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Resenha "Uma visão panorâmica da educação do campo no Brasil"

Por:   •  27/4/2015  •  Resenha  •  564 Palavras (3 Páginas)  •  3.554 Visualizações

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A educação do campo deve ser respeitada por igual a educação urbana

O capítulo “Uma visão panorâmica da educação do campo no Brasil” do “Programa Nacional de Educação na reforma agrária em perspectiva: dados básicos para uma avaliação” retrata sobre a educação do campo e as suas carências. As autoras Márcia Regina Andrade e Maria Clara Di Pierro expõe a questão de como em pleno século XXI a massa da zona rural ainda é mantida isolada do processo educacional.

As escolas do campo são localizadas em áreas isoladas e em condições precárias, algumas instituições se instalam em espaços agrícolas desativados, como fazendas, barracões etc. Além disso, pedagogicamente não possui um currículo que englobe a realidade da população e há apenas uma professora para ministrar as turmas simultaneamente.

A baixa qualidade da educação do campo pode ser explicada através da ideia de que a população rural não precisa adquirir uma formação básica, pois o trabalho rural é somente necessário mão de obra “braçal”.  Desde o período republicano essa concepção é imposta, pois a época não exigia da camada rural qualificação profissional, devido que o desenvolvimento agrícola que apenas reivindicava mão de obra bruta.

                Apesar da Constituição de 1988 assegurar o direito de qualquer cidadão a educação básica e de qualidade, sendo obrigatório o ensino fundamental, isso não ocorre na educação rural, em que é carente de estrutura e de profissionais. Em 1997, o Ministério da Educação formulou Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), que identificou 280 mil docentes atuando na zona rural, na qual boa parte não possuía habilitação específica e sequer formação escolar básica.

O Plano Nacional de Educação (PNE) propõe objetivo e metas ao ensino rural para que se tenha acesso e educação de qualidade, são as medidas: ampliação de professores qualificados nas escolas garantia de transporte escolar para que os alunos e professores tenham acesso à escola, calendário escolar flexível devido que muitos adolescentes começam a trabalhar cedo para complementar à renda familiar, ou seja, é necessária uma organização ajustável para que possam conciliar trabalho e estudos, além disso, oferecimento de escolas profissionais e cursos básicos para aprimoramento de agricultores.

Os conteúdos curriculares e as metodologias utilizadas precisão se adaptar as necessidades e interesses de cada região rural, ou seja, respeitar a diversidade do campo em seus aspectos sociais, culturais, políticos, econômicos, de gênero, geração e etnia, sendo garantidos através da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e pelas Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo.

Portanto, é fundamental o respeito à cultura rural incorporando na educação a sua realidade, logo, observar o espaço como desenvolvimento da identidade e formação cultural, na qual deve ser valorizada, ou seja, não acreditar que o campo é um ambiente carente de urbanização e um lugar sem futuro, essa visão condena e estigmatiza a população rural. Assim, o investimento da educação rural deve se proveniente da união dos Estados e Municípios que devem recrutar profissionais qualificados e melhor a infraestrutura escolar da região, pois a educação de acordo com a Constituição de 1988 deve chegar a qualquer instância e contemplar todas as modalidades educacionais.

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