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Resenha crítica de Pedagogia

Por:   •  3/12/2016  •  Resenha  •  1.289 Palavras (6 Páginas)  •  737 Visualizações

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE RORAIMA

CURSO DE PEDAGOGIA

SOLANGE CRISTINA DE ASSIS ALVES

RESENHA CRÍTICA: ESTÁGIO E DOCÊNCIA

Boa Vista, RR

2016

RESENHA CRÍTICA

 Resenhista: Solange Cristina de Assis - 13 de Novembro de 2016

Livro resenhado: Estágio e Docência- Autoras: PIMENTA, Selma Garrido,  LIMA, Socorro Lucena- 7. ed- São Paulo: Cortez, 2012. - (Coleção docência em formação.- Série saberes pedagógicos)

A obra divide-se em três partes: a primeira, "O estágio como campo de conhecimento"; a segunda, "O estágio e a formação inicial e contínua de professores"; e a terceira parte "planos e projetos de estágio".

Na primeira parte, apresenta-se o estágio como componente curricular obrigatório que visa melhorar a formação de professores e pedagogos. Sendo que, no primeiro capítulo, Pimenta e Lima (2012) colocam em discussão, e apontam alternativas que buscam solucionar questões relacionadas a esse período. Pois, na concepção das autoras, no que concerne a teoria e prática, o período de estágio é sempre um momento conturbado.

Para as citadas autoras o estágio é de suma importância na esfera educacional, pois, como já dito, contribui para uma formação de qualidade para professores e pedagogos. Para tanto, visa não apenas uma mera qualificação técnica, mas, sobretudo, a conscientização de seu papel e de suas potencialidades dentro do contexto educacional, em que opera como agente essencial no processo de mundança na sociedade.

Pimenta e Lima (2012) defendem ainda uma nova postura redefinida do estágio, no intuito de se promover meios que possibilitem a reflexão a partir da realidade. Também acreditam que seja necessário, que os profissionais orientadores do estágio atuem conjuntamente com a equipe pedagógica do local.

Diante disso, as autoras lançam os seguintes questionamentos acerca do estágio: Qual a diferença entre estágio curricular e estágio profissional? Quais os fundamentos que o embasam? Como os professores estão vivenciando o desafio do grande aumento de horas do estágio? É possível realizar estágio com pesquisa? E pesquisa no estágio?.

Sobre esses dois últimos questionamento, as autoras apontam que o estágio se insere na proposta de um processo que realiza-se com pesquisa, pois é componente curricular obrigatório de qualquer curso superior, assim sendo, ao estagiar o acadêmico pode aproveitar esse momento para desenvolver uma pesquisa sobre determinado fenômeno, ou seja, elaborar projetos que coloquem-o  frente à novas realidades, que demandam um olhar mais investigativo, convertendo assim o acadêmico também em pesquisador. Realiza-se como pesquisa, quando há a elaboração do próprio projeto de estágio que será desenvolvido ao longo do semestre.

Na  segunda parte do livro, no primeiro tópico as autoras discorrem sobre a temática do estágio e da formação inicial e contínua de professores, e tratam das questões relacionadas as dificuldades que os estagiários enfrentam no decorrer do estágio. Essas problemáticas decorrem do fato de que, mesmo que o estágio seja a primeira experência prática e, portanto, indispensável ao aluno que futuramente será docente/educador, o qual permite entrar em contato com o fazer docente e  conhecer a dinâmica de sala de aula, ainda assim é insuficiente.  Visto que, há uma dissociação entre teoria e prática, pois há inúmeras contradições entre aquilo que é ensinado e aprendido na Universidade e a realidade sócio-histórica cultural que se apresenta.

Dando continuidade, nas páginas 102 a 105, há trechos de depoimentos de alunos e um professor acerca de suas experiências em sala de aula e em supervisão de estágio. Esses relatos fazem parte de uma pesquisa realizada em conjunto com professoras do Centro de Educação da Universidade Estadual do Ceará, no qual é descrito o pânico vivenciado pelos estagiários no decorrer do estágio. Sendo que, frequentemente, dentre as problemáticas que mais se observam, essas estão relacionadas com a falta de organização de recursos, materiais de integração entre escola e estagiários, além de indisciplina, violência e entre outros.

Outra problemática apresentada pelas autoras é o posicionamento adotado pelo estagiário quando se vê dentro do  espaço escolar, já que na maioria da vezes entende que sua atuação dentro desse cenário deve estar em conformidade com as ações de coletar e denunciar aquilo em que a escola está sendo falha e insuficiente. Para contrapor isso, Fontana e Pinto (2002) esclarecem que tem que haver uma mudança nessa perpectiva, no sentido de que os estagiários reconheçam a sua importância, seu papel e seu lugar dentro desse processo de estágio.

Além disso, as autoras propõe uma mudança em relação ao periodo do estágio, sugerindo que o mesmo  seja um momento em que o estagiário atue participativamente na escola e mais do que isso negocie seu lugar dentro dela.

Na terceira parte do livro no primeiro tópico,  Pimenta e Lima (2012) discorrem sobre o planejamento e avaliação das atividades realizadas no estágio nos cursos  de formacao de professores., no intuito de promover reflexões aos estagiários do curso de Pedagogia  e, além disso, que em sala de aula os alunos percebem quando um professor/estagiário planeja suas aulas, pois isso se evidencia através de uma lista de percepções que incluem: apresentar e seguir um plano, roteiro ou conteúdo explícito da aula; apresentar uma sequência lógica; fazer comentários  bibibliográficos, indicando livros, revistas, autores que falem sobre determinado tema, etc.; realizar atividades programadas, entre outros.

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