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Trabalho sobre avaliação educacional

Por:   •  10/9/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.147 Palavras (5 Páginas)  •  793 Visualizações

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        Diante das dificuldades que se impõem atualmente à melhoria da qualidade da educação, a avaliação destaca-se como um conjunto de conhecimentos imprescindíveis ao cotidiano docente, na medida em que se constitui como prática reflexiva do processo ensino e aprendizagem.

        Nesse sentido, a partir do estudo realizado, podemos dizer que pensar em avaliação no contexto escolar significa pensar em tomada de decisões dirigidas a melhorar o ensino e, desse modo a aprendizagem dos alunos. Refletir sobre como direcionar a avaliação para esse caminho supõe pensar no objetivo de avaliar, perguntar-se sobre as funções da avaliação.

        Luckesi (2005) destaca que o papel da avaliação é diagnosticar a situação da aprendizagem, tendo em vista subsidiar a tomada de decisão para a melhoria da qualidade do desempenho do educando. Nesse contexto, a avaliação, segundo o autor, é processual e dinâmica. Na medida em que busca meios pelos quais todos possam aprender o que é necessário para o próprio desenvolvimento, é inclusiva. Sendo inclusiva é, antes de tudo, um ato democrático.

        Podemos dizer que avaliar é ter intenção de obter melhor resultado. Se dispor ao acolhimento da realidade como ela é, sendo esta satisfatória ou não. E que nos colocarmos a disposição do acolhimento é pois o ponto de partida para avaliar e não somente atribuir conceitos e notas aos resultados alcançados pelos alunos sem haver preocupação com os caminhos percorridos.

        Para (HOFFMANN, 1991, p. 16): Os educadores percebem a ação de educar e a ação de avaliar como dois momentos distintos e não relacionados. Exercem essas ações, de forma diferenciada. Assim e, por exemplo, a atitude de muitos professores de pré-escola e de series iniciais. Seu cotidiano revela um efetivo acompanhamento do desenvolvimento dos alunos a partir de um relacionamento afetivo e busca de compreensão de suas dificuldades. Ao final de um semestre ou bimestre, entretanto enfrentam a tarefa de transformar suas observações significativas e conscientes em registros anacrônicos, sob a forma de concerto classificatória ou listagens de comportamentos estanques (elaborados em gabinetes de supervisão e orientação). Esse professor não compreende e com toda razão, esse segundo momento como educação. Violenta-se e cumpre a exigência da escola sem perceber que a ação avaliativa se faz presente de forma efetiva na sua ação educativa. E que o equívoco se encontra nas exigências burocrática da escola e do sistema.

        Contudo, percebemos em nossa escola, que estes equívocos e contradições se estabelecem na maioria das vezes na Educação Infantil, e aqui falamos mais especificamente do trabalho dessa etapa que atendemos integralmente, na qual a avaliação é diária, sendo que a cada semestre é preenchida uma ficha avaliativa contendo a evolução das habilidades de cada criança, havendo também a produção de um relatório individual da mesma. Porém, não podemos deixar de fazê-lo por questões legais.

         Nessa perspectiva, pensamos que é de suma importância que não se perca de vista a principal função do registro, pois muitas vezes os professores usam o seguinte argumento: " Coloco tudo no papel para não ter reclamações posteriores, porque se o responsável vir reclamar terei provas." Pois, a grande finalidade do professor ao avaliar constantemente, é registrar os resultados da avaliação não é para justificar-se diante dos pais, mas ter elementos para melhor ajudar o aluno em suas necessidades.

        A avaliação é 'movimento', é ação e reflexão. A medida que as crianças realizam suas tarefas, efetivam muitas conquistas: refletem sobre suas hipóteses, discutem as com pais e colegas, justificam suas alternativas diferenciadas. Esses momentos ultrapassam o momento próprio da tarefa. E, portanto, não se esgotam nelas. As tarefas seguintes incluem e complementam dinamicamente as anteriores (HOFFMANN, 1991, p.61).

        Assim sendo, buscamos alternativas que possibilitem a melhoria desse processo, no sentido, de construir com a equipe de professores de nossa escola modelos de instrumentos avaliativos, pois acreditamos que  por eles vivenciarem a sala de aula, conhecerem os desafios, os interesses, as necessidades que envolvem o cotidiano do processo ensino/aprendizagem na infância, torna-se mais fácil para o professor preencher uma ficha que elaborou ou ainda fazer um relatório que atinja os pontos de vista mais peculiares, pois são visões de educação diferentes,  não havendo com isto uma contra posição entre teoria e prática.

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