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Resumo Pedagogia da Autonomia

Por:   •  6/6/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.074 Palavras (5 Páginas)  •  269 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E EDUCAÇÃO

LICENCIATURA PLENA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

RECURSOS TECNOLÓGICOS PARA O ENSINO DE BIOLOGIA

RESUMO - PEDAGOGIA DA AUTONOMIA

Lianderson Farias Franco

           

 

                                                             2020

                                                       Belém – Pará

                                      Pedagogia da autonomia

Neste livro, Paulo Freire propõe uma reafirmação da teoria – ética na vida profissional do professor, no qual a liberdade, a verdade e a autenticidade dos sujeitos que compõe o verdadeiro educador vão contra a lógica capital em ascensão nas escolas brasileiras. Nesta pedagogia, o educador, através do amor revolucionário e do rigor crítico percebe que o ato de ensinar exige tanto dos educadores quanto dos educandos. Assim, caracteriza-se o texto por uma prática educativo-progressista que visa fomentar a autonomia dos educandos em sala de aula.

A obra estrutura-se em três partes que são precedidas de uma breve introdução, na qual Paulo Freire chamou de “Primeiras palavras”, nesta ele chama atenção para que o professor não assuma um papel imparcial no âmbito escolar, para que não sucumba a malvadez neoliberal que categoriza como utopia qualquer vestígio de mudança ao modo  tradicional já estabelecido na educação brasileira. É colocado em questão também a eticidade que expressa a prática educativa como não só transmissora de conhecimento, mas também como instrumento formador do senso crítico dos alunos. Para isso, o preparo cientifico do professor deve coincidir com sua retidão ética, para que assim os alunos entendam a diferença na compreensão dos fatos com posições antagônicas na percepção dos problemas da sociedade.

No capítulo 1, o autor procura explicar o real significado da palavra “ensinar”, desmitificando a todo momento que a transferência de conhecimento pode ser categorizada como modelo de ensino, uma vez que esta impossibilita o aluno de construir e produzir o seu próprio conhecimento, tornando-se assim um falso sujeito em formação. Ademais, Freire explana de maneira breve como a educação bancária prejudica o processo de ensino-aprendizagem do aluno deformando sua criatividade e estagnando o mesmo.

 Ademais, é enfatizado pelo autor a necessidade de se trabalhar métodos, maneiras e caminhos de se ensinar, com o intuito sempre de desenvolver a curiosidade crítica, insatisfeita e indócil. Com isso os educandos transformam-se em reais sujeitos da construção e da reconstrução do seu próprio saber, que constitui o principal pensamento de Paulo Freire

No que se diz respeito ao comportamento dos professores em sala de aula, somente quando os docentes estão certos de suas convicções, é que podem estimular os sonhos dos alunos e dessa forma se afastando de pensamentos pragmáticos nocivos. Pois a figura do professor está a todo momento, mesmo que de forma inconsciente, sendo avaliada por parte dos alunos, e dessa maneira passa ao aluno uma representação do ser docente. Isso reitera a tão famosa frase de Paulo “Não há docência sem discência”, na qual aplicam-se ao mesmo sujeito.

No capítulo 2, Paulo Freire descreva como deve ser o comportamento do docente dentro de sala de aula e os tipos de professores presentes hoje no sistema de ensino público brasileiro. É mencionado que o educador deve ser aberto a indagações, a curiosidades e perguntas dos educandos pois é através desse tipo de relação dialógica, aberta e curiosa que se mantém uma linha tênue de comunicação professor – aluno.

O autor é incisivo em afirmar que o inacabamento e a inconclusão tornam homens educados e competentes, uma vez que se tornam conscientes dessas condições de existência. Afinal, só homens que se tornaram éticos é que podem romper a ética e é partindo desse pressuposto que se formam professores autoritários que ironizam o aluno e desrespeitam sua curiosidade transgredindo a própria natureza humana.        Apenas com bom senso que o docente percebe e admite que apesar de ser uma autoridade dentro de sala de aula não precisa ser necessariamente autoritário.

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