VAMOS APRENDER BRINCANDO, OU MELHOR JOGANDO!

VAMOS APRENDER BRINCANDO, OU MELHOR JOGANDO!

Manoel Garcia de Oliveira1, João Guilherme Gavino Dantas2, Fernando Fernandes3, Flávio Casado Verona3.

1Doutorando em Ensino de Ciências. Universidade Federal do Mato Grosso do Sul - UFMS. 2Docente da Rede Particular de Ensino do Mato Grosso do Sul.3Docente da Rede Pública de Educação do Mato Grosso do Sul - SEDMS.

É evidente a profundidade que as tecnologias permeiam a vida das pessoas no século XXI, sendo assim é de se esperar que elas fossem distendidas, atualizadas e incorporadas às práticas pedagógicas. Libâneo (2011) evidencia que há algum tempo que professor e livro didático deixaram de ser fontes absolutas detentoras de todo o conhecimento. Assim, cria-se uma infusão maravilhosa no mundo da tecnologia da informação e comunicação (TIC), as quais vem demonstrando cada vez mais sua contribuição como ferramenta para o ensino-aprendizagem de forma diferente da tradicional aula expositiva.

Segundo (Kenski, 2007) o qual dialoga sobre o risco de se creditar totalmente um caráter determinista às novas tecnologias, impregnando-lhes a impressão de que apenas sua simples utilização seria a panaceia para todos as divergências do ensino, ela relativiza demonstrando que para que as TIC’s possam realmente vir a realizar alterações no processo educativo, elas precisam passar por um processo no qual devem ser primeiros compreendidas pelos docentes em seguida incorporadas as novas tendências pedagógicas. Tal pensamento deve nos remeter ao fato de que não devemos apenas utilizar as TIC’s sem um planejamento do foco ao qual se pretende atingir, mas deve-se encontrar maneiras que auxiliem na evolução do processo de ensino-aprendizagem e protagonismo dos alunos.

Para Kenski (2007),

“Não há dúvida de que as novas tecnologias de comunicação e informação trouxeram mudanças consideráveis e positivas para a educação. Vídeos, programas educativos na televisão e no computador, sites educacionais, softwares diferenciados transformam a realidade da aula tradicional, dinamizam o espaço de ensino aprendizagem, onde, anteriormente, predominava a lousa, o giz, o livro e a voz do professor”. (p. 46).

Com o passar dos tempos o uso das TIC´s evoluíram e consequentemente as exigências cresceram em relação a formação dos docentes, apresentando assim um novo perfil de educação, a qual ofereça um ensino de qualidade simultaneamente atendendo e usufruindo das demandas tecnológicas que são oferecidas pela sociedade. O que vem na contramão do que se pensava sobre as TIC´s, as quais poderiam acabar com a escola, o ambiente escolar deve ser um lugar de pluralidade em relação ao conhecimento e metodologias pedagógicas, sendo aberta a novas tendências que auxiliem no ensino-aprendizagem dos alunos, porém, a TIC não deve ser tratada como pedra de salvação em relação as práticas pedagógicas pois não detém sozinha o monopólio do conhecimento(LIBANEO, 2011).

As metodologias empregadas no processo de ensino aprendizagem devem estar em consonância com os objetivos galgados. Tal forma no cenário onde almejamos que os estudantes sejam proativos e protagonistas de sua formação e da sociedade, devemos adotar certas metodologias as quais possibilitem maior envolvimento com grau de complexidade crescente, buscando estimular a tomada de decisões e avaliar os possíveis cenários assim como os resultados, isso pode ser realizado com o uso de materiais com maior relevância em sua construção intelectual. Para que possamos ter alunos com maior criatividade devemos expor os mesmo a situações que gerem a perturbação de sua inercie para assim estimularmos sua criatividade (Morán, 2000).

Nesse sentido, cabe mencionar que dentre as ações educativas voltadas ao ensino a aprendizagem ativa é um método de grandes oportunidades na educação no qual o professor deixa o papel de ser mero transmissor de conhecimento e ativa como o ser facilitador e mediador do conhecimento no processo, propiciando diferentes condições as quais estimulem os estudantes a desenvolverem e lapidar competências como autonomia e protagonismo.Transformando o estudante em agente perturbador de um meio que diversas vezes é excessivamente passivo no modelo tradicional de ensino, aumentando assim também sua colaboração na sociedade em relação ao ensino.

Segundo Barbosa e Moura (2013) a aprendizagem ativa pode ser detectada toda vez que:

[...] o estudanteinterage com o assunto em estudo - ouvindo, falando, perguntando, discutindo, fazendo e ensinando - sendo estimulado a construir o conhecimento ao invés de recebê-lo de forma passiva do professor. Em um ambiente de aprendizagem ativa, o professor atua como orientador, supervisor, facilitador do processo de aprendizagem, e não apenas como fonte única de informação e conhecimento.

SegundoMorán (2000), “aprendemos melhor quando vivenciamos, experimentamos, sentimos [...] quando relacionamos, estabelecemos vínculos, laços, entre o que estava solto, caótico, disperso, integrando-o em um novo contexto, dando-lhe significado, encontrando um novo sentido”.

É notório no que tange o ambiente metodológico escola, que existem diversos aspectos que influenciam em uma mediação eficiente, porém, sé faz necessário buscar uma mudança de panorama: devemos iniciar uma modificação frente a inovação de ações educativas, sempre pensando em ressignificar nosso processo pedagógico e metodológico o qual se faz nossa principal ferramenta na função de construção dos saberes.

Metodologia

A pesquisa realizada nesse artigo caracteriza-se como uma pesquisa de natureza aplicada, com abordagem qualitativa do problema, de caráter descritivo. Elucida-se tal natureza, pois, objetiva identificar e coletar conhecimentos para aplicação de soluções prática, dirigindo a solução aos problemas específicos diagnosticados, uma vez que, envolvem-se verdades, interesses, hábitos e atitudes locais (SILVA & MENEZES, 2001).