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SÍNTESE DO LIVRO: O INTÉRPRETE EDUCACIONAL DE LIBRAS

Por:   •  5/12/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.710 Palavras (11 Páginas)  •  1.182 Visualizações

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                                                       SÍNTESE DO LIVRO:

O INTÉRPRETE EDUCACIONAL DE LIBRAS

                                                                                               

                           Um breve histórico dos intérpretes educacionais

 

           Os intérpretes tomaram vários rumos na história, sempre descontruindo a história anterior e nota-se isso dentro do processo histórico.

         A atuação no espaço religioso começou por volta dos anos 80, o intérprete tinha o intuito de ajudar o surdo, mostrando desconhecimento uma vez que o surdo não era visto como cliente. Esse profissional que aprendeu a libras no espaço religioso precisa estar ciente da sua imparcialidade como profissional e saber que seu papel é mediar a comunicação entre o surdo e o ouvinte.

         A presença do intérprete no espaço educacional ocorreu no momento em que os surdos começaram a frequentar as salas de aula, esse movimento se deu em virtude do movimento de inclusão escolar. A partir de então surgem as seguintes questões: os surdos, estando na escola, como aprenderiam os conteúdos? Quem seria o profissional que faria essa intermediação? Assim, esses antes intérpretes religiosos, familiares e educadores de surdos começaram a interpretar nas escolas

           Muitos marcos históricos mostraram a necessidade do profissional intérprete como a Declaração de Salamanca, de 1994, que sendo sancionada no Brasil estabelece a inclusão de alunos com necessidades especiais de aprendizado nos espaços escolares. Por serem os únicos a saber lidar com os surdos, voluntários, religiosos, amigos e familiares dos mesmos adentraram no espaço escolar a fim de fazer essa mediação.

               O que torna o papel do intérprete ainda mais confuso na educação? O fator linguístico dos surdos. Numa sala de aula com intérprete de LIBRAS, duas línguas são pronunciadas ao mesmo tempo, a língua portuguesa pelo professor ouvinte e a LIBRAS pelo intérprete, e o que ocorre na libras é que muitas vezes o assunto fica entre o intérprete e o aluno surdo.

             A formação de intérpretes de língua de sinais é algo recente em todo o mundo. Podemos ressaltar a iniciativa da Universidade Federal de Santa Catarina, com o curso de letras LIBRAS – bacharelado, que especificou diretamente a formação do tradutor e intérprete de LIBRAS. Antes, para atuar como profissional de libras, procurava-se a formação em pedagogia com especialização em educação especial cursos esses não eram específicos para Libras.

             Para tornar o papel do intérprete educacional claro é necessário, primeiro, elucidar os papéis dos demais profissionais da educação de surdos, para que assim, ele não tenha suas atribuições confundidas com as dos outros profissionais.

                           Os profissionais envolvidos na educação de surdos

A educação de surdos torna-se mais sólida após a elaboração de uma política de educação bilíngue pelo estado de Santa Catarina, na qual fundamentou se no Decreto nº 5.626. A partir do decreto foram designadas atribuições aos quais os profissionais responsáveis pela educação dos surdos iriam desempenhar. Da mesma forma, também requisitos que asseguram e reconhecem suas funções como profissionais educacionais na área.

Um requisito comum a todos os profissionais nesta área é serem bilíngues, desta forma podendo oferecer uma educação inteiramente bilíngue aos alunos. Dentre os profissionais descritos, primeiro temos o professor bilíngue; este profissional pode ser ouvinte, tendo que comprovar por meio de exame de proficiência a fluência nas duas línguas em questão. O mesmo é responsável pelo processo de ensino aprendizagem de alunos em níveis de ensino fundamental em séries iniciais; educação de jovens e adultos; sendo exigido ainda dele formação de nível superior na área de educação.

Quando o professor bilíngue atua como sendo professor de turma, se destina somente às séries iniciais do ensino fundamental, corregendo a turma junto ao professor titular. Espera-se dele que proponha adaptações nas atividades pedagógicas, além de planejar e executá-las.

Seguindo a um outro profissional, o professor intérprete, atualmente chamado de intérprete educacional, ele atua como sendo o responsável pela participação necessária do aluno e comunicação com o resto dos indivíduos do ambiente escolar. No entanto, ainda se encontram dificuldades de compreensão das funções deste profissional não só por parte da escola, mas também dele próprio. Em sua formação, além de fluência em Libras, necessita-se de que ele tenha capacitação em interpretação e tradução de Libras-Português-Libras.

Por fim, temos o instrutor de Libras que diferentemente dos demais volta-se um pouco mais à comunidade, tendo como responsabilidade proporcioná-los a aquisição e o aprendizado da Libras. Este profissional também deve comprovar fluência por meio do teste de proficiência, e preferencialmente ter formação de nível superior em educação. A ele são atribuídas funções de organizar cursos para pais e funcionários, como também planejar suas atividades pedagógicas. Vale ressaltar que diferente do professor bilíngue, estes últimos dois profissionais não atuam em séries inicias do ensino fundamental, visto que se entende que suas funções na incluem a de ensinar a Libras.

                         

                                          O intérprete e a escola

O intérprete que atua dentro da escola, embora seja contratado como professor, não possui função pedagógica, ou seja, não prepara aula, não dá nota e nem tem responsabilidade com o processo ensino-aprendizagem do surdo. O intérprete tem a função de mediar a comunicação entre o surdo e o professor e entre o aluno surdo e sua turma, ou entre o professor surdo e sua turma.

O intérprete deve ficar atento ao desvio de função, não deve ser um “quebra-galho” dentro da escola (ex.: não deve substituir o professor na ausência do mesmo). O intérprete deve manter sua função dentro do ambiente escolar, quando solicitado a exercer sua função fora do ambiente escolar ele pode recusar-se ou cobrar remuneração extra pelo serviço. Sempre que possível, o intérprete pode e deve solicitar reuniões junto a direção e coordenação da escola, para discutirem formas de melhor viabilizar seu trabalho.

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