TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Um Modo de Ver o Mundo: a modernidade, as mudanças na subjetividade e a produção artística.

Por:   •  21/4/2016  •  Resenha  •  686 Palavras (3 Páginas)  •  485 Visualizações

Página 1 de 3

Um modo de ver o mundo: a modernidade, as mudanças na subjetividade e a produção artística.

Vários prismas são possíveis de serem analisados para pensarmos a subjetividade contemporânea: o peso da psicanálise e da noção de individuo, a individualidade refletida a partir de grupos minoritários que ganharam mais destaque com o desenvolvimento da internet e por fim a crença ou descrença no poder da racionalidade em explicar o mundo e nós mesmos. Neste texto o foco será o último aspecto, ou seja, como a supremacia da racionalidade possibilitou que as pessoas se vissem de maneiras novas e consequentemente a sociedade e as artes se desenvolvessem a partir de outros parâmetros.

Kant e Hegel filósofos precursores do pensamento moderno anunciavam que a racionalidade permitia as pessoas superarem seus instintos e assim se livrarem da barbárie, portanto, para eles, quanto mais submetido a lei racional, mais livre o indivíduo seria. Kant ensinou que o conhecimento racional e o conhecimento a priori eram coisas idênticas, assim, a experiência não deveria determinar a conduta pessoal, pois a lei moral era a razão por si mesma, sem o intermédio de um sentimento de prazer ou de dor que determinasse a vontade. Para Kant não havia harmonia entre sujeito e objeto, havia uma submissão necessária do objeto ao sujeito, porque era o homem quem comandava. Contudo, o acordo das faculdades intuitivas (instituição, conceito, ideia) e ativas (imaginação, entendimento, razão) entre si, definia aquilo que se pode chamar senso comum, por isso, embora todos os seres humanos fossem aptos a racionalizar, os interesses da razão não permaneciam indiferentes uns aos outros, antes formavam um sistema hierarquizado onde a sombra do mais alto se projetava sobre outro.

A inovação do pensamento Kantiano e do pensamento moderno foi afirmar também que não se podia fundamentar o conhecimento em Deus, já que era o homem quem fundamentava o conhecimento e por isso tornou-se relevante as condições do sujeito que conhecia. Portanto, para Kant a razão não vinha do objeto (como diziam os empiristas), não vinha de Deus (como diziam os idealistas) ela vinha de si própria e dependia da condição de quem a apreendia. Esta preposição lançada por Kant abriu as portas para que uma corrente de filósofos, escritores e artistas pensassem o lugar do sujeito e da individualidade de uma maneira mais intensa, Foucault fez uma ótima síntese ao dizer que nossa modernidade começa quando o homem se torna cabeça na nossa chave de representação.

Podemos dizer que a arte moderna trouxe à tona a ideia de subjetividade e as propensões a crises, o individualismo e o direito de crítica, a autonomia da ação e a filosofia idealista (aquela que sabe de si mesma), pois se propagou que somente a partir da vontade subjetiva do artista podia a liberdade ou a vontade que havia nele se tornarem reais, isso foi possível porque na modernidade a vida religiosa, o Estado e a sociedade assim como a ciência, a moral e a arte, tornaram-se o princípio da própria subjetividade.

A partir dessa nova maneira de ver o mundo (modernidade) e de novos movimentos artísticos (vanguarda), tornou-se possível que pessoas comuns se identificassem e até mesmo se definissem ao verem determinadas manifestações artísticas. Os modernistas no Brasil, herdeiros destas concepções quiseram retratar

...

Baixar como (para membros premium)  txt (4.3 Kb)   pdf (62.3 Kb)   docx (10.3 Kb)  
Continuar por mais 2 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com