A Ansiedade na Psicologia
Por: Jhonyn21 • 17/10/2019 • Relatório de pesquisa • 1.241 Palavras (5 Páginas) • 366 Visualizações
1.0 – Introdução
A ansiedade é um sentimento comum do ser humano. Ela é considerada uma emoção normal, um sentimento vago de medo, apreensão por um desconforto derivado de uma antecipação de perigo, de algo desconhecido ou estranho (CASTILLO, 2000). Por vezes desagradável, porém, é um fenômeno adaptativo ao ser humano para enfrentar as situações diárias. A intensidade e a duração tem variação particular e depende das situações. Sua função adaptativa é marcante, uma vez que está ligada a mecanismos de sobrevivência (VIANA, 2010).
A ansiedade não é considerada um fenômeno absolutamente patológico, é mais uma função natural do organismo preparando-o para responder da melhor forma possível a uma situação nova ou potencialmente perigosa. No entanto, se a ansiedade atingir elevados graus e apresentar continuidade, pode se tornar prejudicial ao organismo, fazendo com que este permaneça em constante estado de alerta, ou seja, a resposta torna-se desproporcional ao estímulo, configurando, assim, as patologias designadas como transtornos de ansiedade (SILVA, 2010).
Diferenciar a ansiedade normal da patológica é basicamente avaliar a sua duração, a autolimitação e a relação da reação ansiosa ao estímulo de momento, o que implica um comprometimento ocupacional do indivíduo, impedindo o andamento de suas atividades profissionais, sociais e acadêmicas. Isso acaba abrangendo um grau de sofrimento significativo (CASTILLO, 2000). O Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (American Psychiatric Association, APA, 2014 [DSM-V]) apresenta os transtornos de Ansiedade como transtornos que compartilham características de medo e ansiedade excessivas além de perturbações comportamentais relacionadas a eles. O medo é a resposta emocional à ameaça eminente real percebida, enquanto ansiedade é a antecipação de ameaça futura. (SILVA, 2010)
Transtornos de ansiedade são quadros clínicos em que os sintomas são primários, ou seja, não provém de outras condições psiquiátricas como a depressão, a psicose, os transtornos do desenvolvimento, o transtorno hipercinético, entre outros. Os critérios estabelecidos no DSM-V indicam que o diagnóstico do transtorno de ansiedade deve ser feito quando for detectada a ocorrência frequente e intensa de diferentes sintomas físicos (taquicardia, palpitações, boca seca, hiperventilação e sudorese), comportamentais (agitação, insônia, reação exagerada a estímulos e medos) ou cognitivos (nervosismo, apreensão, preocupação, irritabilidade e distratibilidade) (CASTILLO, 2000).
No que diz respeito especificamente aos estudantes, muitos estudos científicos problematizam a ansiedade neste grupo, uma vez que são altos os números de patologias ansiosas que acometem tais indivíduos (SILVEIRA et. al., 2011). O estudante universitário se depara com problemas nunca vivenciados e novas experiências. Conforme a rotina de estudos aumenta e fica mais intensa, o estudante fica vulnerável para desenvolver sobrecarga psicológica, isso pode influenciar no comportamento, desencadeando alguns tipos de transtornos, como por exemplo, os transtornos de ansiedade (FERREIRA et. al., 2009).
2.0 – Objetivo
Sendo assim o nosso grupo resolveu identificar qual o impacto da ansiedade no rendimento acadêmico de alunos universitários. Tendo em vista que não é estranho se deparar com um adolescente comentando como fica ansioso com as provas da faculdade, ou de como a pressão dos pais para arranjar um estágio ou demonstrar boas notas deixa ele nervoso, ou de como ele não consegue estudar ou se concentrar direito, entre outras, decidimos coletar dados com relação a ansiedade em um grupo de alunos.
3.0 – Metodologia
A pesquisa que foi realizada é de caráter quantitativo, e com função exploratória que usou a técnica de estudo de caso. A coleta de dados foi feita com estudantes universitários, homens e mulheres, com faixa de idade livre, que já cursou por pelo menos um período do curso, por já ter experiências com as demandas que a universidade exige. Nossa amostra é não probabilística, do tipo conveniência.
O instrumento que foi utilizado é um questionário de entrevista fechada com questões de múltipla escolha e de escala, com questões que discorre sobre os assuntos relacionados a percepção do entrevistado sobre o tema ansiedade. O tempo para conclusão da entrevista não foi pré-determinado, mas durou, em média 3 minutos.
Como procedimento e passos realizados para a coleta de dados, esclarecemos que, antes de executar a pesquisa realizamos um estudo piloto com o objetivo de testar o instrumento, onde verificamos se as questões estavam coerentes e compreensivas. Após a confirmação do instrumento, abordamos os entrevistados no âmbito acadêmico, e precedendo as suas respostas, esclarecemos o objetivo da pesquisa, solicitando a assinatura do termo de consentimento Livre e esclarecido. Esse projeto não precisou passar pelo comitê de ética.
4.0 – Resultados
Foram entrevistadas 30 pessoas 5 homens, 22 mulheres e 3 que preferiram não declarar (outros). Deste total, 25 se consideram pessoas ansiosas. Das 25 pessoas que se consideram ansiosas, 15 afirmaram que a ansiedade atrapalha no seu rendimento acadêmico. Dessas 15 pessoas, 7 afirmaram que a ansiedade atrapalha um pouco e 8
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