Questões de gênero na educação infantil
Por: Julia Faria • 29/3/2017 • Monografia • 22.157 Palavras (89 Páginas) • 307 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS – CAMPUS SOROCABA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E EDUCAÇÃO
JULIA SANTOS DE FARIA
QUESTÕES DE GÊNERO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: MASCULINIDADES E FEMINILIDADES A PARTIR DAS VOZES DAS CRIANÇAS
Sorocaba
2016
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS – CAMPUS SOROCABA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E EDUCAÇÃO
JULIA SANTOS DE FARIA
QUESTÕES DE GÊNERO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: MASCULINIDADES E FEMINILIDADES A PARTIR DAS VOZES DAS CRIANÇAS
Monografia apresentada ao Curso de Graduação em pedagogia da Universidade Federal de São Carlos – Campus Sorocaba.
Orientação: Profª. Drª. Maria Walburga dos Santos
Sorocaba
2016
JULIA SANTOS DE FARIA
QUESTÕES DE GÊNERO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: MASCULINIDADES E FEMINILIDADES A PARTIR DAS VOZES DAS CRIANÇAS
Monografia apresentada ao Curso de Graduação em pedagogia. Universidade Federal de São Carlos – Campus Sorocaba.
Orientador(a)
______________________________________
Profª. Drª. Maria Walburga dos Santos
Universidade Federal de São Carlos – Campus Sorocaba
Examinador(a)
______________________________________
Profª. Drª. Luciane Muniz Ribeiro Barbosa
Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP
Examinador(a)
________________________________________
Profª. Drª. Dulcinéia de Fátima Ferreira
Universidade Federal de São Carlos – Campus Sorocaba
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho para todas as crianças que passaram pela minha vida e para as que ainda irão passar, me proporcionando momentos de pureza e encantamento.
AGRADECIMENTOS
À Profª. Drª. Maria Walburga dos Santos, pela orientação, pela força e pela confiança.
A todos os docentes que fizeram parte da minha vida, contribuindo com a constituição do que sou hoje.
Aos meus pais, Jaira e Alexandre, por tornarem meu sonho da graduação possível e por todo o amor e dedicação destinados a mim.
Agradeço meus irmãos Vitor, Bruna e Gabriel e a minha cunhada Gabrielle, por tornarem meus dias mais felizes e por sempre apostarem em mim, às vezes mais do que eu mesma.
À minha vó Angélica, por todo carinho e incentivo.
Aos meus tios Gláucia e Ademir e aos meus primos, pelo suporte dado durante todo o processo.
Meus agradecimentos à Andressa, Natália, Camila, Laércio, Karla, Letícia, Jardel, Giovanna e a todos os outros amigos, quase irmãos, que a UFSCar me trouxe. Que me mostraram que uma universidade vai muito além da sala de aula e que com certeza irão continuar presentes em minha vida.
Um agradecimento especial a todas as crianças que fizeram parte dessa jornada. Que me ensinaram coisas lindas todos os dias e que deixaram vários pedacinhos dentro de mim.
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo analisar o que crianças da educação infantil pensam sobre questões de gênero, abordando as masculinidades e feminilidades e fazendo um mapeamento da maneira como os adultos trabalham essas questões. O foco do trabalho está nas falas das crianças e em suas ações, criando reflexões a partir dessas conversas e observações. Para realização do trabalho foram utilizados os conceitos de gênero e identidade, a partir de referenciais teóricos advindos dos estudos feministas e culturais. A pesquisa realizada permite mostrar a maneira diferente com que crianças são constituídas, a partir de modelos criados pela sociedade em que meninos e meninas devem seguir determinados padrões, de acordo com o sexo biológico, sem o entendimento de que o gênero é uma construção social.
Palavras-chave: Gênero. Masculinidades. Feminilidades. Educação Infantil.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 7
1. EDUCAÇÃO INFANTIL: HISTÓRIA E FUNCIONAMENTO 13
2. RELAÇÕES DE PODER NA ESCOLA 17
3. O FEMINISMO E O CONCEITO DE GÊNERO 19
4. OUVINDO AS VOZES DAS CRIANÇAS 24
4.1 – ALGUMAS CONCEPÇÕES...........................................................................................27
4.2 – UMA INSTITUIÇÃO DE EDUCAÇÃO INFANTIL.....................................................27
4.3 – AS CRIANÇAS, A TURMA...........................................................................................27
4.4 – DIALOGANDO COM AS CRIANÇAS: NOSSAS VOZES..........................................28
CONSIDERAÇÕES FINAIS 59
REFERÊNCIAS 62
APÊNDICE I – TERMOS DE CONSENTIMENTO 67
INTRODUÇÃO
Um exame de ultrassom permitiu que a primeira leitura sobre o meu corpo fosse realizada. Um médico disse: é menina, e, a partir disso, minha vida foi marcada de forma permanente. De maneira clara ou subentendida, me diziam o que fazer, como me vestir, como me portar, do que brincar e como brincar. Eu nasci menina e deveria me comportar como tal. Deveria viver em um mundo cor de rosa, rodeada de bonecas, maquiagens e princesas. Deveria aprender a ser mulher: ser gentil, educada, meiga, ajudar a cuidar dos meus irmãos e ajudar minha mãe nos afazeres domésticos.
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