Pcc Educação Especial
Por: Carolinarx • 18/11/2019 • Relatório de pesquisa • 2.566 Palavras (11 Páginas) • 1.781 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
PEDAGOGIA
EDUCAÇÃO ESPECIAL
ATIVIDADE ESTRUTURADA
PROFESSOR
ANTONIO BONANOMI NETO
PESQUISA E ANÁLISE DE PRÁTICAS
PEDAGÓGICAS EM ESCOLAS INCLUSIVAS
ANA CAROLINA DA SILVA ROCHA DOS SANTOS
2019
PESQUISA E ANÁLISE DE
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM ESCOLAS INCLUSIVAS
QUESTIONÁRIO RESPONDIDO POR MEGG PÊSSOA
Professora da turma de 2º ano fundamental mora em São Gonçalo, RJ
O questionário foi respondido pelo Whatsapp, à Ana Carolina da Silva Rocha dos Santos
- Qual a formação do professor? –
Resposta: Professora Cursando Pedagogia 4° Semestre
- Quais as características e necessidades específicas que o aluno incluído na turma apresenta? –
Resposta: Aluno com TEA que necessita de mediação direta nas atividades
- Como realiza as adaptações necessárias no planejamento da aula?
Resposta: O currículo do aluno com TEA é diferenciado. Usamos o PEI
- Quais recursos adaptados estão disponíveis e quais adaptações no currículo são realizadas para adequar sua prática pedagógica às necessidades específicas do aluno incluído?
Resposta: Usamos materiais concretos, palpáveis e adaptamos atividades tendo por base o conteúdo aplicado na turma.
- As atividades desenvolvidas mobilizam os saberes, as habilidades e as interações entre os diferentes alunos da turma?
Resposta: Sim. O aluno com TEA realiza atividades em grupo para melhorar a socialização não só com os alunos, mas também com a professora e outros profissionais da escola.
- Ocorrem parcerias entre professor, aluno, a equipe pedagógica, gestor da escola e a família do aluno incluído?
Resposta: Sim. Temos apoio da Orientadora Educacional que dialoga com a professora e mediadora do aluno com TEA.
- Como a avaliação da aprendizagem do aluno com necessidades específicas é realizada?
Resposta: Durante todo o processo de aprendizagem. Não avaliamos apenas a apreensão de conteúdos, mas também é avaliado o desenvolvimento motor, cognitivo e social do aluno.
- Quais os maiores desafios enfrentados pelo professor na construção de uma proposta inclusiva de educação?
Resposta: Adaptar todo um currículo programado para um ano letivo e reduzir as necessidades do aluno incluído de forma eficaz e que atenda a todas as necessidades da criança.
PRODUTO/RESULTADO
A Declaração Mundial sobre Educação para Todos (UNESCO, 1990), consagrada pela Conferência Mundial sobre Educação para Todos, efetivada em Jomtiem – Tailândia, em 1990, e a Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994), consolidada na Espanha em 1994, distinguem, em nível internacional, tempos histórico em prol da Educação Inclusiva. No Brasil, a Constituição Federal de 1988, art. 208, inciso III (Brasil, 1988), o Plano Decenal de Educação para todos, 1993–2003 (MEC, 1993) e os Parâmetros Curriculares Nacionais (MEC, 1999) são exemplos de documentos que defendem e asseguram o direito de todos à educação, independentemente das suas condições físicas, intelectuais, sociais e emocionais. No entanto, a tarefa não é fácil. O panorama nacional da práxis educativa exibe ações atitudinais que não correspondem às pautas das legislações e das declarações universais. Por tais motivos, a inclusão escolar da pessoa com necessidades educacionais especiais é tema de relevante status, que ganha lugar cada vez maior, através de debates que explicitam a necessidade da escola acolher as diferenças essenciais à condição humana.
Vygotsky (1987) afirma, a respeito:
É consenso que a pessoa com necessidades educacionais especiais se beneficia das interações sociais e da cultura na qual está inserida, sendo que essas interações, se desenvolvidas de maneira adequada, serão propulsoras de mediações e conflitos necessários ao desenvolvimento pleno do indivíduo e à construção dos processos mentais superiores.
Lê-se no discurso de Vygotsky, que a transformação dos processos mentais decorre do relacionamento com os outros. Além disso, tratar a todos de forma igualitária é um Princípio de Justiça, que, na Educação, denota o cuidado que se deve ter com a vida e o progresso humanos.
Justiça na Educação, significa para Konzen et al (2000, p. 7) alunos matriculados em escolas equipadas com professores qualificados, materiais didático-pedagógicos satisfatórios, currículo escolar adequado à realidade do aluno, recursos disponíveis e maquinismos de controle social instituídos, participação dos pais e da comunidade na gestão escolar, em ambiente construído para o sucesso do aluno. Em outras palavras, prossegue o autor:
Justiça na Educação significa igualdade de oportunidades, que possibilitam transformações sociais, concretizadas na adoção de novos comportamentos e valores, na reorganização da sociedade, no pleno desenvolvimento humano e na perspectiva de mudança do presente e do futuro.
A exclusão e, consequentemente, a injustiça contra as pessoas com necessidades especiais vem de prístinas eras, como se verá a seguir.
Na Grécia Antiga, particularmente em Esparta, cidade-estado cuja marca principal era o militarismo, as amputações traumáticas das mãos, braços e pernas ocorriam com frequência no campo de batalha. Dessa forma, identificava-se com facilidade um grupo de pessoas que adquirisse uma deficiência e permanecesse vivo. Por outro lado, o costume espartano de lançar crianças com deficiência em um precipício tornou-se amplamente conhecido por aqueles que estudaram este tema numa perspectiva histórica. De acordo com registros de época, o pai de qualquer recém-nascido das famílias conhecidas como homoio (ou seja, “os iguais”) deveria apresentar seu filho a um Conselho de Espartanos, independentemente da deficiência ou não. Se essa comissão de sábios avaliasse o bebê, como normal e forte, o mesmo seria devolvido ao pai, que teria a obrigação de cuidá-lo até os sete anos. Depois, o Estado tomaria para si essa responsabilidade e dirigiria a educação da criança para a arte de guerrear.
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