem como propósito apresentar um relatório das brincadeiras que essas crianças desenvolveram e um roteiro de observação.
É importante ressaltarmos que é ao brincar do faz de conta que as crianças começam a interagir com seus colegas, permitindo assim a abertura de portas para o mundo real, pois brincando ela irá se desenvolver situações que vivenciará no social.
O FAZ DE CONTA
A brincadeira do faz de conta desenvolve na criança com sua percepção de mundo de sentimento, ela exercita a imaginação, a criatividade, a capacidade de planejar.
É nesse momento que a criança passa por uma fase egocêntrica, em que ela quer tudo para ela e não admite ter que dividir nada com seus amigos, por isso o faz de conta nesse período é muito utilizado e muito precioso para que haja o devido desenvolvimento infantil.
Cada criança em suas brincadeiras comporta-se como um poeta, enquanto cria seu mundo próprio ou, dizendo melhor, enquanto transpõe os elementos formadores de seu mundo para uma nova ordem, mais agradável e conveniente para ela.
Freud, O poeta e a fantasia
A IMPORTÂNCIA DO FAZ DE CONTA PARA O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA
Para Piaget (1971), quando a criança brinca, ela assimila o mundo à maneira desejada, não necessariamente sendo o real, pois o objeto usado naquele momento possuí a função que a criança desejar.
Isso é chamado de jogo simbólico por Piaget, o qual inicialmente é solitário evoluindo para a representação de papéis, permitindo que a criança expresse seu mundo no mundo externo através do faz de conta, onde um simples objeto se torna grandioso na imaginação da mesma.
As crianças têm pouco poder num mundo dominado pelos adultos, e elas têm consciência disso.
Brincando, portanto, a criança coloca-se num papel de poder, em que ela pode dominar os vilões ou as situações que provocariam medo ou que a fariam sentir-se vulnerável e insegura. (BOMTEMPO, 2011, p.73).
ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO
Tivemos a oportunidade de presenciarmos um grupo de crianças brincando do “Faz de Conta”. Nesse momento, elas deixaram os brinquedos de lado e iniciaram sua própria brincadeira.
As crianças deitaram as gangorras cavalinho, e puseram-se a brincar. As cinco crianças estavam bem animadas sentadas no centro do circulo.
Ao observá-las mais de perto, notamos que elas eram astronautas naquele momento e naquela brincadeira, e aquela formação com as gangorras, era o grande foguete delas. O local ao redor, por sua vez, era o “espaço e o infinito”. Dois deles pilotavam a nave enquanto os tripulantes observavam o espaço e o que possuía nele. Diversas vezes, as crianças saíam da nave para coletar informações daquele certo planeta que elas estavam, encontrando monstros espaciais e voltando imediatamente para a nave.
De um modo geral, quando as crianças brincam, elas interagem o tempo todo, influenciando e sendo influenciadas pelos outros membros do grupo. Nesta interação, experimentam papéis diferentes e têm suas ações delimitadas pelas ações do grupo como um todo. Nesta troca experimentam uma variedade de atitudes sociais, reproduzem práticas que observam entre os adultos e podem, assim, aprender a importância das relações entre os humanos e, sobretudo, o mundo de coisas que envolvem o viver em sociedade. Uma criança, quando envolvida numa brincadeira de faz de conta, como, por exemplo, quando usa sua imaginação para brincar com outras crianças, distribuindo papéis e incorporando outros, pode experimentar significados que já ocorreram de alguma forma no seu cotidiano, como também construir algum significado que para ela é importante naquele momento de interação social. (MARTINS & SZYMANSKI, 2004, p. 179)
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